37. Memories

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miami, flórida.
20 de novembro de 2019.

j u s t i n  b i e b e r


Estávamos, enfim, em nosso destino.

Àquela altura, já havíamos chegado na casa a qual alugamos para o aniversário de Chaz. Sendo esta ocupada por, dentre diversos outros cômodos, cinco espaçosos quartos, optei por uma das suítes com vista direta para Clearwater, a praia conhecida por ter os píeres com as mais exuberantes vistas para o pôr-do-sol.

Eu observava atentamente o meu reflexo ao espelho enquanto escovava meus dentes logo após o banho. A toalha presa ao redor de meus quadris logo seria substituída por uma boxer qualquer e, por fim, eu iria dormir após horas exaustivas de viagem.

— Nós vamos à praia. - A voz de Angelina ecoou pelo banheiro, só então fazendo-me notar sua presença ao meu lado.

Franzi o cenho, finalizando minha higiene bucal e então guardando a escova de volta ao lugar.

— Nós o que? - Questionei, incrédulo.

Meus olhos percorreram todo o seu corpo, notando o quão bela ela estava com um vestido branco de alças finas e tecido leve que caía como plumas em suas curvas. Seu cabelo ainda estava úmido e ela usava pouca maquiagem, realçando sua beleza natural. Ela era exuberante.

— Vamos à praia. - Completou, dando de ombros. — Eu sou a única aqui que nunca esteve em Miami. Por favor. - Choramingou em súplica, me fazendo rir.

Suspirei, maneando a cabeça negativamente ao deixar o banheiro.

— Você não está cansada da viagem? - Questionei, enquanto vestia a Calvin Klein posta anteriormente sobre a cama.

— Não. - Respondeu. — Eu dormi a viagem inteira.

Revirei os olhos, soltando um riso nasal.

— Tudo bem. - Aceitei, levando as mãos ao alto em rendição. — Vamos, então. - Bufei, me direcionando ao closet a fim de me trocar. Em breves minutos, havia colocado uma bermuda bege e uma camisa social branca, deixando alguns botões desabotoados. Segurei minha fragrância em mãos, dando apenas duas borrifadas do Sauvage, levando-o de volta à prateleira em seguida.

Deixei o closet em poucos passos enquanto usava uma de minhas mãos para manter meus fios alinhados.

— Vamos, Angel. - Chamei, segurando meu celular em mãos apenas para me certificar de que estava atento ao que acontecia em minha empresa. Embora tivesse tirado três dias livres, eu nunca estava totalmente ausente. — Angel? - Chamei novamente a loira ao notar sua demora por uma resposta, visto que há minutos ela se encontrava exatamente onde eu estava.

Guardei o aparelho em meu bolso, olhando ao meu redor em seguida.

— Angel. - Chamei, novamente, em um tom claro.

Franzi o cenho, levemente preocupado. Me aproximei do banheiro, falhando ao girar a maçaneta. A porta estava trancada.

— Você está aí? Está tudo bem? - Questionei enquanto dava batidas à porta.

Levei minhas mãos à nuca em uma leve tensão. Me virei impaciente, caminhando até a porta do quarto a fim de procurar pela loira em outros cômodos da mansão.

— Justin. - Recuei ao ouvir meu nome dito por sua voz suave.

Me virei novamente, estando em sua frente ao me aproximar de seu corpo estático em breves passos. Levei uma de minhas mãos ao seu rosto, notando imediatamente um olhar não tão aceso quanto o de antes; seus olhos estavam caídos e sua boca era tomada por um pálido sutil. Ela havia acabado de deixar o banheiro.

AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora