Crescer e refletir (capítulo final)

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   P. O. V. Gerard
    

   

    Linda ficou de acordo em passar a noite com Alice, na verdade ela agradeceu e conversamos um pouco sobre Frank, já que ele já havia ido para a tal casa dos pais do Matt.

     Frank me enviou o endereço, o caminho é um pouco longo, mas espero que vá valer a pena.

   Eu arrumei algumas coisas em uma mochila, poucas, já que vou passar a noite na casa de estranhos e não sei o que aguardar. Sinto falto do Frank, sinto falta de seus conselhos sobre as coisas, agora eu me sinto tão perdido sem ele.

    — Foco, Gerard. Não pensa nisso. — Digo pra eu mesmo.

     Tranco a porta de casa e mando uma mensagem para Patty, avisando que saí e dando instruções sobre a segurança da casa e dinheiro se ele precisar.

     Não é grande coisa, mas eu fico nervoso só de imaginar o que vamos conversar. Ele beijou minha bochecha, isso não é coisa de namorados, nem ficantes, será que ele quer terminar tudo isso novamente? Frank quer que fiquemos separados, meu deus, eu estraguei tudo.

  

      Respiro fundo entrando no carro e coloco a mochila no banco de trás, vai dar tudo certo. Precisa dar. Coloco o endereço no GPS e sigo para o litoral, espero conseguir me reconciliar com Frank e que ele volte para mim, pra eu finalmente feliz de novo. 

      …

     Fachada bonita, caminho de pedregulho que leva até a entrada da casa e a caminhonete de Frank estacionada de frente para a casa, acho que esse é o lugar certo.

     Eu caminho com a minha mochila, estou nervoso e confesso que não me sentia dessa forma a um bom tempo. Frank e eu nos separamos, mas ainda gostamos um do outro e com sorte eu consigo pedir ele em namoro novamente.

     Dou três batidas na porta e espero ansioso, Frank também pode estar bravo comigo também, afinal eu o rejeitei daquela forma e disse coisas horríveis. 

     A porta de entrada se abre após o som das chaves na parte de dentro, Frank aparece e eu automaticamente descubro que nesses oito dias longe de mim, ele adquiriu mais arte em seu corpo. Não é apenas de toalha na cintura que recebe seu ex-namorado, é?

       — Frank, oi. — Após a minha quase não discreta olhada em seu corpo, eu sorrio voltando o foco em seus olhos.

      O par de olhos âmbares foram sempre assim tão brilhantes ou eu estou começando a reparar demais? Talvez seja esse silêncio constrangedor, eu devo dizer mais alguma coisa?

       — Eu realmente v… — Frank me puxa pra dentro da casa e esqueço instantemente de toda a minha conversa e planos.

   Seus lábios tomam os meus, eu retribuo sem êxito e puxo ele para mais perto de mim, recebendo sua língua em minha boca. 

   Acabo rindo em meio ao beijo, afinal isso é muito repentino para quem estava todo controlado hoje mais cedo. Ele afasta a boca da minha e resmungo tentando o trazer de volta, puxo sua nuca querendo o beijar novamente.

       — Vem cá. — Ele pega a minha mão e me conduz até um lugar da casa, onde tem uma cama improvisada de frente para uma porta aberta que leva até a sacada.

  Coloco minha mochila em qualquer canto e caminho até a cama no chão, percebo ter velas não acessas e rio me lembrando do incidente no restaurante. Olho para fora e noto que a noite já ilumina o mar, caminho para a sacada a fim de ver a paisagem melhor.

Handsome Father - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora