manhattan, nova york.
23 de novembro de 2019.a n g e l i n a p r i c e
Conseguia sentir, através da cena a qual meus olhos contemplavam, o efeito da paz instaurada em seu coração no instante em que o loiro viu-se envolvido nos braços de sua mãe.
Sentados sobre o extenso sofá de couro posto ao centro da sala de estar, Justin e Pattie exalavam suas emoções. O instinto cético e ranzinza do loiro dava lugar à uma expressão angelical, marcada por um largo sorriso e olhos marejados.
É claro, nada para ele era tão importante quanto aquele momento.
Por isso, eu estava ali, longe, tendo o peso de meu corpo escorado na parede ao meu lado enquanto deixava que meu olhar falasse por meus lábios. Não era capaz de estimar a grandeza do que sentiam, mas ainda podia – embora as circunstâncias, me sentir feliz por ele. Ter meu coração acalentado pela forma como o caramelo de seus olhos brilhava em êxtase.
Este era o amor, em sua mais pura forma.
Umedeci meus lábios com a língua, suspirando ao me dar conta de que, desde o momento em que insisti para que Meg fosse embora, eu era a única quem sobrava ali. Tive toda a minha coragem para tratar, sozinha, sobre o outro assunto, arrancada no momento em que me dei conta do quão cruel seria interromper aquele reencontro.
Me dirigi em passos cautelosos até a porta; não notariam a minha saída.
— Então era você quem tomava conta da minha neta? – Interrompi meus passos, virando-me para encarar a mais velha.
Eu havia me enganado.
— A Elizabeth é uma garotinha adorável. – Abri um modesto sorriso. — Vai adorar conhecê-la. – Maneei positivamente a cabeça, dando um passo para trás.
— Você não está de saída, está? – Patricia se levantou, caminhando em passos sutis em minha direção para, uma vez em minha frente, segurar minhas mãos. — Você e sua amiga fizeram muito por nós. – A emoção em seus olhos era notável. — Obrigada. Muito obrigada. – Suas veras palavras ecoaram por meus ouvidos através de seu sereno tom de voz no instante em que Pattie me envolveu em seu abraço. — Você tem a minha gratidão eterna, Angel. Pode sempre contar conosco.
Suspirei, abrindo um sorriso largo. Naquele momento, era eu quem tentava conter as lágrimas. Retribuí o abraço, tendo minha voz levemente trêmula no instante em que me afastei.
— Eu conheço a dor de perder um dos pais. – Cruzei meus braços, notando que o loiro me encarava fixamente. — Fico feliz em ver que vocês tiveram a chance de se reencontrar. – Era inevitável não intercalar meu olhar entre Pattie e Justin, ainda que eu tentasse, em vão, evitar contato visual com ele. — Bem, eu não quero atrapalhar o momento de vocês. – Balancei negativamente a cabeça, afastando quaisquer pensamentos capazes de prejudicar minha estabilidade.
— Você não está atrapalhando! – Afirmou.
— Minha mãe está certa. – Justin se levantou, caminhando até nós. — Nós queremos que você fique.
O encarei fixamente, podendo sentir a tensão entre nós crescer a cada segundo. Mordi meus lábios e desviei o olhar, pensando sobre o que dizer.
— Tudo bem. – Murmurei. — Obrigada pelo convite, Pattie. Eu vou... – Umedeci meus lábios com a língua, buscando por uma maneira de completar minha frase quando olhei em direção à cozinha. — Ajudar com o almoço. – Completei.
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Angel
FanfictionAngelina Price é, em meio ao caos do poderoso empresário Justin Bieber, a paz que ele tanto precisava. A luz em meio a escuridão. A esperança em meio ao sofrimento. E em um coração devastado pela mágoa, surgirá um amor capaz de curar todas as suas...