48

60.2K 4.1K 1.2K
                                        

Rlk 🎭

Sempre era a sensação do caralho pelo meu corpo, um bagulho mó bom. Viver na adrenalina sempre vai ser a melhor coisa, bagulho que eu não quero largar nunca.

Tirei a pistola da cintura e atirei contra o segurança dali, quando olhei pro canto vi um homem que eu conhecia muito bem encolhido no chão.

Kauã: Porra Ruan...- Escutei o grito dele e vi que ele pegava o Francisco no colo.

Escutei mais tiro e me virei, sentindo minha barriga doer a atirei de volta, derrubando o último cara dali.

Respirei fundo colocando a mão na minha barriga onde sangrava e encostei na parede, sentindo tudo girar e eu sem forças nenhuma pra respirar ou andar.

Beca: Vem cá, cara...- Abrir meus olhos, sentindo a mão dela por cima da minha e vendo o nervosismo dela.- Olha pra mim, tu consegue fazer isso, teu pai tá te esperando...

Ela fez força me ajudando e eu cambalei nós braços dela, a dor de um tiro era insuportável, te derrubava na hora.

Só vi o Kauã me ajudando junto com a Rebeca, eles me colocaram no carro e Rebeca entrou no motorista, respirei fundo olhando pro meu pai que tava de olhos fechados e escutei um grito.

Beca: Grita que eu não tô te escutando...- Falou alto pro Kauã que fez cara de ofendido e ela ligou o carro, metendo o pé dali.

Kauã: Pô meu amor, vá pro upa...- Debochou.

Rlk: Complexo da maré.- Falei quase sem voz e ela me olhou, colocando o pé no acelerador e indo mais rápido.

Sentir alguma coisa tocando na minha mão e era o Francisco, olhei pra ele que conseguiu abrir os olhos com mó dificuldade.

Ele tava todo fodido, arranhado, cortado, tinha sangue seco pelo corpo, mas o bagulho mais foda, era que ele tava realmente aqui comigo, depois de tanto tempo.

Amor Do Tráfico.Onde histórias criam vida. Descubra agora