Capítulo 81

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Antes de tudo, saiu o livro do Yan no meu perfil "Meu recomeço" então corre lá ❤️

Já vou avisando, se não comentarem vai demorar pra sair mais.

Ayla

Passar um ano namorando com o Rafael foi o verdadeiro teste de paciência e confiança, porque só Jesus na causa com ele.

O infeliz consegue ser o mais insuportável e o mais amoroso desse mundo, eu não tenho paciência para os mil dramas que ele faz mas quem disse que eu consigo largar um segundo?

Agora ele cismou que queria dar um up também, eu avisei que faltava ainda alguns meses pra eu terminar a faculdade e que mesmo dando alguns avanços na minha carreira não dava pra dar uns pulos desse. Mas quem disse que ele me ouviu?

Ouviu porra nenhuma.

Tudo começou com um teste de farmácia...

FlashBack

— Tem jogo hoje, amor — ele resmungou — Vai logo antes que comece.

— Se eu te chamei aqui é porque o negócio é sério, né Rafael? — revirei os olhos — Senta aí na cama.

— Ah não, tu me chamou pra transar? — passou a mão na cara — Você sabe que eu amo fazer um amorzinho contigo na maciota mas hoje tem jogo do Flamengo e eu quero ver se vai dar derrota ou vitória pros cariocas.

— Mané transar cara — respondi brava — É exatamente por causa de sexo que estamos aqui.

— Ih tá falando que eu to fodendo mal? — perguntou ofendido.

— Caralho — falei sem paciência — Eu tô atrasada, Rafael.

— Eu também pô, bora logo — levantou e eu meti um tapão no braço dele, pra alguém tão inteligente ele conseguia ser o mais burro.

— Minha menstruação tá atrasada — joguei dois testes na cama — Agora entendeu ou eu vou ter que desenhar?

— Eita porra — ficou pálido na hora — Vai logo mijar nesses pauzinhos aí.

— Sabe, às vezes eu fico tão impressionada com a sua sensibilidade — peguei os testes e fui pro banheiro. Fechei a porta e sentei na privada me posicionando mas tomei um susto com a criatura entrando — Da licença amore?

— Eu não — falou encostando na pia — Mija logo.

Fiz os benditos e ficamos esperando o tempo sentados na cama em silêncio, ele acariciava a minha perna enquanto eu pensava no tamanho da treta que isso iria dar. — Tá ligada que se der positivo a gente vai dar um jeito, né? — perguntou — Sempre quis ser pai e sei que agora não é o momento certo mas se for isso eu vou cuidar de vocês com a minha vida, tá bom?

— Você promete? — perguntei com os olhos cheios de lágrimas.

— Claro que sim, amor — me abraçou — Eu te amo demais garota.

Negativo — falei olhando e ele suspirou — Desculpa pelo alarme falso.

— Eu já te falei que tô contigo não importa o caô, eu quero estar do seu lado em todos os alarmes falsos — sorriu — Até um ser verdadeiro.

Fim de FlashBack

— E aí, caralho? — chamou a minha atenção — O corretor já me ligou e falou que tá segurando pra gente, vai fechar ou não?

— Você tem certeza? — perguntei incerta — Esse é um puta de um passo pra gente mas se você tiver certeza disso eu entro nessa contigo.

— Já te falei que você é a mãe dos meus futuros filhos e a velha que vai pro asilo comigo, eu tenho certeza absoluta — sorriu.

— Tá, liga pro corretor — revirei os olhos e ele deu um pulinho.

Quem pensa em imóvel próprio tendo apenas um ano de namoro? Nós mesmos.

Ele voltou todo empolgado falando que tínhamos que ir na corretora ver as coisas certinhas e praticamente me arrastou. O que eu nunca pensei em fazer tão cedo eu estava fazendo, assinando alguns papéis de apartamento depois do financiamento ter sido aprovado - coisa que eu descobri minutos depois que o viado do Rafael foi atrás sem me contar.

Voltamos pra minha casa empolgados e cheios de planos, ele não via hora de contar para os meus pais as novidades e até comprou uma pizza. Assim que entramos em casa já notamos o silêncio, o próprio Farofa não correu pra pular na gente. Na cozinha estava os meus pais sentados em silêncio, quando entramos ambos nos olharam nervosos e eu já estranhei — O que aconteceu?

— Precisamos conversar com vocês dois — minha mãe falou e nós concordamos.

— Qual foi coroa, tá me assustando — Rafael falou tentando quebrar a tensão.

Eu tô doente — meu pai falou — Câncer.

— Pai? — chamei ele com vontade de chorar — Você vai vencer essa, né? Você tem que vencer essa, não é?

— Ayla — tentou me abraçar mas eu recuei.

— Me responde, você vai vencer essa né? — insisti.

— Eu espero que sim, amor — me abraçou — Eu espero que sim.

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora