8. Close To Me

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nyc, nova york.
24 de junho de 2019.

j u s t i n b i e b e r

Uma vez dentro de meu apartamento, me desfiz de meu blazer que rapidamente foi pego por Marilyn, e então levado ao cabideiro anexado à parede. Desviando meu olhar, ali estava ela.

Angelina.

— Papai! Papai! - Antes que os pensamentos da noite anterior dominassem a minha mente, a doce voz de Liz ecoou pela sala, tornando, imediatamente, o ambiente mais leve e jovial, tal como minha filha.

— Oi, princesa. - Me abaixei brevemente assim que a pequena correu em minha direção, apenas para segurá-la em minhas mãos e então, já de pé, tê-la nos braços.

— Eu pensei que você só ia voltar de noite, papai. - Ao sentir seus pequenos e delicados braços em volta de meu pescoço juntamente à sua voz suave em meu ouvido, um sorriso fraco se formou em meu rosto. — Eu estava mostrando para a Angel o que eu aprendi hoje no ballet. Você quer ver?

Com um riso nasalado, a coloquei novamente no chão, fazendo um breve contato visual com Angelina, que tentava a todo custo fingir que não estava olhando para mim. Antes que eu pudesse responder minha filha, senti meu celular vibrar em meu bolso.
Tendo o aparelho em mãos, olhei rapidamente para a sua tela; uma ligação importante relacionada ao trabalho.

— Por que não me mostra depois, uh? - Baguncei levemente o seu cabelo, me direcionando à escada.

— Mas papai... - Pude ouvir seu sussurro atrás de mim, no entanto, eu não podia dispensar aquela ligação. Ser o Diretor Executivo de uma grande e importante empresa de investimentos é sinônimo não apenas de um salário alto com bons benefícios e uma vida de luxo, mas também, de um trabalho duro e cansativo.

— Sim, Michael. - Disse logo após atender a ligação, enquanto subia rapidamente os degraus.

Estar em casa não significa descansar. O escritório e as pessoas à minha volta eram muitas vezes desgastantes e, embora eu houvesse optado por trabalhar em minha casa numa tentativa de aliviar a constante tensão presente em mim, a verdade nunca poderia ser mudada.

Quando o conflito é interno, pouco importa o ambiente.

— Terminarei os relatórios em casa, Susan não avisou a você? - Franzi o cenho, destrancando a porta de meu escritório, a parte da casa onde eu passava a maior parte do tempo. — Não, a reunião com o Conselho de Administração será na semana que vem.

Eu usava meu ombro como apoio para meu celular enquanto retirava minha gravata e então me direcionei à enorme e confortável poltrona de couro, onde me sentei.

— Já estou ciente. - Soltei um longo suspiro e então liguei o computador à minha frente. — Tudo bem. Tchau, Michael. - Desliguei meu celular e então deixei o aparelho na mesa, arrumando minha postura para então começar meu trabalho.

Eu tinha a impressão de que as horas passavam depressa quando eu estava ali. Me dei conta de que boas horas haviam ido embora quando olhei para a janela e vi que o azul do céu de Nova York agora possuía um tom quente, mas a multidão, como sempre, ainda estava na rua. Aquela cidade nunca parava.

Soltei um longo suspiro, relaxando meus músculos e me esparramando sobre a poltrona de couro. Levei minha mão à testa, deixando-a ali por alguns segundos e só então voltando à minha postura anterior. No entanto, não direcionei meu olhar ao computador, mas sim ao porta-retrato ao lado dele.

Liz possuía um largo sorriso enquanto me abraçava, na foto tirada por Amber onde estávamos apenas ela e eu, em uma viagem que nós três fizemos à Disney. Apesar de que não posso me dar ao luxo de me afastar de meu trabalho por vários dias, ela estava muito feliz na breve viagem que fizemos.

AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora