Gio
O caminho do hospital à minha casa é longo, e conforme ele me explica eu o entendo por toda essa loucura. Mas a vida de quem é perfeita? Não sou a pessoa mais indicada para julgar a loucura de ninguém.
Se alguém me dissesse cinco anos atrás que eu não me casaria com Simon, me mudaria para Seattle e começaria a fazer medicina, eu daria boas gargalhadas na cara dessa pessoa antes de interná-la em algum centro psiquiátrico. Olhe bem, é exatamente essa minha vida agora. Meu ex noivo é pai orgulhoso dos meus dois sobrinhos de 4 anos e seis meses, eu não tenho um bom relacionamento com quase ninguém da minha família, mesmo aqueles que me apoiaram um dia, foram conquistados por sorrisinhos banguelas e perdoaram a canalhice dos pais.
Eu segui em frente. Claro que essa é a resposta padrão a todos que me perguntam. A realidade é que não permito a aproximação de nenhum homem. Se um que conheci a vida toda foi capaz de me apunhalar pelas costas e com minha própria irmã, que dizia me amar mais que tudo no mundo, o que não fará um que acabei de conhecer.
A proposta do Sr Brian pelo menos é clara, é uma transação de negócios e não passará disso, não há ilusões.
Mas me casar? Permanecer dois anos casada?
- Preciso pensar, não consigo lhe responder agora.
- Seja rápida, por favor, meu tempo está esgotando.
Chegamos ao prédio onde moro e ele insiste em me levar até a porta do apartamento. O elevador está quebrado e precisamos subir os cinco andares de escada.
Quando estamos quase chegando ao quinto andar, o Sr John aparece no corredor entre as escadas e me agarra pelo braço.
- Estava aguardando ansioso pela sua chegada, Gio querida.
- Me solte, Sr John.
- Onde está o dinheiro do aluguel? Você pensou melhor? No meu apartamento não vai precisar me pagar nada!
Sinto meu braço livre das mãos do Sr John e quando olho para trás ele está suspenso no ar pela gola de sua camisa. Meu chefe musculoso aproveitou que a atenção do velho asqueroso estava em mim e o surpreendeu.
- Tire suas mãos imundas dela e nunca mais pense em colocá-las ali ou não serei tão bonzinho assim de novo.
Ele jogou o Sr John no chão que me olhou com ódio, levantou do chão se limpando e me disse calmamente.
- Você tem até o fim do dia para desocupar seu apartamento ou me pagar, nem um minuto a mais.
- Ela não precisará desse tempo todo, estamos saindo agora mesmo!
Fico sem reação, não tenho sequer tempo de abrir a minha boca para responder absolutamente nada, enquanto sou arrastada de volta para dentro do carro do Sr Brian.
- Ei, eu preciso voltar lá. Preciso acalmar o Sr John ou serei despejada. Não posso pagá-lo hoje, mas também não posso ficar na rua.
- Não, você não precisa. Ele nunca mais vai colocar os olhos em você. Não percebeu as intenções dele?
- Sim, eu percebi e já havia deixado claro mais cedo que seu apartamento não era uma opção.
- O que? Ele já a havia proposto isso e você permaneceu morando nessa espelunca?
- Sim, Senhor Eu Possuo O Mundo Aos Meus Pés. Nem todo mundo consegue resolver os problemas na vida esfregando dinheiro na cara das pessoas. Essa espelunca é o lugar que posso pagar e sou grata pela minha independência, obrigada.
- Ou a falta dela, Senhorita Não Preciso de Ninguém. Se não me engano a oferta dele era te botar para correr com os dois pezinhos na rua da amargura.
- Nunca disse que minha vida era perfeita. Em uma vida perfeita estaria dentro de um hospital no segundo ano de residência, não sendo copeira para um arrogante.
- Bom, já que sou arrogante, está decidido. Não preciso da sua aprovação!
- Não precisa da minha aprovação para fazer o que?
Ele liga para alguém em viva voz.
- Stuart? Tenho um serviço para você. Vou lhe passar um endereço, quero o apartamento desocupado até o fim do dia e tudo que estiver nele em minha casa.
- Ei, esse é meu endereço, o que pensa que está fazendo?
Sou ignorada novamente.
- Agora mesmo, senhor - alguém responde. Esvazio completamente o apartamento?
Meu chefe me olha e diz.
- Se há algo naquele apartamento que queira manter além dos seus objetos pessoais é agora que me diz, caso contrário, será tudo abandonado.
Me recuso a responder e o olho feio.
- Somente as roupas e objetos pessoais, o resto deixe para trás. Procure pelo senhor John e acerte o aluguel atrasado.
- Mais alguma coisa chefe?
- Por enquanto é só.
Ele desconecta a chamada e continua a dirigir.
Não entendo o que aconteceu desde que saí da minha cama hoje pela manhã, acho que entrei em algum universo paralelo.
- Não sei como vim parar aqui, meu Deus.
- O que disse?
- Que você só pode ser completamente louco, Sr Brian.
- Já disse para me chamar de Brian.
- O que pensa que está fazendo, Brian? Que jeito é esse de arrumar uma esposa de mentirinha!
Ele me olha com satisfação.
- Melhor se acostumar agora, Gio. Sempre consigo o que quero!
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Um CEO em minha vida (CONCLUÍDO)
Romansa🔞 Para maiores de 18 anos🔞 Brian Uma piada de mal gosto do destino. Só isso explica as decisões que precisam ser tomadas em um curto espaço de tempo, para garantir que o trabalho de uma vida, não tenha sido em vão. Quando a copeira o pega distraí...