27. No Pressure

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nyc, nova york.
16 de outubro de 2019.

a n g e l i n a p r i c e

Minha respiração tornava-se mais ofegante ao passo que Justin aumentava a força e frequência de seus movimentos dentro de mim. A leveza do lençol de cetim era marcada pela transpiração de nossos corpos que, em sintonia, desfrutavam do enorme prazer que nos tomava.

Cravei minhas unhas em suas costas ao sentir que, além do normal, seus movimentos em minha intimidade tornaram-se ainda mais intensos e menos cuidadosos, a cada vez ofuscando o prazer e dando lugar ao desconforto.

Justin possuía seus lábios em meu pescoço, marcando-os a cada chupão forte em minha pele. O loiro fixou seu olhar em meus olhos por breves segundos, até colar nossos lábios em um beijo afim de abafar meus gemidos.

— Justin... - Sussurrei entre o beijo, afastando nossos lábios. Cravou seus dentes em uma leve mordida em um de meus seios, aparentando estar desatento ao meu chamado.

Mordi meus lábios e levei minha mão aos seus fios loiros, puxando-os em uma tentativa falha de atenuar o ímpeto de seu toque.

Senti suas mãos percorreram meu corpo com certa brutalidade que naquele momento não era de meu deleite. Levei uma de minhas mãos ao seu rosto em um toque sutil; presente o bastante para fazê-lo fixar seu par de olhos castanhos sobre meu rosto.

Inversa à nossa primeira noite, sua expressão não apresentava ternura. Seus olhos eram marcados unicamente pelo anseio ao ápice de sua libido em uma tentativa de aliviar a si próprio da tensão que o tomara nos últimos dias.

Queria mostrá-lo que aquele momento poderia ser mais do que apenas prazer.

Levei minha mão ao seu tórax, empurrando-o delicadamente para o meu lado. Uma vez parcialmente deitado sobre o colchão, o loiro usou seus cotovelos para apoiar o peso de seu tronco erguido. Me posicionei por cima de seu corpo, encaixando lentamente minha intimidade sobre seu membro, fazendo-o arfar. Abri um sorriso malicioso, puxando-o para mim e colando nossos lábios em um intenso beijo enquanto meu quadril executava movimentos que pareciam levá-lo a loucura, tal como eu.

Percorri suas costas marcadas com o delicado toque de minhas mãos, envolvendo a mais serena persuasão afim de fazê-lo diminuir a brutalidade de seu contato. Senti um arrepio percorrer meu corpo no instante em que Justin arranhou levemente minha coxa, tendo meu gemido abafado por nosso beijo. Afastei nossos lábios afim de recuperar um pouco de meu fôlego e o olhei, mordendo os lábios ao notá-lo exibir seus dentes em um malicioso sorriso.

O suor que percorria seu corpo e o movimento de seu tórax devido à respiração ofegante o deixavam ainda mais sexy. Tendo o momento sob minha condução, o prazer aumentava a cada segundo. Até que, aumentando a frequência de meus movimentos com o quadril, atingi o mais prazeroso clímax, seguida do loiro que no ápice de seu prazer liberou todo o seu líquido na proteção que usava.

Suspirei, jogando meu corpo apático sobre o tenro colchão ao seu lado. Me virei para encará-lo, notando que o mesmo permanecia em silêncio enquanto estabilizava sua respiração.

Me aproximei, depositando um beijo suave no canto de sua boca, o que atraiu sua atenção. Um sorriso retraído se formou em meus lábios no instante em que o notei atento a cada detalhe de meu rosto, me fazendo corar. Uma fração de segundo após, Justin se levantou da cama, caminhando em direção ao banheiro de seu quarto.

Corei, desta vez em constrangimento; não esperava que ele me fosse se levantar e me deixar sozinha, embora o tenha feito. As horas da madrugada que se passaram foram marcadas por beijos e carícias, além de conversas iniciadas por mim com o objetivo de distraí-lo de seus próprios pensamentos. Ainda assim, seu comportamento não fora tão variado; desde o momento de minha chegada, seu rosto era marcado pelo mesmo vazio.

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