Não vejo outra saída [EM REVISÃO]

Capítulo 13

Sarah

Domingou! Acordei super cedo em um dia que eu poderia dormir até não aguentar mais, bati a mão na mesinha que fica do lado da minha cama em busca do meu celular. Várias mensagens que eu não estava com saco pra responder agora mas uma me chamou atenção, Caio meu companheiro de trabalho gostosão tinha me mandado mensagem ontem à noite e eu nem tinha visto.

— Mensagem (2)
Caio: Boa noite chatinha (23h02min)
Caio: Sei que tá tarde mas queria saber se você não quer ir comigo na feira cultural que tá tendo no Ibira, topa? (23h02min)
Sarah: bommmm dia chatão (07h10min)
Sarah: eu topo sim
Caio: opa bom dia do melhor jeito
Sarah: tá em pé o convite ainda?
Caio: tá sim
Sarah: ent eu vou 😜
Caio: te busco aí as 10h, pode ser?
Sarah: vai rolar almoço?
Caio: vai 🙄
Sarah: ent 10hrs estarei prontíssima a sua espera. Beijo beijo

Me animei 100% até porque não era todo dia que eu era convidada pra fazer um passeio com uma pessoa legal e com direito a comida grátis. Fiquei deitada por um tempo enrolando, levantei e tomei o café da manhã, subi pra escolher alguma roupa apresentável e um tênis bonitinho. Tomei meu banho e passei o reboco na cara pra não assustar o menino, peguei um óculos e desci pra esperar o bonito chegar.

- Vai aonde? - minha vó perguntou.

- Vou numa feira cultural lá no Ibirapuera com um amigo - respondi já esperando os olhares engraçadinhos.

- Foi assim que eu comecei - meu avô entrou na sala limpando as mãos - Eu era só um amigo da sua avó e olha como estamos hoje - deu risada.

- É só um amigo e nada mais, eu ein - resmunguei e ouvi uma buzina.

- Seu amigo chegou - meu avô disse - Vou dar um oi pra ele - correu em direção ao portão.

- Não vai não - gritei - Vô para - ele abriu o portão e demos de cara com o Caio encostado no carro me esperando. - Oi - sorri tímida.

- Você é o amigo da minha netinha? - ele concordou.

- Sou sim - me olhou - Caio, muito prazer!

- Educado o seu amigo Sasa - me olhou debochado e eu bufei - Bom passeio e juízo vocês dois, cuida dela menino. - falou bravo e o Caio concordou.

Entrei no carro resmungando, onde já se viu meu avô fazendo uma palhaçada dessa, parece que ama me fazer passar vergonha. - Sasa então? - perguntou rindo - Vou te chamar assim só.

- Iih não começa - resmunguei.

- Preparada pro maior passeio da sua vida? - perguntou sorrindo e eu concordei. Ele deixou eu mexer no rádio do carro, fiquei fuçando até achar uma música legal, fomos o caminho todo conversando, eu rachava de rir das piadas que ele contava.

Ele estacionou em uma rua meio afastada do parque e fomos caminhando até lá, tava lotado que só por Deus, tinha vários balões e cartazes. Pegamos um mapa mostrando cada item que tinha pra olhar, passamos na parte de desenhos de criança e fomos para os quadros.

- Eu vou ser sincera, tá bom? - me olhou - Eu não entendo nadinha disso - ri - Sério! Um quarto com vários rabiscos, o que isso significa?

- Não sei não - respondeu rindo também - Sentimentos? Sei lá!

- Esse quadro mostra mais que sentimentos - uma senhora falou brava - Mostra o tamanho da dor do pintor e o quão forte ele era passando por tudo isso - segurei minha risada - Vocês jovens não entendem mais sobre cultura, esse mundo está sendo engolido pela putaria - falou brava e saiu.