Rebeca 🐉
Beca: Lindo, mas como você conseguiu o dinheiro? - Falei cruzando os braços e ela riu.
Pri: Eu comentei com o Pablo que tava juntando dinheiro dinheiro e ele resolveu me ajudar.- Falou simples.
Beca: Pelo o que em troca? - Falei batendo o pé e ela riu.
Pri: Isso eu não posso te contar.- Deu os ombros.- um dia você vai saber.
Beca: Garota? No que você tá se tornando? - Ela gargalhou e eu não achei graça, vendo alguém abrir a porta.
Pb: Bora trocar uma ideia, galega.- Falou diretamente pra Priscila, que não mediu esforços e foi para o quarto.
Beca: Você pode avisar a ela que eu já fui pra casa? - Olhei pro Rlk.
Rlk: Boa tarde, garotinha! - estranhei aquilo e ri.
Beca: Boa tarde, senhor.- Ele balançou a cabeça.
Rlk: Quer esquentar o corpo dando rolê na praia? - Me engasguei com minha própria saliva, ao escutar sua fala.
Beca: Você tá bem? - Coloquei a mão no coração.
Rlk: Tô pegando leve! Culpa da maconha, pô.- Semicerrei os olhos.- Bora lá, aproveita meu momento da brisa.
Revirei os olhos, calçando minha havaianas e fui com ele, descendo as escadas. Não ia recusar porque não dava em nada, era só um rolê e parecia sem maldade.
Fomos caminhando porque não era tão longe, mas também não era tão perto.
Beca: Mas e aí, cê tem quantos anos? - Falei vendo o mar de longe e ele ajeitou o boné na cabeça.
Rlk: Vinte e sete, e tu?
Beca: Não sei, acho que vinte.- Ele sorriu de lado.- Por que você tá sendo maleável comigo?
Rlk: Por que a criança me chama de senhor? - Olhei pra ele sorrindo, que ainda olhava pra frente.
Beca: Por que você me chama de algo relacionado a "garota" sempre? Garotinha, garotona ou garota!
Fui dar mais um passo e pisei em falso, vendo ele puxar meu braço pra trás e eu quase subir em cima dele. Olhei pra ele gargalhando e ele semicerrou os olhos, negando com a cabeça.
Rlk: Por que você tava olhando pra mim? - Fiz bico, me soltando nele.
Beca: Obrigada! Mas eu nem tava te olhando, tava vendo aquela barraca de açaí.- Fiz cara de deboche e atravessamos, chegando literalmente na orla.
Rlk: Beleza, garotinha! - Falou sílaba por sílaba e eu olhei pra ele, rindo.- O que teu namorado acha de tu com outro homem?
Beca: Ele não é meu namorado e por quê você se interessou? - Falei na frente dele, que passou a mão no rosto, rindo fraco.
Rlk: Porque se fosse eu, metia as mãos no teu cabelo.- Olhei pra ele sem entender.
Beca: Uma pena que a gente não namora né? Eu ia comer seu cu se tocasse em um fio, sem minha permissão.- Ele fez uma cara de debochado impagável e eu revirei os olhos.
Rlk: Eu posso meter as mãos no teu cabelo mesmo se nós num namorar, só porque tu me estresse as vezes mesmo! - Olhei fingindo indignação por aquele papo nada com nada.
Rlk balançou a cabeça e olhou pro lado, parece que vou bixo, pois o homem enfiou as mãos dentro do meu cabelo e empurrou minha cabeça contra a sua, me beijando.
Tentei empurrar ele de alguma forma mas ele passou o polegar no meu queixo, ainda me segurando e eu fechei os olhos, sentindo seu beijo ficando mais lento.
Levei as mãos até meu chapéu, virando o mesmo pra trás e ele colocou outra mão na minha cintura, descendo sua boca pro meu pescoço e me dando um selinho ali.
Rlk: Ainda tem policial na barraquinha azul? - Sussurou no meu ouvido e eu me arrepiei.
Beca: Não! - Falei sem entender olhando e ele respirou fundo.
Levei minha mão até o rosto dele e ele olhou pro lado, pra barraca, viu que não tinha mais polícia e eu virei seu rosto, ele me olhou estranhando e eu juntei nossas bocas novamente.
Eu sinceramente não entendi o que me deu, mas era um misto se necessidade e curiosidade.
Ele levou agora, sem pressa alguma suas duas mãos pra minha cintura, apertando de um jeito totalmente gostoso, o que me fez derreter quase toda nos braços dele.
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Amor Do Tráfico.
أدب المراهقينAquele velho clichê, ele comandante do tráfico, ela a patricinha. Ela querendo viver um romance e ele uma noite, pensamentos e mundos diferentes que se cruzam e, de alguma forma se completa. "Ela acha engraçado essa minha vida louca, ela tira onda...