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MARATONA 2/4

Rebeca 🐉

Era impagável saber que o Kauã era uma das únicas pessoas que mais se importava comigo.

Ver meu pai, minha mãe e a Priscila, a mulher que eu tanto ajudo de várias formas, nem aí pra mim numa cama de hospital e ver o Kauã, pessoa que não tem obrigação alguma do meu lado, me entristece e me deixa feliz demais.

Kauã: Já comeu, tomou banho e tá melhor, certo? - Fiz legal pra ele.- Quer me contar o que aconteceu?

Beca: Segredo.- Estendi meu dedo mindinho e ele fez o mesmo, entrelaçado nossos dedos.- Lembra naquele dia, da Lapa? Eu omiti uma coisa.

Ele me olhou curioso e eu abrir meu bico pra falar. Eu nunca tinha comentando do Rlk, porque ele realmente não era uma peça importante, ou principal das minhas histórias, então não havia necessidade pra mim.

Beca: Eles me ameaçaram de duas forma, a primeira foi sobre te contar que eu tinha ficado com o Relíquia, mas como eu sei que nós não somos fixos, eu não me importei muito, até porque iria te contar de qualquer jeito.

Kauã: E qual foi a outra forma? - Perguntou fazendo carinho na minha mão.

Beca: Prender meu pai e matar minha irmã. Agora com nós Kaká, Priscila não tá em um caminho nada certo, tu acha como eu? - Ele concordou.

Kauã: Tudo muito estranho, gata.- Confirmei com a cabeça.- O que nós faz com isso?

Beca: Eu não sei, mas também não vou colocar a vida dos meu pai em risco, nem a minha. Eu sei o quanto o Rlk é perigoso.

Kauã: Se você ajudar ele, você morre com os bota, se você ajudar os bota, tu morre pro trafica.- Falou rindo.

Beca: Ei! Nem brinca.- Eu sorri.- Vou colocar teoricamente nas mãos do Rlk, vou falar pra ele.

Kauã: E se não der certo, Rebeca? - Falou preocupado.

Beca: Eu não sei, sinceramente...- Ri sem graça.- Se não der certo o lado do rlk, eu adianto pro lado da polícia.

Kauã: Vai dar certo, cê sabe né...- Fez carinho na minha mão.- Eu vou com você.

Beca: Não dá, amor. Eu quero ir na casa do Rlk e acho que ele não vai gostar muito de ter seu endereço compartilhado.- Kauã balançou a cabeça.

Ele beijou minha mão e eu sorri fraco, sentindo minha cabeça doer e a parte esquerda do meu rosto estava toda arranhada, mas o mais importante é que eu estava viva.

Amor Do Tráfico.Onde histórias criam vida. Descubra agora