Capítulo 11

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Rafael

- Você vai me escutar Ayla, to cansado de ter que ficar me humilhando pra você.

- Se humilhando Lucas? - riu irônica - Quem se humilhou fui eu pra todo mundo, me solta porra e me esquece - gritou.

- Não solto até você me ouvir - Corri pra parte menos escura onde dava pra enxergar o que estava acontecendo. O filho da puta do Lucas estava segurando as mãos da Ayla. Meu sangue subiu, fui na direção dele já empurrando forte.

- Tá segurando ela porque? - empurrei mais uma vez - Solta a Ayla caralho!

- Vaza daqui Rafael, meu papo não é contigo - falou puxando ela.

- Eu disse pra soltar ela - soquei o rosto dele que caiu no chão - Aprende porra, ela não quer saber de você, aprende que não é não porra - gritei.

- To cansado de você se metendo nos meus problemas - levantou e veio pra cima de mim me socando - O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta - me socou outra vez.

- Quando isso envolve alguém do meu grupo você sabe que é da minha conta sim - cuspi o sangue. Leonardo, Guilherme e as meninas, Nanda e Sarah, vieram correndo.

- O que tá acontecendo porra - Léo gritou.

- Esse cuzão tava segurando a Ayla enquanto ela falava pra ele vazar daqui - falei puto. As meninas correram em direção da Ayla, que tava no chão encostada em uma parede chorando com as mãos no rosto.

- Deixa eles se resolver Rafa, não tem que se meter em treta dos outros - A Juliana falou. Nem lembrava que a mina tava ali mais.

- Tem que se meter sim - Léo respondeu puto - Se você encostar mais um dedo nela eu acabo contigo, tá me escutando? - gritou pro Lucas.

- Vamo parceiro - Guilherme puxou ele.

- Pode ficar com ela, só era uma transa garantida mesmo - deu risada e saiu puxado pelo amigo. Eu tentei revidar mas o Léo me puxou falando que era melhor tirar ela dali, a mina tava se tremendo todinha.

- Tira ela daqui enquanto a gente vai pegar as nossas coisas e achar o Yan - Fernanda falou - Cuida dela - concordei com a cabeça. A Juliana já tinha vazado, porque ela é assim, quando vê que vai sobrar pra ela, ela corre.

Me agachei na frente dela, dava só um ódio de ver a situação que ela estava e lembrar que foi tudo culpa daquele moleque. - Vem - estiquei a mão, ela olhou pra mim com um olhar tão perdido que naquele exato momento eu tive vontade de cuidar dela. Sabe aquela sensação de que você pode ajudar e garantir que a pessoa nunca mais sofra, ou pelo menos tem que tentar?

Segurei na mão dela e caminhei em direção à saída mais próxima, desviamos de tudo que é gente bêbada e se pegando. Saímos do galpão e fomos em direção ao meu carro, notei ela que tremia muito então abri a porta traseira e peguei um moletom meu que tava jogado no carro - Veste - ela concordou e vestiu. Meu celular apitou e fui ver o que era.

— Mensagem (2)

Nanda: Deu uma confusão aqui com o Yan, não da pra ir aí agora. Pode ir embora.
Nanda: Cuida dela pfvr, ela é importante pra todos nós.
Rafael: beleza, fica tranquila aí

Abri a porta do carona e falei pra ela entrar, dei a volta no carro e entrei. A Ayla se encolheu no banco, nem parecia aquela garota marrenta que me afronta. - Tá com fome? Conheço um dogão maneiro aqui perto. - ela concordou com a cabeça - Beleza - liguei o carro e comecei a dirigir pro dogão.

Estacionei na esquina da praça e desliguei o carro. Andamos em direção ao foodtruck que sempre fica estacionado aqui, não tinha muita gente então não iria demorar pra fazer o lanche - Um clássico e uma coca - olhei pra Ayla que olhava pro cardápio quieta.

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora