Capítulo 42

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Rafael

Sabe quando você percebe que já deu ruim?

Tipo, eu conheci a mina e não gostei dela na hora, impliquei pra caralho e no final cai no encanto na feiticeira. Aí eu fiz algo que eu NUNCA tinha feito ou pensado em fazer: mandar a real duas semanas depois de ter ficado com ela pela primeira vez.

Eu tinha até pensado "pó Rafael você tá se precipitando, isso é só tesao acumulado, daqui a pouco passa" mas como vai passar se eu sorri igual um bobo depois dela ter me chamar de amor pela primeira vez e não ter notado?

To na merda, mermao.

Agora cá estou eu assistindo a Ayla dançar com as meninas toda feliz e sorridente, porque além dela ter feito um puta bem pra mim ela trouxe energias ótimas pra todo mundo.

Meu parceiro Yan saiu pra dar um rolê com a namorada dele, Túlio levantou pra dançar com as meninas e restou apenas eu, Léo e o Guto. O outro primo da Ayla era uma figura, deve ser coisa de família ser tão engraçado assim. Dois caras se aproximaram das meninas e eu já fiquei esperto, mó folga já chegar segurando a cintura de uma mina que você nunca nem viu. Me preparei pra levantar mas sentei novamente vendo elas dispensando os dois, eu falo que elas são terroristas e que sabem se defender como ninguém.

— Voltei — Ayla se aproximou e deu um beijo na bochecha.

— Tá toda suada aí de tanto dançar — dei risada.

— Nojenta você, nunca toma banho e ainda fica toda grudenta — Léo zoou com a cara dela.

— É trauma — Guto respondeu — Joguei ela num lago uma vez aí ela nunca mais quis tomar banho.

— Tua cara — ela mandou o dedo pra ele — Eu sempre fico cheirosinho, não é? — perguntou pra mim.

— Claro — concordei — Cheiro de rosas vermelhas e CC.

— Não quero mais nada com você, acabamos aqui — respondeu brava e levantou.

— Fica brava não, marrentinha — puxei ela pro meu colo — Tu sabe que é brincadeira — dei um cheiro no pescoço dela e ela se arrepiou — Olha pra mim — segurei o rosto dela e quando eu ia dar um beijão naquela boca delicinha ela virou a cabeça e olhou pro outro lado do bar. — Que foi?

— Eu não quero arranjar confusão, você me promete isso? — perguntou e eu olhei confuso.

— Eu sou tranquilo, pô — respondi sem entender.

— Eles estão aqui — falou e eu virei pra ver quem era — Eu só não quero confusão, vamos continuar a noite de boa.

— Vou ficar na minha normal mas se eles provocarem eu não quero nem saber... — respondi bravo.

— Tá bom — colocou a mão do meu cabelo e me puxou pra um beijo calmo, parceiro essa mina tá me tirando do sério — Vou voltar a dançar, beijo pra vocês — falou e voltou ao lado das meninas.

— Ih já até vi quem tá aqui — Guto falou — Tava querendo encontrar esses pau no cu faz tempo.

— Tua prima não quer confusão — respondi pra ele não levantar e avançar naquele grupinho caçamba.

— Qual das duas? — Léo perguntou rindo — Porque você também tem uma prima naquele lado ali — apontou.

— Sai fora, irmão — Guto fez careta — A Madu é um ratinho que cresceu e virou ratazana, chata pra caralho. — gargalhei com a comparação.

— Você já sabia de tudo? — perguntei pra ele que negou.

— Sabia não — respondeu — Fiquei sabendo que eles sabiam da palhaçada na minha avó, mó mancada. — deu um gole na cerveja dele — Mas ela não cresce pra cima de mim, sabe muito bem que eu sei irritar ela até o fim. — deu risada.

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora