Prólogo

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the bronx, nova york. - downtown club.
04 de março de 2019.

a n g e l i n a p r i c e

Dançar sobre aquele palco com uma máscara que me dava um ar de mistério atraía diversos olhares para mim, no entanto, eu estava focada em apenas um. O loiro me encarava segurando um copo de whisky em sua mão e quando ele mordiscou os lábios, tive vontade de beijá-lo.

Desci lentamente, fazendo questão de me posicionar de quatro e me aproximei, roçando nossos lábios. Com certeza eu não teria coragem para isso se não estivesse bêbada.

Senti seu sorriso contra a minha boca e então o próprio selou nossos lábios brevemente. Voltei à minha posição ao lado da barra de ferro e me diverti internamente com seu semblante confuso. Terminando a dança, era a vez de outra garota. Desci os breves degraus que davam acesso ao chão, pronta para caminhar até meu camarim quando senti uma mão em meu braço.

Me virei rapidamente. Era ele.

— Não fuja de mim. - O aroma de álcool que saía de sua boca invadiu minhas narinas.

— Está apaixonado? - Sorri e deixei que ele se aproximasse, até que senti minhas costas se chocarem levemente contra a parede.

O loiro não me respondeu. Ao invés disso, colou nossos lábios em um beijo intenso, me fazendo sentir o gosto do whisky em sua boca. Correspondi o beijo e então arranhei levemente sua nuca. Eu estava tão bêbada quanto ele.

Eu era paga apenas para dançar. Meu trabalho era atiçar e então as prostitutas continuavam o serviço.
Mas naquele instante, resistir era impossível.

Eu passava a mão por seus fios loiros e macios enquanto sentia suas mãos firmes em minha bunda. Seu perfume intenso com um toque amadeirado o deixava ainda mais sexy.

— Qual é o seu nome? - Perguntei em meio aos beijos.

— Me diga o seu. - Ele tinha um tom naturalmente autoritário que eu achava sexy pra caralho.

Me chame de Angel. - Sussurrei em seu ouvido e aquilo pareceu enlouquecê-lo, já que senti sua mão apertar minha bunda com mais força e ele se apressou em tentar retirar minha máscara de meu rosto.

— Não. - Sussurrei para a sua infelicidade e o mesmo bufou antes de descer os beijos para meu pescoço. Levei minha mão às suas costas por baixo de sua camisa social, e foi aí que me surpreendi.

Haviam relevos sobre suas costas.

— O que está fazendo? – Indagou, mudando subitamente o seu semblante.

O loiro se afastou no mesmo instante e puxou minha mão agressivamente. Sua expressão mudou completamente e aquilo me assustou.

— Preciso ir. - Seu tom de voz era frio.

Antes que eu pudesse tentar segurá-lo, ele sumiu entre a multidão.

E ele não havia me dito o seu nome.

AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora