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Beca 🐉

Rebeca: Nosso primeiro beijo foi ali...- Falei animada com o Kauã, descendo do carro e ele sorriu.

Kauã: Nossa primeira vez também foi aqui.- Piscou e Rlk respirou fundo, um pouco mais atrás de nós.

Beca: O que a gente tá fazendo aqui? Essa casa tem tantas lembranças boas...- Sorri fraco.

Era uma casinha pequena em um bairro pouco movimentado do Rio, eu morava aqui antes dos meus pais conseguirem todos os luxos que a empresa da mãe do Kauã ofereceu para nossas vidas.

Kauã: Uma vez eu segui minha mãe até aqui, eu não sabia o que ela tinha vindo fazer aqui, mas eu tava curioso...- Deu os ombros.- Talvez ele possa tá aí, ou não, mas é um lugar suspeito, talvez ele não esteja, mas possa ajudar em algo.

Rlk: Não chama aquela mulher de mãe.- Olhei pra ele, vendo ele falar de forma fria.- Ela não merece ser chamada assim por ninguém.

Kauã: Sinto muito por tudo que tu passou longe e eu nem sei o que foi, mas apesar de tudo ela ainda continua sendo a minha mãe, que me criou, então tu pode achar o que quiser, mas quem decide como chamar, ou tratar ela, sou eu.- Falou sem olhar pro Rlk.

Rlk: É fácil pra você, não foi você que foi jogado no lixo, mas eu e meu irmão sim...- Falou ainda frio, em deboche.

Kauã: Se eu soubesse ou tivesse como mudar isso, seria tudo diferente, não tenho porra de culpa.- Parou de andar, encarando o Rlk.

Beca: Relíquia, a única culpada aqui é a Catarina, não o Kauã, ele foi tão vítima quanto você.- Defendi o meu amigo, vendo o Rlk me encarar.- Não vão brigar agora, vocês já perderam tanto tempo longe um do outro, vocês são sangue do sangue, amores.

Rlk: Acaba com isso de uma vez.- Falou chutando a porta.

Kauã: Burro do caralho.- Gritou quando o alarme disparou e eu coloquei a mão na cabeça e Rlk entrou, fui entrar mas o Kauã me puxou pra fora.- Entra no carro e fica pronta pra meter o pé, nós não sabe o que tem aí, escutou?

Beca: Mas Kauã...- Ele negou, me olhando e entregando a chave.

Kauã: Entra no carro caralho, é a única maneira de tu ajudar porra.- Gritou comigo e eu fechei a cara.

Dei as costas pra ele vendo ele entrar correndo e eu fiz bico, indo pro carro igual uma criança muito triste, viado fica gritando comigo, se fuder mermão.

Amor Do Tráfico.Onde histórias criam vida. Descubra agora