Rafael
Eu vou ser sincero, posso dar mil mancadas e ser um otário mas quando aquela mina aparece na minha frente eu me viro completamente pra ela.
Meu coração parou quando ele tirou aquela aliança, mesmo quando jurou nunca tirar, eu entendi o motivo até porque eu era o errado da situação. Mas doeu, doeu pra caralho ver os olhos dela cheios de lágrima e eu igual um babaca segurando o anel na mão.
Eu vacilei pra caralho e fui na intenção de ajudar os outros, mas acabei deixando de lado quem sempre esteve ao meu lado, machucando cada vez mais ela que passou por uns perrengues e mesmo cheia de traumas se aventurou comigo.
Eu tive que aprender na marra, com a Ayla terminando comigo pra entender o que queria mesmo da minha vida e quem eu queria ao meu lado. E parceiro, é ela.
A Jaqueline me mandou mensagem a semana toda e perguntando o motivo de eu ter sumido, falou até que ela era mais importante que a minha namorada. Eu deixei bem claro que eu só tava ajudando pela mãe dela e que ela também tem que dar os corres dela, eu não quero que a Ayla fique chateada vendo as mensagens dela no meu celular então já mandei a real e avisei que mais uma baboseira era block na hora.
E agora, vendo a mina mais linda do mundo dando uma voltinha na sala e me mostrando o vestido que só a deixou mais perfeita com um sorrisão no rosto, só consigo ter mais certeza que é isso que eu quero e que essa é a decisão certa.
— Que foi? — perguntou.
— Você tá linda, não não, você é linda — me aproximei — E eu sou o cara mais sortudo desse mundo — beijei a testa dela — Te amo demais, vida.
— Você sabe que eu fico sem jeito assim — sorriu tímida — Não to acostumada com esses elogios.
— Mas tem que se acostumar, vou te elogiar até o último dia da minha vida — sorri e taquei aquele beijão nela, mostrando o tamanho do meu amorzão. — Agora vamos, minha mãe já me ligou umas vinte vezes.
Hoje tinha um evento super chique e arrumadinho que a minha mãe obrigou nós irmos. Parei bem na entrada e um carinha veio pegar o carro pra estacionar, ajudei a bonita a descer com aquele salto enorme que eu não sei como as mulheres aguentam usar um troço desses, entrelacei os nossos dedos e entrei com ela no salão enorme. De longe eu já achei a minha mãe, ela sorriu empolgada e veio na nossa direção. — Finalmente vocês chegaram, estão bem e eu também então vem que eu vou apresentar vocês pros meus amigos — não deu nem tempo de respirar.
Fizemos a linha "mamãe somos perfeitos" e cumprimentamos aqueles engomadinhos. Nunca fui de participar desses eventos, só tinha gente falsa e que só se aproximava por interesses mas já que a minha mãe fazia tanta questão, cá estamos nós.
— Cadê a Rai? — perguntei.
— Tá la fora — ela respondeu e eu concordei. Puxei a Ayla comigo e fui atrás daquela chatinha, de longe já vi ela sentada com umas flores na mão e bem tristinha — E aí, pilantra.
— Finalmente vocês chegaram — resmungou — Não tava aguentando mais.
— Porque você tá com essa carinha, ein? — Ayla sentou no banco ao lado dela — Fala pra mim o motivo.
— Eu não gosto dessas pessoas — falou baixinho — Eles ficam fazendo brincadeiras que eu não gosto.
— Que tipo de brincadeira? — agachei — fizeram alguma coisa com você? — negou.
— Eles ficam zoando as garçonetes daqui, não é legal. Se eu falo pra eles pararem eu que sou zoada..
— Então vamos fazer o seguinte — Ayla respondeu — Você vai andar com a gente e não vai ficar perto desse povinho, eles são mimados pelos pais e não sabem tratar as pessoas de verdade, vão ser horríveis quando crescer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não vejo outra saída [EM REVISÃO]
RomanceApós descobrir que seu namorado espera um filho de outra garota, a vida de Ayla Müller muda da cabeça aos pés. Decepcionada e sem rumo, recomeça a sua vida conhecendo outras fronteiras e em uma dessas conhece alguém que é capaz de reconstruí-la, mos...