Madrugadas agitadas

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      Oi, vocês estão bem?

      O que tem feito nessa quarentena? Desenhado? Escrito? Lido? Tocado uma guitarra? Um violão? Contem pra Yasai.

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       Ai ai, como respirar como sempre fiz? Porra, eu quero pular de alegria e gritar pro mundo todo que eu sou pai.

     Minha garotinha nasceu e ela é a coisa mais linda do mundo, eu desidratei junto com Gerard de tanto chorar. Alice, meu deus, esse é o nome da minha filha.

     Enquanto Gerard dirige, eu observo o rostinho dela e tento assemelhar ao Patty mas, não consigo achar semelhança, talvez seja porque ela tem cara de cotovelo, ou é joelho que dizem? Bom, ela é minúscula e parece uma lagarta.

    — Amor, tá tudo bem aí? — Gerard pergunta me tirando do transe.

    — Ah, está sim. — Sorrio olhando a pequena. — Quando ela vai acordar? 

    — Não se preocupe, ela vai ficar acordada a noite toda. — Ele diz e eu me animo.

     A noite é o melhor horário para cuidar de um bebê, eu gosto de ficar acordado até tarde mesmo. Ficar com a Ally pela noite vai ser legal, pelo contrário que dizem.

     Chegamos em casa, pra tirar Ally do carro precisamos de pelo menos quatro minutos pra ter a segurança necessária e logo estávamos em frente à casa, Gerard com Alice no colo. A família cresceu, Patty não é mais o bebê da casa a muito tempo, Gerard disse que me ensinaria como ser pai e eu estou ansioso pra isso.

     Abro a porta por ele estar levando Ally e encontro nossas mães, Patty, Dottie e Bert com sua família. Todos ficam abobados ao ver o pequeno embrulho no colo do Gee, todos babam na nossa filha.

     Patty insiste que ela se parece com ele, então lidamos com ele do mesmo jeito que lidamos com crianças, dizendo que ele estava certo. Nossas mães? Nem se fala, prometeram tantas coisas que nem eu tive. Bert e Jeph, padrinhos da Ally, ficaram encantados, enquanto Cleo pedia constantemente para poder brincar com a recém nascida logo.

    Muita agitação, saímos do hospital hoje e passamos no cartório, registrando a pequena e fazendo sua certidão de nascimento. Logo voltamos pra casa e todos conheceram Ally, mais tarde Ray também veio conhecer ela e mais tarde todos foram embora. Bert montou um berço no nosso quarto e agradeci vinte vezes, eu deveria ter feito isso a um tempo.

     — Pai, ela pode beber suco de laranja? — Patrick pergunta com Ally no colo a olhando.

     — Ainda não, só pode tomar o leite. — Gerard aparece com uma mamadeira, com o leite materno dentro. — Vamos estar sempre passando no banco de leite, já que a Taylor não vai mais estar aqui.

      — Entendi, toma. — Patty ajeita Alice e me entrega ela, pego desajeitado.

     O cheiro de bebê é tão confortável, e o som que ela faz parecendo que quer dizer algo ou reclamar é muito fofo. Sorrio a olhando e Gerard se senta ao meu lado, me entregando a mamadeira.

     Fico sem saber como colocar na boca dela sem derramar, mas a mão dele guia a minha e coloco a mamadeira na boca de Ally, ela toma o leite por poucos segundos e logo larga. 

   — Tenta de novo. — Ele diz e eu faço, mas ela vira o rosto e começa a choramingar.

    Retiro a mamadeira e entrego a bebê a Gerard, talvez ele consiga fazer isso melhor do que eu. Ele faz o mesmo que eu e ela se recusa ao sentir o bico da mamadeira nos lábios.

Handsome Father - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora