Eu voltei pra casa depois de tudo aquilo, minha mãe me disse várias coisas, chorou horrores, eu disse que estava na casa de um amigo passando um tempo e omiti a parte das drogas e ressacas. Sempre é assim, a rotina da minha vida.
Termino meu banho e vejo as mensagens do meu celular, meu chefe me demitindo, mil mensagens da minha mãe, mil do Patty, algumas do Dan. Suspiro indo até minha cama e bloqueando o número do Lancaster, eu estava com o que na cabeça? Gerard me avisou e eu fui tolo.
No final tudo foi culpa do meu pai, desde a facada até a doação de sangue. Ele devia uns caras, eles se vingaram dele me atacando e depois ele ainda disse pro Gee se afastar de mim. Meu pai é horrível, um péssimo pai e ser humano.
Me cubro fechando os olhos, sorrio ao me lembrar de Alice, ela está tão esperta e linda. Eu fiquei um tempinho fora e sequer pude ver ela, pois, estava ocupado fumando ervas com Dan, eu não quero mais isso pra mim, nunca mais. Alguém bate na porta, atrapalhando meus pensamentos.
— Mãe, tá tudo bem, pode dormir em paz. — Grito e me enfio debaixo do cobertor, mas escuto o som da porta se abrir mesmo assim. — Mãe, eu… — Abaixo o cobertor e vejo Bert.
— Graças a deus eu não sou, pelo menos não sua. — Ele ri fechando a porta atrás de si. — Frank, quero ter um papo contigo.
— Se veio me bater, por favor, não pega leve. — Digo grunhindo e me sentando na cama.
— Guarda seu lado masoquista pra outra pessoa. — Bert se aproxima. — Eu estou aqui gratuitamente para esclarecer a sua mente e limpar sua pobre alma, voluntariamente.
— Se veio me dizer que sou um idiota, eu já sei.
— Mais que isso. — Ele se senta e sorri dando de ombros. — Na verdade, eu quero dizer que você e Gerard são como ying yang, o que falta nele, tem muito em você.
— Como assim?
— Gerard é calmo, pensa demais em tudo, guarda as coisas sempre pra ele e você é o contrário de tudo isso. As vezes a personalidade dos dois não bate e acredite, não sou nenhum terapeuta nem nado do tipo, mas inconsequentemente vocês acabam machucando um ao outro sem querer.
Bert está certo. Na verdade, eu sempre gostei de pensar em algo que fosse pra sempre, eu sempre fui sonhador e Gerard me trazia para o mundo real de forma que eu sequer percebesse estar lá.
— Mas vocês se consertam inconsequentemente, isso por conta do amor que vocês nutrem um pelo outro, e, meu deus, isso é tão gay. — Ele ri, brincando com a sua aliança. — Bom, se quer ficar com Gerard, vai ter que crescer e começar a ver as coisas como elas realmente são, pra amadurecer mais e mais e ser bom para si mesmo e para o Gerard. Vai por mim, quanto mais admitimos que estamos errados, mais sábios ficamos sobre a vida e nós mesmos.
— Eu quero ser uma pessoa melhor, Bert. Como eu faço isso? — Pergunto digerindo suas palavras.
— Frank, a resposta já está com você. Você sabe o que fazer. — Ele me diz e fico confuso, eu sei o que fazer? — Agora eu tenho que dar amor e carinho pra minha garotinha, me agradeça depois, beijos.
Então McCracken sai, me deixando isolado com meus pensamentos. Eu sei o que fazer, ou, eu preciso acreditar que sei? Gerard é com certeza a pessoa que eu quero passar a minha vida mas, eu não sou bom o bastante pra ele.
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Handsome Father - Frerard
FanfictionO amor desde sempre foi algo inexplicavelmente complicado, ninguém nunca teve o poder de obrigar alguém a amar outro, é algo único e forte, as vezes até repentino. Frank questionava o por quê de ter se apaixonado justo pelo pai de seu melhor amigo...