Para ser jovem

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     ;-; Oi, gente.

 
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     P. O. V. Gerard

    

  Respiro fundo ao guardar o celular e limpo minhas lágrimas, Linda está voltando para Jérsei. 

   Olho para todos os enfermeiros ou médicos passando, levo o olhar até o bebê conforto e sorrio triste para Ally, as lágrimas sempre estragando o meu disfarce.

    — O papai vai ficar bem, logo ele vai sair daqui e voltar pra casa, tudo bem? — Seguro sua mãozinha e meu sorriso desaparece, se eu ao menos tivesse com ele.

     Foi tudo culpa minha, eu quem deveria ter levado ele, mas eu resolvi me preocupar com qual babá treinada minha filha ficaria. Eu deveria ter confiado na agência, elas são profissionais e Frank sempre diz pra eu não ser tão rígido com tudo.

     Frank.

    Volto a chorar novamente, eu me odeio tanto.

     — Pai! — Escuto a voz de Patty e me levanto do assento hospitalar, recebendo um abraço apertado e me fazendo chorar ainda mais. — Me diz que ele está bem.

      — E-ele estava voltando do baile, eu deveria estar com ele. — Choro me separando de Patrick. — Foi tudo minha culpa.

       — Não foi sua culpa, ele vai ficar bem. — Os olhos encharcados dele não me fazem acreditar nas suas palavras, mas tento me conter.

     Só então percebo Dottie ali, ela se aproxima de mim e abre os braços para um abraço também. Nos abraçamos e ela me conforta com palavras bonitas, uma nora tão boa.

     — Pai… — Meu filho me chama a atenção e noto a aproximação de um doutor, vou até ele.

     Minhas esperanças me guiam, mas ainda sim meus olhos continuam marejados, respiro fundo ao que o doutor me fita com uma expressão não tão boa.

       — E-ele está bem? — As únicas palavras que consigo pronunciar. 

       — A cirurgia foi bem sucedida. — O doutor diz e suspiro aliviado, fechando brevemente os olhos e agradecendo as divindades. — Mas o paciente perdeu muito sangue e o banco de sangue está com o tipo de sangue dele em falta, precisamos de um doador que tenha O negativo. 

       — Eu vou encontrar alguém, muito obrigado, doutor. — Digo mais aliviado e ele assente saindo.

      Paro fechando os olhos e chorando novamente, consigo respirar de novo e saber que ele está bem me deixa aliviado. Meu namorado está vivo, quero ver ele e dizer o quanto amo aquele garoto baixinho. Droga, eu o amo tanto que dói pensar que um dia algo pode acontecer. 

      Aviso Patty e Dottie sobre o estado de Frank e não muito tempo depois a polícia chega para conversar comigo e pergunta algumas coisas sobre inimigos, brigas ou algo que possa ter levado a isso. Não muito tempo depois, chegam meus pais junto com a Linda, essa que chega aos prantos e converso com ela explicando o estado de seu filho e condição sobre a doação do sangue. 

      Mamãe e papai se oferecem para cuidar de Ally enquanto fico no hospital e eu agradeço, digo que não será por muito tempo e ela segue para casa, já deve ser madrugada. Peço para Patty voltar pra casa e ficar de olho lá pra mim, me despeço dele e de Dottie. 

      — Querido, pode ir pra casa. Ficarei aqui a noite inteira. — Linda me diz e sorrio.

      — É bom saber que terei companhia, já que não vou sair desse hospital tão cedo. — Digo e ela segura minha mão.

Handsome Father - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora