Um CEO em minha vida (CONCLUÍDO)

Casa comigo?

Brian

Relutante minha funcionária me diz seu endereço. Ela não estava brincando quando disse que tinha problemas financeiros, mora em um dos subúrbios mais violentos da cidade.

Onde ela mora não importa, mas me deixa mais determinado a conseguir a ajuda que preciso.

- O testamento determina condições. Devo me casar em até 45 dias do funeral, permanecer casado por pelo menos dois anos e em caso de filhos metade de tudo é imediatamente transferido para os herdeiros inclusive após a sua maioridade.

Gio começa a rir sem parar.

- Devo me preocupar com efeito colateral de medicações em você?

- Desculpe. Não precisei de medicação. Acho que nada disso é real, tenho certeza que estou sonhando e vou acordar atrasada para ir trabalhar. Que pai determina em documentos quantos anos o casamento de um filho deve durar?

- O meu, mas não se engane. Não foi por amor e querer minha felicidade, seu apelo foi unicamente me enfurecer. Se eu me casar com que ele esperava que me casasse daqui a nove meses eu já seria pai e por meios sórdidos. Pelo menos ele teve a decência de me deixar escolher a noiva, poderia ser pior se tivesse tido tempo de reformular seus planos.

- Ainda não entendi o motivo de você querer que eu seja a noiva. Não quero me casar.

- Por isso você é perfeita. Eu não quero uma esposa mais do que você não quer um marido. Proponho que nossos dois anos de casamento sejam um acordo de negócios. Você pode voltar à faculdade, sair das suas dificuldades financeiras, será bem recompensada agora e depois do divórcio. Terá uma renda mensal de quinhentos mil dólares durante o casamento para gastar como quiser.

- E quanto aos meus deveres como esposa.

- Você só terá um dever. Se manter longe do meu caminho. Meu pai não foi tão esperto quanto ele pensava ser, não exigiu que a gente durma junto, apenas que temos que morar sob o mesmo teto.

- Serei então sua colega de quarto?

- Uma colega de quarto bem remunerada.

- E fidelidade?

- Fidelidade?

- Sim, fidelidade! Se seremos marido e mulher, meu marido não poderá sair em todas as notícias com outra nos braços, assim como acho que você não gostaria de ver fotos minhas nos braços de outro.

A imagem de Gio nos braços de outro homem, seja ela minha mulher ou não, me deixa enfurecido. Acho que ela tem razão, ou estou alucinando ou estamos sonhando e acordarei. Nada, a não ser isso, explica essa sensação de posse dessa mulher que nunca tinha visto.

Me lembro de uma conversa que tive com meu avô, pouco antes de sua partida para o cruzeiro, eu o questionava a razão de não poder ir junto com eles, não queria ficar com meu pai.

- Um dia Brian, você vai conhecer uma mulher que não vai querer dividir com o mundo. Sua avó é essa mulher para mim. Eu aceito dividir o amor dela com você, porque você é uma extensão do nosso amor, como o seu pai também é, só que em algumas ocasiões eu preciso me certificar de que ainda sou o centro do universo dessa mulher, que posso resolver todos os seus problemas. Agora você já está em uma idade que permite que possamos voltar a viajar esporadicamente. Voltaremos cheios de saudade e levaremos você para um passeio na Disney.

Não entendo porque me veio essa lembrança. Gio me olha desconfiada pelo meu silêncio e percebo que não a respondi.

- Não, você está correta. Não quero você nos braços de outros homens.