Arriscando o coração

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Gio

Brian me pede para escolher o filme e rapidamente dou as opções de terror ou ficção. De jeito nenhum que vamos assistir um romance para eu ficar emotiva ou com tendência para acariciá-lo.
Nas primeiras cenas ele tentou se aproximar de mim, no meio do filme já me encontrava deitada no chão cercada de almofadas e totalmente à vontade.
Sorrio. Quero ver ele me acariciar quando eu tomo um susto agora.
Ele suspira mas permanece nas poltronas. Sabia que não viria para o chão comigo.
O filme termina e nós começamos a conversar sobre o elefante branco na sala.
Meu marido conta sua relação com Lia, da briga com o pai que o levou a ter uma noite irresponsável com a irmã do melhor amigo.
Acho que ela pensou que o seduzindo ele não sairia de sua vida. Acredito ter sido essa a razão de sua sinceridade na manhã seguinte quando Mark os encontrou.
Meu esposo me desarma ao pedir apenas a confiança e relembrar nossos votos do casamento. Creio nas coisas que me disse, até porque como bem me lembrou, pode provar tudo.
A inveja de Lia é transparente desde a noite do nosso noivado. As mensagens que enviou também, no fundo já desconfiava da autoria de tudo isso.
Saio da sala e volto ao quarto. Não demora muito sou abraçada por trás.
- Só dê uma chance ao nosso casamento, baby. Não sei o que é amor, mas tenho certeza que você é a mulher capaz de me ensinar a amar.
- Não diga essas coisas só para me seduzir. Não fale algo se não for o que sente. Se o Simon me machucou você me quebraria.
Ele me vira em seus braços e levanta meu olhar ao seu.
- Não tenho atitudes na minha vida que não tenha intenção de fazer ou dizer.
Decido me jogar de corpo e alma nesse casamento. Sei que estou arriscando meu coração, mas se é para ser real, vou começar assumindo o que sinto.
- Eu te amo.
Sua resposta é um beijo apaixonado e como sempre a capacidade lógica foge e meu corpo só se torna sensações.
Ele tira a minha roupa devagar, como se estivesse me vendo pela primeira vez.
- Quando você ficou me olhando no banheiro do escritório toda vermelha de vergonha eu tive que me segurar para não lhe agarrar. Não conseguia te tirar da mente. Por isso te provoquei.
Me lembro da sensação da provocação e do choque de estar parada comendo meu chefe com os olhos enquanto deveria estar socorrendo-o.
- Naquela noite ao levar você para casa, passei pelo seu quarto para lhe chamar. Você estava andando de lingerie procurando por uma roupa na mala. Quando você desceu, te desejei tanto que não conseguiria disfarçar. Fui para o escritório tentando me acalmar pelo caminho, sem esperar por você e Cole, não queria que percebessem meu estado.
- Foi por isso que você saiu sem dizer uma palavra? Achava que a causa fosse o tamanho do seu ego. Certo de que seria seguido por nós não se deu ao trabalho de esperar.
Ele leva minhas mãos até o seu pênis duro sob suas roupas.
- É o meu ego. Fico assim toda vez que te vejo desde aquela noite. Toda vez que imaginei o prazer que posso te dar. Desde nossa manhã em Jackson em que deixei de fantasiar para saber como seu corpo reage a cada carícia da minha boca.
Brian me beija sem pressa, como se com esse beijo quisesse desvendar minha alma. Sua língua passeia pela minha boca, provocando um arrepio intenso em mim.
Com nossos lábios ainda unidos sinto minha roupa sair com vagar do meu corpo.
- Tão linda. Tão minha.
Me cobre com suas mãos que passeiam ora massageando, ora estreitando. Com muita gentileza beija meu corpo todo sem nunca chegar a tocar onde meu sexo pulsa por querê-lo.
- B-Brian... P-por f-favor
Não consigo ser coerente.
- Isso gatinha, diz meu nome, implora pela nossa união, lute pelo nosso casamento.
- Eu te amo, faz amor comigo.
Com um gemido rouco se abaixa para mim tocando e beijando meus seios, me levando à loucura.
- Preciso de você, Gio.
Não sei como, mas em algum momento ele se despiu.
Se afasta da cama para colocar o preservativo e volta a me amar com seus lábios. Dessa vez, ele vai exatamente para o ponto que me faz gritar em um orgasmo.
Antes que meu orgasmo termine ele me invade, intensificando todas as sensações.
- É demais.
- Tão molhada pra mim baby... tão quente... tão gostosa.
Cada frase uma estocada, cada estocada uma sensação.
Em pouco tempo estou em outro ápice. Meu marido dessa vez me acompanha.
- Não permita que nada atrapalhe o que sentimos juntos, baby.
- Não esconda nada de mim.
- Tenha um pouco de paciência, não estou acostumado a lidar com sentimentos, sejam os meus ou de outras pessoas.
- Você lida muito bem com os meus.
- É fácil lidar com tudo em você, baby. A gatinha assustada e a tigresa indomada são dois lados da mesma mulher.
- Com você não me sinto a gata assustada.
- E não deve se sentir mesmo. Estou aqui ao seu lado para o que for preciso.
- O que vamos fazer com Lia.
- Por enquanto, nada. Essa garota já nos tirou um dia inteiro de prazer, não vou permitir que roube mais nenhum segundo da nossa lua de mel.
Voltamos a nos amar, sem distrações, até que o amanhecer comece a surgir no horizonte.
- Durma baby, temos um dia cheio pela frente.
Não respondo. Adormeço em seus braços sentindo sua carícia em meus cabelos.
Sou acordada ao raiar do dia com beijos distribuídos pelo meu rosto.
- Vamos baby, acorde.
Tampo o rosto com o travesseiro e resmungo.
- Não seja mau, você me manteve acordada.
- Você vai perder o dia incrível de sol se não levantar essa bunda linda daí.
Brian espalma minha bunda que fica ardendo, levanto o travesseiro, olho desconfiada para ele.
- O que está aprontando Sr. Richard?
- Não adianta me provocar Sra. Richard. Sai dessa cama e coloque uma roupa de banho que vamos aproveitar nosso dia.
Brian está de sunga preta exibindo seu corpo fenomenal. Fico desperta e excitada em ver meu marido caminhando pelo quarto, de banho recém tomado, cabelo molhado, toalha nos ombros.
- Podia ter me chamado para o banho.
- Não mesmo, se entrássemos juntos no banheiro, não sairíamos logo.
Ele coloca uma bermuda bege por cima da sunga, uma camisa polo branca e diz saindo do quarto.
- Te espero lá embaixo baby, não demore muito.
Levanto contrariada e com mau humor. Não dormimos a noite passada e não são nem sete da manhã.
Tomo um banho gelado para despertar e coloco um biquíni branco que compramos na Victoria's Secret, é um tomara que caia com detalhes que se cruzam no busto e a calcinha uma tanga em estilo brasileiro. Coloco um vestido longo esvoaçante com estampa animal.
Completo o look com artigos de praia: chapéu, óculos, protetor solar, uma maquiagem leve, um rabo de cavalo e sandálias baixas nude.
Brian me aguarda no fim da escada. Seus olhas brilham de desejo ao me ver.
- Você está linda.
Me pega pela mão e me leva em direção à garagem.
- Primeiro não me deixa dormir, depois sem alimento?
- Guarde as garras baby.
- Fico com mau humor com sono, com fome viro bicho.
Ele me beija e diz que mal pode esperar para domar a bichinha selvagem.
Reviro os olhos e entro emburrada no carro.
Com o sono atrasado, a paisagem que passa pela janela do carro e o silêncio acabo adormecendo.
Sou acordada com mais beijos.
- Acorda dorminhoca, chegamos.
Estamos em alguma marina exclusiva.
Ao sair do carro vejo jornalistas ao longe, sendo contidos pela equipe de segurança à paisana de meu marido.
Ele me pega pela mão, ajudando minha saída do carro. Vou com ele e paramos em frente a um lindo iate.
Brian sobe e me ajuda a subir. Nunca estive em uma embarcação antes, nem barquinho de pesca, quanto mais essa mansão flutuante.
Olho tudo admirada e tento manter minha boca fechada. Nunca fantasiei estar em lugar assim.
- É lindo.
- Falei que ia gostar, vem nosso café da manhã está pronto.
Ele me apresenta ao capitão e autoriza que a navegação se inicie.
- Hoje ficaremos o dia todo em alto mar. Você fica bem em barcos?
- Não sei, nunca estive em um.
- Se não estiver bem me avise.
A mesa do café da manhã está linda, contudo, não acho prudente me alimentar agora sem saber como meu organismo vai reagir ao balanço do mar.
Brian me mostra o iate, tem várias cabines privadas e uma suíte que quase se compara à da casa de Los Angeles.
Se não fossem as escotilhas e o vai e vem do oceano, não perceberia estar no interior de uma embarcação.
A viagem a princípio é desconfortável, mas nada que impeça de curtir a experiências, após acostumar com o balanço do mar, volto a ficar bem.
Tomamos o café da manhã com um céu azul maravilhoso acima de nós, o sol que acaricia, aquece a pele e o oceano de um azul translúcido abaixo de nós.

Um CEO em minha vida (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora