Capítulo 17

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Rafael

Fiquei esperando a Ayla decidir qual coleira levar pro farofa, toda hora ela mostrava uma pra mim e eu já tava ficando cansado, queria vazar logo.

- Pega essa aí e pronto - falei.

- Aí como você é chato - resmungou - E essa? - mostrou uma verde.

- Bonita - respondi.

- Chato demais, nossa! - resmungou de novo - Vou levar as duas, gostou farofa? - mostrou pra ele que estava deitado nem aí pra nada - Gostou que eu sei.

- Aleluia - agradeci - Bora?

- Bora, só vou me despedir do pessoal - foi para a recepção e eu acompanhei - Tchau Jaque, me chama depois pra gente combinar a nossa saída.

- Mas já tá assim? - perguntei.

- Querido, aqui é agilidade, arrumei uma parceira de role - Jaqueline me respondeu e eu revirei os olhos.

- Tchau Will, prazer te conhecer viu - Ayla abraçou ele e eu fiquei só olhando.

- Pode vir ajudar mais - ele respondeu.

- Acelera aí que eu to cansado - bufei.

- To indo, tchau gente - acenou e fomos para o carro - Orra, tu tá chato ein.

- Chato meu pau, o farofa vai no teu colo - ela colocou e entrou com ele. - Ta com fome?

- Fome é o meu pau - me imitou.

- Vai ficar desdenhando aí? - perguntei - Nem vou te levar pra comer um dogão.

- Opa já falei que você é super legal? - perguntou e revirei os olhos.

- Interesseira demais - ela mandou o dedo do meio pra mim.

Dirigi pro dogão que eu já levei ela uma vez, parei no mesmo lugar da última vez e sai do carro. Ayla pegou o farofa e colocou ele na coleira, ele ficava todo agitado e ela tentava acalmar pra colocar a coleira nele.

- Que foi - me perguntou - Eu vou levar ele ué, não vou deixar no carro sozinho - falou toda brava e eu concordei.

Caminhamos até o food truck e fizemos o nosso pedido, sentamos mais afastados por causa dele. - Farofa tá felizão, olha a cara dele.

- Claro, eu sou a nova mamãe dele, qualquer um ficaria feliz - falou toda se achando.

- Deus me livre ter que olhar pra sua cara todos os dias - falei e ela deu risada.

- Teu sonho né - falou e eu neguei.

- Sai fora - debochei.

Nosso pedido chegou e a dragão já começou a atacar o cachorro quente dela, farofa ficava toda hora pedindo com aquele olhar de pidão.

- E teus pais? - me olhou - Não vão se importar com ele?

- Ah, vão né - olhou pra ele - mas com eles eu me resolvo - concordei. Terminamos de comer e ela quis pagar dessa vez, apenas deixei porque ela falou que iriar bater na minha cara. Fomos caminhando em silêncio e levando o farofa, que parava em todos os lugares pra cheirar os cantos.

- Se eu soltar ele aqui será que ele faz igual aquele teu cachorro? - perguntou e eu me surpreendi que ela lembrou disso.

- Não sei, quer testar? - perguntei e ela concordou.

- Farofinha meu amor, não corra porque a mamãe é sedentária e só corre atrás do carro do churros - falou agachada tirando a coleira dele - Vou soltar - concordei - Pronto. - soltou e ele ficou tranquilo, cheirando as plantas e mijando por aí.

- É, até que ele é educado - falei.

- Assim que a mamãe ama - foi só ela comemorar que ele começou a correr - Caralho farofa, volta aqui - ela gritou e eu dei risada - Tá rindo do que? Vai atrás dele.

- Eu? - perguntou e ela concordou óbvia - Porque eu? Tu que é a dona.

- Porque você é quem tem uns músculos no braço e tem cara de quem faz exercícios, vai logo garoto. - falou e eu olhei debochado.

- Ta me observando é? - perguntei.

- Não sou cega, tu não presta pra nada né - começou a correr atrás do farofa e eu fui atrás - Farofa meu filho para! - corri mas nenhum dos dois perceberam uma pedra enorme no caminho.

- Aí caralho - cai no gramado e ela caiu em cima de mim.

- Cai que nem bosta - falou rolando pro lado e eu dei risada.

- Caiu mesmo que eu vi - me olhou brava.

- Você que me derrubou garoto - apontou pra mim jogada ao meu lado.

- Eu? Como eu te derrubei se você caiu em mim? - deu de ombros. - Olha aí o safado - Farofa veio na nossa direção e começou a lamber a Ayla, que só conseguia dar risada.

- Seu safado - pegou ele - fez eu correr pra caralho e agora vem pedir desculpas né - falou sentada colocando a coleira nele. Levantei e bati a mão na minha calça tirando as gramas.

- Me ajuda a levantar - esticou a mão.

- Eu não.

- Ajuda logo caramba - esticou a mão de novo.

- Pede com jeitinho - me encarou - Fala assim "Rafael me levanta com esses músculos que eu observo sempre que te vejo, por favor"

- Jamais, deixa que eu me levanto sozinha - virou e eu puxei a mão dela, fazendo ela levantar se chocando em mim. - Opa - deu risada sem jeito.

- Fala que ficou me observando - segurei na cintura dela e falei bem perto - Fala.

- Rafael.. - tentou se afastar.

- Fala ein - sussurrei - Fala que eu sou gostosão. - olhei pra boquinha dela, toda vermelhinha. Ela se arrepiou toda e eu já tava ligado, ela tava querendo a mesma coisa mas tava resistindo, já eu tava com vontade e não iria me segurar. - Vai, fala - puxei ela ainda mais.

- Você é gostosão - me encarou - Mas eu sou mais - dei risada e concordei.

- Isso eu já percebi - rocei a minha boca na dela, ela segurou na minha nuca e me puxou. Começamos eu beijo lento, colocou a mão no meu cabelo e eu apertei mais a cintura, ela deu um gemido manhoso e me deu vontade de jogar ela no carro.

- Rafael...

- Fica quietinha - concordou e voltou a me beijar mas fomos interrompidos pelo farofa pulando nela - Qual foi amigão, pensei que você era meu brother - falei pra ele e a Ayla me deu um tapa no ombro - Não bate que eu gamo - puxei pra outro beijo.

Boa noite rssssss e até amanhã!!

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora