22. Change Me

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brooklyn, nova york.
5 de outubro de 2019.

j u s t i n b i e b e r


— Papai, você acha que a Angel vai gostar do meu presente? - Elizabeth não possuía outra preocupação se não aquela desde que deixamos nosso apartamento.

— Vai. - Respondi, parecendo tranquilizá-la. Ao olhar para o banco de trás, abri um pequeno sorriso ao ver o quão fixo era o olhar da pequena à caixa que segurava em suas mãos. Soltei um riso nasal e retirei meu cinto, já com meu carro desligado e estacionado à rua que seria a sua, eu esperava.

Uma vez fora de meu Porsche, abri a porta lateral traseira e coloquei parte de meu corpo para dentro, afim de retirar o cinto de Liz que, naquele momento, parecia exalar felicidade. Até mesmo havia derramado lágrimas em êxtase quando soube para onde eu a traria.

— Precisa segurar o meu presente direito. - Repreendi em um tom de voz baixo e, um tanto quanto risonho. Elizabeth havia insistido para que eu a deixasse carregar os presentes sozinha, já que, segundo a mesma, já era grande o suficiente para isso. No entanto, a pequena caixa branca acima da caixa de seu presente mais parecia executar o papel de um equilibrista.

Encontrar o endereço não havia sido difícil, visto que eu já estivera em sua casa. Supérfluas e essenciais informações sobre Angelina estavam em sua ficha, essa que havia sido feita logo que a garota começou a trabalhar em minha casa.

Travei as portas do automóvel uma vez que estávamos fora dele e segurei a delicada e pequena mão de Elizabeth, ao passo que ela usava seu braço livre para segurar os presentes, dispensando qualquer ajuda minha. Era cômico ver o quão parecida com Angelina ela podia ser em alguns momentos, ainda que ambas não possuíssem qualquer parentesco.

O modesto prédio onde a loira morava era situado em uma rua igualmente singela do Brooklyn, um bairro que, ao contrário de Manhattan, era predominantemente residencial. Meu carro, estacionado à frente do prédio cujo eu caminhava em direção, em meio aquele cenário mais parecia uma peça que não fazia parte do quebra-cabeça.

A entrada do prédio não era, nem de longe, similar ao que eu estava apto. Pressionei o pequeno botão azul do interfone, tendo como barreira um portão que, em segundos, foi aberto. O porteiro era um agradável homem de certa idade, de cabelos grisalhos e sorriso fácil. Ao que aparentava, o mesmo já sabia que eu estava sendo esperado. Fui breve em adentrar o local e cumprimentá-lo apenas com um sutil movimento de cabeça, ao contrário de Elizabeth que, como costumava fazer com todos, exibiu todos os seus pequenos dentes em um sorriso largo.

— Estou indo para o 105. - Afirmei, breve.

— Ela me informou. - Ele respondeu, com um pequeno sorriso em seus lábios. — O senhor pode subir.

Executei um breve movimento com a cabeça em concordância e soltei a mão de Liz, uma vez que já estamos dentro do prédio. A pequena se dirigiu, em passos rápidos, em direção às escadas.

— Elizabeth. - Repreendi, caminhando brevemente em sua direção. A pequena pareceu entender, visto que em uma fração de segundo, diminuiu a velocidade de seus passos, me acompanhando.

Não demorou até que estivéssemos em seu andar. Logo atravessamos o corredor e, por fim, estávamos de frente para a porta que daria acesso ao seu apartamento. Olhei para Elizabeth; a pequena parecia radiante.

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