Capítulo 59

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Rafael

Ultimamente as coisas estão bem bagunçadas.

Começou com a Jaqueline se aproximando e me contando que a mãe dela tá bem doente. Eu conheço a família dela faz um par de anos então é claro que fiquei mal por aquilo, ela veio com um papo que precisava de mim e que tava sozinho.

Pô, apesar as tretas eu não vou deixar a mina sozinha agora, né?

Essa semana eu tive que desmarcar o cinema com a Ayla porque a Jaque me ligou desesperada, a mãe dela tinha passado mal e não tinha ninguém pra levar ela no hospital pra ver a família.

Hoje eu passei a tarde com ela lá na clínica acompanhando, era tenso deixar a mina sozinha depois de tudo.

Já a Ayla não gostava nem que eu me aproximasse dela, imagina se eu contasse tudo o que tá acontecendo? Ela me mata.

— Já tá todo mundo aí? — perguntei mudando de assunto.

— Já, você é o único que não tá se importando pra porra nenhuma. — falou brava e entrou.

Quando ela teve os problemas na família dela eu apoiei e fiquei junto o tempo todo, mas ela não pode entender o que tá acontecendo?

Entrei e me aproximei da galera, já estavam colocando as pizzas no forno, demorei pra porra — Fala aí.

— Eu quero que você vá se fuder — Fernanda falou brava.

— Ih qual foi?

— Se você tiver aprontando alguma coisa eu acabo com você, já to ligada que a vagabunda da Jaqueline não foi embora.

— Amor, a Ayla tá começando a fazer as doces — Guto se aproximou e ela concordou saindo — E tu, o que tá acontecendo? — perguntou — Não quero saber não, se for pra eu mentir pra minha prima eu não quero nem saber — saiu.

Logo a comida ficou pronta e todo mundo começou a atacar, a loirinha nem olhava pra minha cara muito menos falava comigo. Fernandinha também tava de cu virado, o único que tirava aquela cara dela era o Guto, esses dois aí vai terminar em casamento..

— Vamos? — Sarah levantou e o Léo concordou — Amiga, estamos indo.

— Até amanhã, fala pra sua vó que cedinho eu to indo pra lá — Ayla respondeu.

— Eu também, to morrendo de saudades daquele bolinho de chuva — Madu colocou as mãos na barriga.

— É verme, tá ligada né? — Guto respondeu e eu gargalhei.

Guto e Fernandinha aproveitaram pra irem embora, Tulio e a Madu subiram e me lançaram aquele olhar de "não faça besteira seu cuzão" . Entrei na cozinha, sentei na bancada e fiquei olhando ela guardar as coisas na geladeira, sabia que a loirinha tava puta da vida mas não tinha razão pra isso.

— Vai ficar me olhando assim ou vai embora? — perguntou e eu dei risada, ela quando se estressa não tem quem segure.

— Podemos conversar?

— Você tem certeza ou não quer que eu comece? — revirei os olhos — Onde você tava?

— Resolvendo umas paradas aí..

— Você tava com ela? — perguntou e eu concordei — Resolvendo umas paradas né? — riu irônica — Vai embora.

— Amor, vamos conversar — me aproximei dela mas se afastou.

— Como você se sentiria no meu lugar, Rafael? — cruzou os braços — Como você se sentiria se eu estivesse passando a tarde com o meu ex e não te falasse aonde eu estava?

— Não compara os dois, tu sabe que é diferente.

— Diferente como? — perguntou puta — Pelo o que eu me lembre ela te colocou vários chifres e engravidou de outro, nada diferente da minha história.

— Não fala o que você não sabe — respondi bravo.

— Eu não sei? — deu risada — Você tava fazendo o que com ela?

— Tava só ajudando, cara — passei a mão na cara — Ela precisou de mim e eu fui ajudar.

— E eu que me foda, né? — falou — Você tava com ela quando desmarcou comigo na quinta? — concordei — Deixa eu adivinhar, ela precisou de ajuda também e eu que me foda.

— Tu quer comparar um cinema com tudo? — perguntei — Nem sabe o que tá acontecendo.

— Se você me contasse tudo o que tá acontecendo eu teria uma noção, mas parece que você tá pouco se lixando pro nosso relacionamento.

— Também não é assim, você sabe que eu te amo.

— Não parece, quando você falou que me amava prometeu que nunca iria me afastar, olha só agora.

— É melhor a gente conversar quando você estiver mais calma senão só vai piorar tudo.

— Isso, vai embora que é muito melhor — respondeu e subiu as escadas.

•  FlashBack  •

Acariciava todo o rosto dela, prestando atenção em cada detalhe. Não dava pra aguentar, aquela menina era o meu amor todinho.

Estávamos deitados numa cama de motel depois de uns três rounds de puro sexo, cada vez eu me sentia mais preso a ela.

— Amor — acariciei o cabelo dela.

— To cansada garoto, você não tem fim não? — resmungou.

— Eu te amo — ela abriu os olhos rapidamente e me encarou — Amo você demais, dragãozinho.

— Sério? — perguntou e eu concordei — Caramba, eu também te amo muito — sentou no meu colo e começamos a nos beijar.

Dessa vez foi diferente, era o tal fazendo amor.


Putz putz ein.
Hoje eu não posto mais, mas queria pedir pra vocês mandarem muita energia boa pra mim. Amanhã eu faço uma prova que decide a minha vida, preciso de energias boas.
Bj bj.

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora