Não vejo outra saída [EM REVISÃO]

Capítulo 84

Gente que emoção 🥺

Rafael

— O senhor tá confortável assim? — a enfermeira perguntou pro coroa e ele concordou — Então tá bom, segura esse coração que a sua filha está vindo.

— Ela tá vindo, irmão — Guto apertou o meu ombro.

Eu pensei que o meu peito iria explodir ali, não conseguia segurar a emoção de olhar em volta e ver tudo cheio de flores, e as pessoas mais importantes das nossas vidas presentes. Olhar pro velhinho do meu sonho e ver ele sendo forte pra estar ali, naquele momento.

Soltei a primeira lágrima assim que vi a pirralha da minha irmã entrando com um buquê em mãos. E em questão de segundos tudo ficou mais lento, no meu campo de visão apenas tinha ela ali de branco entrando.

Perfeita e única.

Com aquele sorriso que eu me apaixonei no campus da faculdade, da menina que namorava a pessoa que eu mais odeio no mundo e que agora estava prestes a casar comigo.

Sou sortudo pra porra.

Ela se aproximou e deu um beijo na testa do pai, que sorriu. Me olhou e sussurrou um "eu te amo" que me fez ter mais certeza que era aquilo que eu queria.

— Cá estamos pra realizar a união de um casal belo — Túlio começou — Ah não gente, não consigo ter toda seriedade, eu posso fazer do meu jeito?

— Pode — dei risada.

— Estamos aqui pro casal mais meloso que eu já conheci, aqueles que o nível de glicose toca no céu e quase vai pro infinito — riu — Mas o casal mais forte que eu já conheci e aquele que você enxerga o amor no fundo da alma. Eu sou uma gay com um radar muito bom e quando eu digo que é pra ser é porque é pra ser, pronto acabou — falou nos olhando — Eu sou a pessoa mais honrada pra comandar esse momento importante então como eu odeio enrolação, lá vamos nós — sorriu — Ayla Müller, você aceita casar com o idiota do Rafael?

— Sim — sorriu.

— Rafael Fernandes, você aceita casar com a idiota da Ayla?

— Sim — sorri.

— Farofa — assobiou e eu tomei um susto com ele correndo pelo gramado carregando uma mochilinha — Senta little farofa — abriu a mochila pequena e tirou uma caixinha preta de veludo e me entregou — Acho que eu já sai do script então pode colocar a aliança aí — dei risada colocando a aliança no dedo esquerdo e depositando um beijo em seguida.

— Prometo te amar e respeitar na saúde e na doença — falei, ela pegou a aliança fazendo o mesmo comigo.

— Prometo te amar e te respeitar na saúde e na doença — sorriu.

— Eu os declaro marido e mulher, agora pode dar aquele beijão na noiva — Túlio falou animado, e eu puxei a Ayla dando o beijo mais sincero que eu já dei na minha vida.

Namoralzinha, eu amo essa mulher.

Era tão surreal eu ter conseguido ser amado por alguém e ter o privilégio de começar uma vida com essa pessoa, se fosse pra eu escrever o quão grato sou por ela ter entrado na minha vida eu teria que desmatar todas as árvores do mundo.

E imaginar que tudo começou com uma cachorro numa feira de adoção que eu sabia que seria uma ajuda pra conquistar alguém que eu sempre olhei e que, quando se aproximou eu a quis longe a todo custo.

Hoje a minha mulher.

— DA ESPAÇO — de um instante para o outro tudo havia mudado. Ele foi forte até o último momento.

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