Rlk 🎭
Acho que por um momento a minha mente tinha vacilado em chamar a Rebeca, mas o bagulho de ir pra resolver negócios sozinha era tão chato que não dava em nada.
Era uma das primeiras pessoas que eu levava comigo, tava sem segundas intenções com ela pá isso, quero passar a viagem toda comendo ela mas se pá, da em nada.
Ela chegou aqui com o nariz sangrando e eu olhei pra ela, que tinha cara de choro, mas tentou disfarçar. Pb olhou pra mim e eu olhei pra ele.
Rlk: Qual foi desse bagulho aí? - Olhei pra ela.
Beca: Machuquei sem querer.- murmurou baixo e eu neguei com a cabeça.- Posso subir?
Balancei a cabeça olhando pro Pb que acompanhou os passos dela e quando a gente escutou a porta bater, ele me olhou.
Pb: Tu vai levar ela pra onde? Tá maluco, filho da puta.- Falou apontando pra mim.
Rlk: Ela não é fácil porra, tô tentando ganhar confiança dela.- Falei colocando whisky no copo.- Ela não é tão idiota quanto a irmã.
Pb: Dá pra perceber, mas tu podia vender ela pra prostituição de lá né? - Gargalhou e eu dei um sorriso fraco.
Fiquei bebendo ali, até ele ir dormir. Eu olhei pro relógio e faltava poucos minutos pra três da manhã. Desliguei as luzes e subi as escadas, entrando no meu quarto e vendo a Rebeca encolhida e chorando.
Tranquei a porta e fui no banheiro, dei um mijão, lavei minhas mãos e saí, sentando do lado dela.
Rlk: Vai abrir o bico? - Falei olhando pro rosto dela.
Caraí, admito que a filha da puta era bonita dos pés a cabeça. Tinha nenhuma não, eu queria cortar cada pedaço dela pá mim.
Beca: Eu fui buscar algumas roupas na casa dos meus pais e meu pai me viu, estranhei porque ele tava chegando agora em casa, mas ele começou a me bater e me chamar de vagabunda...- Falou de olhos fechados.
Rlk: Ih caraí, que mola! E tu fez o que? Meteu socão no véi? - Ela sorriu fraco, balançando a cabeça.
Beca: Tá doendo pra caralho, tem como você me dar os remédios pra limpar? Não sei aonde tem.- Balancei a cabeça e me levantei, pegando no meu guarda roupa.
Ela sentou amarrando o cabelo e ajeitando a blusa, coloquei os bagulhos em cima da cama e abrir a varanda, sentindo um vento frio. Peguei a cadeira e sentei ali, acendendo um verde.
Fiquei marolando nas paradas por um bom tempo, até perceber que ela tava me olhando calada, encarei ela de volta e nós ficou nesse bagulho, igual duas crianças.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Do Tráfico.
Fiksyen RemajaAquele velho clichê, ele comandante do tráfico, ela a patricinha. Ela querendo viver um romance e ele uma noite, pensamentos e mundos diferentes que se cruzam e, de alguma forma se completa. "Ela acha engraçado essa minha vida louca, ela tira onda...