Gio
Tudo na nossa viagem foi perfeito.
Desconfiei um pouco no instante em que Brian vendou meus olhos, quando o encontrei de joelhos declarando seu amor por mim e rasgando o acordo do casamento achei que desmaiaria.
Ele sabia como a vigência desse contrato me incomodava. Rasgar foi a maior prova de amor que esse homem me deu.
Propor um casamento por amor antes de saber que nossa família estava crescendo, deu a segurança que eu precisava para acreditar que terei em minha vida o meu felizes para sempre.
Minhas emoções já à flor da pele entraram em colapso. Chorei muito e meu tigre entrou no modo super protetor.
Foram quinze dias maravilhosos em que conheci a maioria dos países europeus. Visitamos museus, cidades históricas, vilas interioranas. Onde eu quisesse parar Brian me levava.
Nos casamos novamente na Grécia em uma cerimônia privada. Com o mar de testemunha e cenário de fundo foi um dos momentos mais lindos das nossas vidas.
Minha gestação foi tranquila. Nos primeiros meses qualquer enjoo ou sono que eu tivesse a mais, meu marido ligava para a obstetra. Tive que ameaçar voltar a morar com Belle para que ele relaxasse e começasse a curtir cada fase da gestação comigo.
A vida do meu marido nesse período também não foi nada fácil. Teve que suportar minhas variações de humor, meus desejos loucos, minha insegurança com o corpo.
Se no meu estado normal já o ensadecia, grávida ele ficou descontrolado. Mais possessivo, mais ciumento, mais controlador e eu mais rebelde.
Nossos cuidados com a minha propensão a desastres foi redobrado, nunca mais desci uma escada sozinha, aliás, meu direito de ir e vir só ficou bem mais restrito.
Ouvir o coração do nosso pacotinho de amor na primeira ultrassonografia, encheu meus olhos e do meu CEO gostoso de lágrimas.
Meu apetite sexual beirava o de uma ninfomaníaca, Brian com todo cuidado com o bebê satisfazia cada desejo meu na cama também.
Os desentendimentos continuaram, principalmente quando estávamos montando o quarto de Sophia, que no entendimento do meu marido se estendia para toda a casa, inclusive nosso quintal.
- Você vai devolver, sim Brian.
- Não vou amor, a filha também é minha.
- Vai, sim. Não vou permitir que você faça da nossa casa um projeto de parque de diversões. Carrossel?
- Ela vai usar um dia.
- Quando a Sophia quiser subir em um, existem milhões de parques ao redor do mundo que podemos levá-la. Você não vai mimar essa menina desse jeito.
- Mas amor...
- Você vai devolver.
Geralmente as discussões eram as mesmas e com todo exagero que ele cometia que fosse exorbitante. Outros eu abri mão, por exemplo, o enxoval. Quem entrasse no quarto da minha filha sem antes me ver acharia que minha gestação era no mínimo de gêmeos. A quantidade de coisas que meu marido comprou me deixava até sem jeito.
Para ceder entramos em acordo, para cada coisa repetida que ele trouxesse para o quarto de Sophia uma mãe carente receberia três iguais.
Desse jeito minha filha teve um quarto lindo e ajudamos a muitas mulheres grávidas em dificuldade em Seattle.
Para o meu parto uma equipe foi montada, apesar de minha preferência ser o normal, Sophia estava sentada e por isso tive que fazer cesárea.
Brian acompanhou muito apreensivo, depois que tudo correu bem ele me disse que ficou feliz de ter havido uma cesárea. Tinha pavor da dor que mulher sente no processo do parto normal.
- Eu viveria cada momento de dor para ter nosso pacotinho de amor nos braços.
- Vocês são a minha vida, eu te amo.
Sophia é ruiva como eu e tem os olhos azuis do pai, é uma criança relativamente calma.
Acordo e passo a mão na cama procurando por Brian. Ele não está no quarto, vou para o da nossa filha à sua procura.
- Psiu amor, mamãe tem que descansar.
Ele canta uma canção para Sophia. Cada vez que o encontro assim com ela me emociono. Meu amor é um ótimo pai.
- Procurei você no quarto não encontrei.
- Nossa princesinha estava acordada.
- Você vai deixá-la mimada assim.
Sophia ao ouvir a minha voz faz um bico de choro.
- Acho que o que ela quer só você pode dar amor.
A amamento sob o olhar atento do meu marido.
- Como alguém pode não amar uma coisa tão linda assim?
Sei que ele se refere ao seu pai.
- Algumas pessoas não estão preparadas para dar e receber amor.
- Ainda bem que você entrou na minha vida para ensinar.
- Você já sabia amar, olha quantas pessoas ao seu redor já mantinha cativo.
- Nenhum deles me fez querer ser uma pessoa melhor.
- Porque você sempre foi uma pessoa melhor. Melhor que seu pai, que meus pais e muita gente sem caráter por aí. Seus avós teriam muito orgulho do homem que você se tornou
- Eu tenho muito orgulho da mulher e mãe que você é.
- E eu por você ser o pai da minha filha.
- Terei que esperar - ele me diz com o olhar brilhante de desejo.
- Terá.
Sophia termina de mamar e a coloco novamente em seu berço.
Voltamos para o nosso quarto, desde o nascimento da nossa filha Brian é muito mais cuidadoso comigo.
- Te amo, Sra Richard. Obrigado por completar minha vida.
- Não canso de ouvir você dizer isso.
- Seu corpo é uma delícia, não me canso dele.
- Ele mudou muito.
- Você carregou nossa filha, amo cada mudança que isso provocou. Você é ainda mais sensual hoje do que no dia em que me apaixonei por você.
- Que dia foi esse?
- O dia que entrou pela porta da minha sala e me queimou.
Ele me cala com um beijo, invadindo minha boca com a língua.
Quando partimos para carícias mais quentes ouvimos o resmungo de Sophia na babá eletrônica. Brian encosta sua testa na minha.
- Essa menina hoje não quer deixar que a mãe descanse relaxada.
- Deixa que eu vou lá dessa vez amor, você vai ter que acordar cedo para ir ao escritório.
Vou ao quarto de Sophia. Minha princesa hoje está com cólicas. Me dói o coração a ver se retorcendo com dor. Sensível começo a chorar junto com ela.
Faço uma massagem em sua barriguinha com um óleo de amêndoas, enquanto Brian canta para a acalmar.
Com a massagem e a canção o desconforto de Sophia é reduzido e ela volta a dormir.
Voltamos para o nosso quarto mas não há mais clima para voltar ao que estávamos fazendo antes.
- Desculpe amor, estou cansada.
- Vem baby, vem descansar.
Nos deitamos e Brian me abraça passando as mãos suavemente em minhas costas até que eu adormeça em seus braços.
Acordo com o beijo suave do meu marido em meus lábios.
- Bom dia, querida.
Ele está com Sophia nos braços.
- Essa mocinha precisa da mamãe.
- Você já está pronto para ir trabalhar, deveria ter me acordado.
- Não. Nós gostamos de passar um tempo a sós, não é filha? Você precisava descansar meu amor.
- Você vai me deixar mimada.
- Minha meta na vida. Já a troquei. Até mais tarde.
Ele se vai e eu fico com minha filha em meus seios e sentindo o cheiro gostoso de bebê em seus cabelos.
- Você completa a nossa vida meu docinho, não sei viver sem você.
O tempo passa e amanhã é o batizado de Sophia. Não acredito que nosso pacotinho de amor já está com sete meses.
Belle todos os dias me pede milhares de fotos da sua afilhada. Ela e Mark serão os padrinhos da nossa bebezinha.
- Vou roubar essa coisa linda para mim.
- Não vai mesmo, dê um jeito de fazer uma para você. Gio e eu queremos crianças para brincar com Sophia.
- Se bem amor, que ela ficar uma noite toda com Sophia é bem interessante. Vamos reviver nossa lua de mel.
Belle tampa os ouvidos de minha filha.
- Informação demais para ouvidos puros presentes aqui. Já falei o dia que você quiser deixa ela comigo, providenciem mais irmãzinhas para a minha coisa fofa.
- Preciso de um homem que me ajude a zelar por essas mulheres, o próximo será um homem.
Meus pais se aproximam, ouvindo o finalzinho da nossa conversa abraçam Brian e falam.
- Cuidado meu genro podem vir gêmeas.
- Por favor, senhor Scott, nem brinca com isso.
Olho ao redor para todas as pessoas que vieram celebrar esse marco na vida de nossa pequena conosco.
Felicidade, é isso que resume meu casamento por contrato que se tornou por amor. Um CEO entrou em minha vida para nunca mais sair.
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Um CEO em minha vida (CONCLUÍDO)
Romance🔞 Para maiores de 18 anos🔞 Brian Uma piada de mal gosto do destino. Só isso explica as decisões que precisam ser tomadas em um curto espaço de tempo, para garantir que o trabalho de uma vida, não tenha sido em vão. Quando a copeira o pega distraí...