30 minutos se passaram e nada dele voltar, eu não tinha noção do que tinha feito e sendo assim não sabia como resolver essa pequena desavença que tinha acabado de acontecer. Decido procurar o escritório de Harry na enorme casa, mesmo não tendo concluído a visita a todos os cômodos eu tinha um pouco de noção de onde cada local ficava e vendo a última porta do corredor concluo que lá era o escritório. Me aproximo silenciosamente a porta e dou três batidas na mesma, Harry não escutou ou não fazia questão de ir atender e então bato denovo.
- Harry a gente precisa conversar. - Digo ainda com a porta fechada.
- Vai dormir Matthew, eu não quero falar sobre isso. - Harry diz um pouco mais alto.
Sem hesitar abro a porta e vejo que Harry estava sentado em uma poltrona preta, com alguns documentos em mãos e com o seu computador ligado. Sua feição estava plena, não expressando nada de mais, seus olhos estavam vermelhos e o copo ao seu lado estava vazio juntamente a uma garrafa de Jack Daniels que já estava na metade, era uma ótima combinação whisky e trabalho.
- Prefere desabafar com o trabalho do que comigo? - Pergunto olhando fixamente para ele.
- Fala logo o que você quer e me deixa em paz Matthew, não sei se percebeu mas eu tenho muito trabalho a fazer. - Ele diz apontando para a pilha de folhas que estava na sua frente.
- O que está acontecendo Harry? Isso tudo é por conta da sua vó e da sua mãe?
- Sai daqui Matthew.
- Harry qual é a base do nosso relacionamento? - Pergunto me aproximando dele.
- Sinceridade.
- E por que você não está sendo sincero comigo? Amor, eu preciso saber o que esta acontecendo para eu poder te ajudar.
- Eu não preciso de ajuda Matthew, só preciso resolver tudo isso.
- Eu vou marcar uma consulta pra você com uma psicóloga, se você não tem confiança no seu noivo talvez tenha em uma estranha. - Digo saindo já irritado com tudo o que estava acontecendo.
- Matthew para com isso, eu confio em você mas não sei se estou preparado para te revelar essa parte da minha vida. - Harry diz calmamente.
- Ok Harry, mas sobre a consulta eu irei realmente marcar e não quero saber se você vai achar ruim ou bom, quando se sentir confortável para conversar comigo eu estarei no mesmo lugar de sempre.
Saio do escritório ainda escutando Harry me chamar mas nem dou a mínima e somente vou para o quarto na intensão de pensar um pouco, se eu ficasse mais um minuto se quer perto dele eu iria enlouquecer. Chego no quarto, me jogo na cama e pego um livro que estava planejando a ler faz um bom tempo, começo a ler ele e quando percebi já estava chorando, eu parecia uma mulher quando estava na tpm, chorava por qualquer coisa, sofria pelo boy e queria apenas transar e comer chocolate.
- Ei Matthew, o que aconteceu? - Harry pergunta subindo na cama.
- Eu tô cansado Harry, a única coisa que eu queria era ficar com você. Eu estava 3 dias sem te ver, sem ter o seu calor, sem sentir os seus beijos, sem ouvir o seu bom dia, sem ter o seu corpo colado ao meu e a única coisa que eu queria era ter tudo isso de volta. - Digo já gritando e chorando ao mesmo tempo. - Eu não quero que você me diga qual foi o motivo da briga da sua mãe com a sua avó a única coisa que eu quero é o meu noivo aqui comigo, compensando a porra desses 3 malditos dias que ficamos separados.
Ele não fala nada apenas me abraça e aí que eu desabo mesmo, eu não sabia o que estava acontecendo comigo talvez eu só precisasse chorar e ficar agarradinho com o Harry.
- Desculpa baby, você tem toda razão. - Harry diz e me dá um beijo na bochecha.
- Por favor fica comigo, não volta para aquele escritório. - Peço olhando para ele.
- Ok, vamos dormir. - Ele tenta sair do abraço mas eu não permito. - Pelo menos me deixa deitar direito?
Ele pede e então eu o solto, Harry se arruma na cama e já me puxa para voltar pros seus braços e eu agarro ele mais forte ainda e descansando a minha cabeça no peito dele eu me permito relaxar, eu estava me sentindo seguro e amado, confesso que estava com muita saudade dessa sensação.
- Não sei como você ainda me ama Matthew. - Harry diz baixinho, talvez ele tivesse achado que eu estava dormindo. - Eu sou todo errado, complicado, exagerado, impulsivo e você ainda continua me amando, obrigado por não desistir de mim, eu te amo baby.
Depois de dizer isso ele me dá um beijo no topo da cabeça e começa o seu famoso cafuné que me fazia dormir em poucos minutos e foi dito e feito em menos de 10 minutos eu já estava sendo levado ao mundo dos sonhos.
Pelo o que eu tinha percebido a noite havia sido tranquila, em nenhum momento eu senti Harry se desvencilhar do abraço, a não ser pela manhã quando escutei a voz dele suavemente em meu ouvido me dizendo bom dia e logo após sinto um beijo na minha bochecha. Ainda um pouco desnorteado eu abro os olhos e resolvo sentar na cama, pego o meu celular e vejo que eram 8 da manhã e talvez fosse por isso que Harry não estava mais na cama já que somente eu ainda estava de férias. Reuno todas as minhas forças e então me levanto, vou direto para o banheiro fazer a minha higiene matinal. Coloco uma música animada no meu celular e aos poucos sou contagiado por aquela animação, termino tudo o que tinha pra fazer e resolvo descer para a cozinha pra fazer alguma coisa de café da manhã e chegando lá eu vejo a cena mais engraçada de todas. Harry estava tentando fazer alguma coisa para o café da manhã mas não parecia estar dando muito certo já que sua camisa estava suja de massa para panquecas e seu rosto sujo de farinha ou açúcar, não sabia muito bem como identificar aquilo. Ele estava de frente para o fogão soltando diversos palavrões por conta da sua panqueca que havia acabado de queimar, tento segurar a risadas mas aquilo era meio impossível, ele estava se esforçando tanto para poder fazer um delicioso café da manhã, pena que não estava conseguindo e então soltando uma risada estranha chamo a atenção dele.
- Sabia que é muito errado rir da desgraça dos outros? - Ele pergunta se virando pra mim.
- Desculpa, é que você estava tão engraçado fazendo isso. - Digo ainda rindo.
- Se isso ficar bom eu não vou te dar um pedacinho se quer. - Harry diz me olhando seriamente mas ainda com a aura brincalhona.
- Você quer ajuda com tudo isso? Alguém muito sábio disse que a vida a dois é bem melhor do que ser só, acho que isso pode se aplicar a cozinhar também. - Digo me aproximando da área onde ele estava.
- Quem disse isso deve ser um homem e tanto.
- Quem disse que é um homem? - Me aproximo dele e dou um selinho demorado em seus lábios. - Bom dia meu amor.
- Bom dia gato, como foi sua noite?
- A melhor da semana, pena que não acordei com você ao meu lado.
- Foi por uma boa causa, se eu não tivesse levantado mais cedo talvez não conseguiria fazer esse maravilhoso café para nós dois. - Diz apontando para toda a sua linha de produção que consistia em uma frigideira que tinha dentro uma panqueca preta, o liquidificador com um uma mistura estranha e a maquina de café que era a única que trabalhava direito naquele lugar. - Agora você pode me ajudar? Eu estou morrendo de fome mas não quero morrer intoxicado com isso que eu estava fazendo. - Ele admite olhando pra mim com uma carinha irresistível.
- E seu plano era me matar Harry? - Pergunto brincalhão.
- Nunca faria isso, até por que se eu quisesse te matar eu teria chamado a sua irmã para cozinhar.
- Coitada da pobre Emeraude, mas é verdade, a bixinha não consegue fazer nem miojo. - Digo e Harry começa a rir. - Eu tenho uma ideia, o que acha de fazermos uma surpresa pra sua avó? Além de tomar um excelente café podemos contar do nosso noivado.
- Ótima ideia. - Disse me dando um selinho rápido. - Vovó Rose, aí vamos nós.
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You Belong To Me - 2° temporada
FanfictionContinuação da primeira temporada de You Belong To Me. Onde Matthew e Harry começam a se conhecer mais, descobrindo os seus passados e se apaixonando cada dia mais um pelo outro...