Capítulo 31

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Rafael

Acordei antes do despertador e aproveitei pra dar uma corrida no quarteirão. Cheguei em casa, tomei um banho e fui pra cozinha comer alguma coisa antes de ir pra faculdade. Não vi a cara do cuzão do Leonardo e segui o meu rumo.

Entrei no campus e já vi a Juliana me olhando com cara fechada, nem dei bola porque tinha mais o que fazer, não vou ficar dando atenção pra drama de mulher. Continuei andando e ouvi o Yan me chamar, virei e ele fez sinal pra eu ir até ele - que estava do lado da Juliana - eu mereço.

— Chora, viado — falei assim que eu me aproximei.

— Só chamei pra dar bom dia — falou na maior cara de pau.

— Toma no cu, me faz andar até aqui pra isso? — perguntei e ele deu risada.

— Sabe como ele é, todo bestão o meu amor — Bianca falou sentando no colo dele.

— Me chamou aqui pra eu dar parabéns? — já tinha sacado, bichão queria que eu fizesse carinho entre os chifres dele.

— Que isso, irmão — negou e eu revirei os olhos.

— Parabéns aí, to vazando — falei e sai sem dar tempo pra me responderem. Cansei de avisar que a mina é furada, ele que se vire agora.

Encontrei as meninas sentadas na cantina e me aproximei, uma com mais sono que a outra. — Bom dia, família!

— Ta feliz desse jeito logo cedo? — Sarah perguntou.

— Começo da semana, porra! — respondi.

— Deve ter tomado um chá de buceta, não é mesmo? — Fernanda falou olhando pra Ayla que estava tão concentrada mexendo no celular que nem ouviu.

— O que? — perguntou assim que percebeu que a amiga encarava.

— Sim ou não? — Sarah perguntou.

— Sim ou não, o que? — perguntou confusa.

— Só responde.

— Sim — deu de ombros e as duas olharam rindo pra mim. Tudo bando de doida.

— Ta sabendo da novidade? — perguntei pra Nanda.

— Uhum — tomou o café dela — Pau no cu dele, não to nem aí mais.

— Ô vida de gado — Sarah cantou e eu dei risada — Ele nem se toca, impressionante.

— Cansei de avisar, eles brigam e no dia seguinte ele tá lá implorando o perdão dela.

— Ser trouxa é ruim — Ayla falou — Mas ser trouxe saber que é, é pior ainda.

— Poetizou toda — Nanda levantou — Vou pedir outro café e ir pra aula, falou amores.

— To indo também, beijo pra quem fica — Sarah levantou e piscou.

Sentei do lado da Ayla que estava mais concentrada no celular que não notou novamente. — O que você tanto olha aí?

— Nada — escondeu o celular e eu encarei — Que foi?

— Nada também — levantei mas ela me puxou.

— Ta bravinho? — apertou a minha bochecha — Fica bravinho não Rafazinho.

— Sai dessa — resmunguei e ela deu risada — Almoça comigo hoje? — perguntei e ela abriu um sorrisão.

— Almoço só se você me der carona até o meu serviço.

— Sua oportunista — apertei a bochecha dela.

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora