Handsome Father - Frerard

Amar dói

Oi hehe <3 sentiram minha falta?

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Da última vez que eu menti para um Way, eu me dei mal e não pretendo me dar mal por causa das minhas mentiras novamente. Eu suspiro e olho o maldito celular.

- Não foi nada demais. - Respondo baixo.

- Frank, tem noção que você ainda tem dezessete anos? - Ele pergunta se exaltando e reviro os olhos.

- E daí? Daqui menos de cinco meses eu faço dezoito, não faz diferença. - Digo cruzando os braços também. - Só você pensa dessa maneira, me vê como uma criança e isso me irrita demais.

- Você sabe que eu estou certo. - Ele diz me deixando mais nervoso.

- Se você não quer fazer nada comigo, eu tenho o cara da gravadora pra isso, não tem problemas com ele. - Jogo as palavras impulsivamente e pego meu celular, logo saindo da cozinha.

Subo até o quarto de Patty e ele termina de se arrumar, seus olhos me seguem até a sua cama e bufo com raiva.

- Que cara é essa?

- Por que eu sempre estrago tudo? - Pergunto olhando o teto.

- O que você fez dessa vez? - Patty se senta na cama.

Eu só fiz merda como sempre, claro que eu odeio ficar com o Dan e morro de medo de alguma coisa acontecer entre nós, de novo. Mas eu muito inteligente fui estragar tudo.

- O contrato da banda, sabe? - Pergunto e ele assente. - Da primeira vez que eu fui sozinho, o cara me pagou um... você sabe.

- Daniel Lancaster te pagou um boquete? - Ele pergunta arregalando os olhos e suspiro querendo bater nele.

- E agora ele mandou uma mensagem que eu nem vi ainda, mas Gerard viu primeiro e eu disse besteira.

- Caralho Frankie, eu mal abençoei vocês e você já tá fazendo meu pai chorar? - Ele cruza os braços e me sento.

- Ele não deve ter levado a sério, vamos esquecer isso. - Digo tentando acreditar nas minhas próprias palavras.

Faço ele estudar os livros da escola enquanto pego seu violão e tento me concentrar em tocar alguma coisa, mas a cara que Gerard fez quando eu disse aquilo não sai da minha cabeça.

Resolvo então voltar pra casa, tenho uns trabalhos mais tarde de qualquer jeito. Desço com Patty e ele me puxa até a cozinha, não deixando eu sair sem me despedir de Gerard.

- Pai, Frank tá indo pra casa. - Ele me larga e Gerard sequer me olhar, continuando a mexer na panela.

- Se quiser pode almoçar aqui, Frank. - Ele diz sem animação alguma.

- Tá tudo bem, vou almoçar com a minha mãe. - Respondo e Patty me olha com uma expressão confusa.

- Eu te levo. - Gerard se vira secando as mãos no pano de prato ainda sem me olhar.

- Mas eu...

- Ótimo, pai. Eu posso me virar aqui, leva ele. - Patty diz indo até o pai e o empurrando.

Acabo sendo obrigado a ir com seu pai pra casa, deixando minha bike no porta malas e sentando no banco ao lado de Gerard.

Ele parece muito mais sério do que todos os dias, então resolvo não falar nada por enquanto. Mas parece que o caminho até em casa se torna muito mais longo do que todos os outros dias, suspiro vendo os vários carros atrapalhando a passagem.