Como ser um bom pai

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Gerard faz o café da manhã e nos sentamos na mesa, Patty come como uma criança e eu tento analisar discretamente o humor do seu pai.

- Você vai mesmo na terça, Patty? - Gerard pergunta passando geleia em sua torrada.

Terça?

- Pai! - Meu amigo repreende o pai em um quase sussurro, mas eu escuto.

- Vai pra onde? - Pergunto comendo do bolo e ele suspira.

- Vou ficar uma semana com a minha mãe, eu ia te contar daqui a pouco.

Patty diz e eu começo a ligar os pontos na minha cabeça, lembro da noite passada. Gerard disse que acha não ser um bom pai, deve ser pelo fato do Patrick insistir em ficar com a mãe mesmo ela meio que não ligando pra ele.

- Mas ela não é modelo e meio que não tem muito tempo livre? - Pergunto tentando não dizer o que queria para não magoar-lo.

- Mas pra mim ela vai ter, mas que implicância de vocês dois. Não querem me ver feliz? - Ele diz olhando para mim e seu pai.

Às vezes o Patty age como um idiota, eu não culpo ele, afinal eu não sou tão diferente. Mas seu pai é incrível e faz de tudo por ele, já sua mãe escolheu ser modelo em Nova York e nunca passa sequer pra dar um oi, mas o Patty insiste em dizer que ela é perfeita.

- Você já não é feliz? - Gerard pergunta, seu rosto com uma feição entristecida.

- Eu sou, só que às vezes eu sinto falta da minha mãe. - Patrick responde encarando seu prato e seu pai se levanta me observando.

- Joguem as garrafas fora. - Ele segue para o seu escritório, nos deixando sozinhos.

Depois do café da manhã, converso com Patty sobre essa viagem e ele se zanga comigo dizendo que não é da minha conta.

- Porra, parece que você não pensa. - Digo nervoso e ele me empurra pra fora do quarto.

- Eu preciso ficar sozinho, e você tá me irritando, Frank. - Ele fecha a porta e me deixa no corredor, querendo matar ele.

Caminho furioso até as escadas e desço emburrado, ele sempre faz isso quando a gente briga e eu provavelmente estou certo. Gerard termina de arrumar a mesa e me olha entrar na sala de jantar.

Ele desvia o olhar fechando a tupperware, penso no que vou dizer sobre a noite passada e nada me vem à cabeça. Eu poderia dizer que estava muito bêbado, o que não é mentira, mas eu não sei, não gosto de enganar ele.

- Gerard... - Chamo sua atenção. - Sobre ontem, eu...-

- Frank! - Ele me repreende baixo olhando para a escada e checando se Patty não está.

Ele vem até mim e pega meu pulso me puxando até seu escritório, Way fecha a porta e me olha. Suas expressões sempre são lindas, me fazem perder totalmente a concentração.

- Sei que bebemos ontem a noite e você não deveria ter me beijado, mas eu também não deveria ter cedido. - Ele suspira e coloca uma mão no rosto com um ar cansado. - Ah, eu sou péssimo.

- A culpa foi minha, eu bebi e fiz aquilo. Eu não quis fazer, mas adolescentes bebem e fazem besteira. - Digo nervoso tentando o acalmar. - Me desculpe, tudo bem?

Eu não me arrependo desse beijo. Eu queria aquilo, eu faria novamente só pra ter sua boca de novo pra mim. Eu queria que nós tivéssemos uma relação amorosa e que Patty não fosse uma barreira.

Handsome Father - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora