Beca: Bú! - Brinquei, vendo ele levantar a cabeça pra me olhar e sorrir de lado.
Kauã: E aí, minha garota.- Sorriu, se levantando da cadeira.
Beca: Sabe o que vamos fazer hoje? - Falei fechando a porta e ele me abraçou, me beijando.- Fugir da sua mãe, ir pra sua casa e comer muita besteira.
Kauã: Tô quase terminando um relatório.- Me deu mais um selinho.
Beca: Eu espero, meu pai tá por aí? - Ele negou, se sentando no lugar dele e eu sentei na cadeira.
Kauã: Ele foi resolver um caso no tribunal.- confirmei com a cabeça.- Curtiu o desfile? Queria ter ido.
Comecei a contar cada pedacinho pra ele, como sempre julgando algumas coisas, o que fazia ele rir mas julgar comigo. Após contar tudo, tirando a parte da Priscila, peguei o celular dele e fiquei mexendo, enquanto ele terminava o seu trabalho.
De cinco horas em ponto, Kauã terminou tudo e eu ajudei ele a organizar o que faltava, saímos da sala dele de mãos dadas e fomos pra sala da mãe dele.
Acho que pelo fato da mãe dele ser a dona, todos achavam que era tudo fácil pra ele, mas era totalmente ao contrário. Se por um erro, mínimo que seja, Kauã voltava e refazia todo seu trabalho, como qualquer funcionário, sem privilégio, porque a mãe dele pegava no pé dez vezes mais.
Catarina: Oi Rebeca, quanto tempo! - Falou me abraçando e eu sorri falso, não gostava muito dela.
Rebeca: Cheguei pra roubar ele pra mim, tudo bem? - Ela levantou as sobrancelhas rindo e começou a ler o relatório, enquanto Kauã tava com o rosto apoiado no meu ombro e eu estava brincando com nossas mãos.
Catarina: Ótimo, só tá faltando sobre o último caso...- Falou colocando na pasta.
Kauã: Esqueci, vou lá...- Respirou fundo, me puxando pra fora.
Catarina: Não, amanhã eu quero ele pra ontem, não se esqueça novamente...- Falou e ele concordou com a cabeça.
Voltamos, nos despedimos dela e fomos pra casa dele. Deixei ele fazendo o que a mãe tinha pedido primeiro, enquanto preparava a lasanha e as outras coisas.
Quando ele terminou, separou o filme e tomou banho. Eu literalmente só de calcinha e blusa dele, levei as comidas pro quarto e fomos assistir filme que ele tinha escolhido.
Eu sempre tive essa relação perfeita com Kauã e amo isso, não me vejo sem isso. Obviamente não é um relacionamento sério, mas ambos somos de lua. Um momento ninguém quer ficar com outras pessoas, em outro algum dos dois fica. Eu digo que temos um relacionamento aberto com exceções pra algumas pessoas.
▪▪▪
O meu dia com o Kauã se passou e aproveitei o domingo também, fui pra casa na segunda, eu não tinha trabalhos, mas ele sim.
De tarde, Priscila me chama pra um lugar, eu não fazia ideia de onde era, mas fomos de uber.
Chegando lá, me surpreendi com um apartamento. Não era tão longe da praia e era bem organizado, mas o que me deixou mais feliz, foi saber que ela tinha comprado.
Mas, a maior dúvida era como? Ela ainda não tinha trabalho fixo e o maior dinheiro que ela ganhava era por mês dos nossos pais. Ou minha irmã juntou muito, ou a peste anda fazendo algo muito errado.
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Amor Do Tráfico.
Teen FictionAquele velho clichê, ele comandante do tráfico, ela a patricinha. Ela querendo viver um romance e ele uma noite, pensamentos e mundos diferentes que se cruzam e, de alguma forma se completa. "Ela acha engraçado essa minha vida louca, ela tira onda...