P.O.V Harry.
Matthew finalmente pediu para eu começar a usar os meus "brinquedos" com ele e eu confesso que aquilo me surpreendeu. No começo aquilo era o meu maior desejo mas agora eu tinha medo de machucar ele e o afastar de mim, aquilo era o meu pesadelo de toda a noite, eu contava tudo para o Matthew e ele me abandonava de novo com todos os meus monstros do passado. Eu precisava contar tudo para ele, se fosse para ele me largar então ia ser agora, eu ia sofrer e isso era óbvio, mas nós já tínhamos arriscado tantas coisas para estarmos juntos então eu tinha que dar esse tiro no escuro.
- Me contar o que amor?
- São coisas do meu passado que eu preciso te contar e não espero que você compreenda, se quiser me mandar embora eu vou entender tranquilamente e não vou mais te procurar.
- Harry, você está me deixando curioso. Só me fala que você não matou ninguém.
- Pode ficar tranquilo Matt, eu não matei ninguém. Eu vou contar tudo e qualquer dúvida você tira no final por favor tá?
- Ok, antes de você começar, eu te amo tá?
Matthew me beija e aquele foi um dos melhores beijos, era singelo e simples.
- Eu também te amo meu anjo. Agora vamos lá.
Matt se ajeita no sofá e eu também e então eu começo.
- Vou te contar um pouco sobre a minha vida e como eu me transformei no que eu sou hoje, quando eu nasci eu fui abandonado pela minha mãe Margareth Melendez, ela era a garçonete de uma lanchonete que fica em Manhattan. Meu pai e ela se conhecerem em 1988 e assim começaram a se aproximar cada dia mais e tiveram um caso e por conta de uma burrisse eu vim ao mundo em 1990. Margareth descobriu que meu pai Harry Shum era casado com Violet Shum Banner que é a minha "madrasta" e então ela pirou e me deixou com o meu pai, ele teve que contar para a Violet sobre o caso que ele teve com a minha mãe e surpreendentemente ela aceitou aquilo e me aceitou na família também, já que ela não tinha nenhum filho ela me tratou como se eu realmente fosse um. Eu cresci em meio aos Shum Banner, Violet e meu pai tiveram mais dois filhos, Julian e Patrice mas isso para a história é meio irrelevante.
Matthew escutava tudo atentamente, não deixando passar nada.
- Quando eu tinha 4 anos meus pais e meus irmãos foram para a Geórgia e como eu morria de medo de aviões eles resolveram me deixar com o tio Edgard, ele até que era legal comigo mas isso só acontecia quando ele estava perto dos meus pais. Estava planejado para que eu passasse 3 dias com ele e aqueles foram os 3 piores dias da minha vida, meu querido tio me abusou sexualmente, eu era apenas uma criança indefesa e ele fez aquilo comigo e se pelo menos tivesse parado naquela época ia ser até que bom.
- Amor... - Matt coloca a mão no meu rosto e sentindo aquele toque eu fecho os olhos e coloco a minha mão em cima da dele.
- Continuando, tio Edgard usava o meu corpo até os meus 8 anos até que ele disse a seguinte frase: " Você é realmente uma puta, se quisesse que eu tivesse parado com isso era só falar para os seus pais" mas eu não podia fazer aquilo, até por que eles não iriam acreditar em uma criança que tinha apenas 8 anos e que nem deveria saber sobre vida sexual. Então Edgard parou de usar e abusar de mim e então eu entrei em uma depressão profunda, meus pais me levam para tudo quanto era psicólogo porém não adiantava de nada. Quando eu completei 10 anos meus pais deram uma super festa pra mim, até por que eles eram ricos e sei lá, adoravam uma festa. Nesse dia eu conheci Margareth Melendez e foi assim que a minha vida mudou, eu não sabia que ela era a minha mãe e os meus pais não quiseram me falar que ela era a minha progenitora por terem medo de me perder para ela. Margareth me deu o meu primeiro chicote e confesso que eu fiquei meio confuso com aquele presente esquisito que ela tinha acabado de me dar, no chicote tinha um número de telefone e lembro como se fosse hoje que ela me disse que quando eu quisesse aprender a usar aquilo era para eu ligar para aquele número. 1 ano se passou e então eu resolvi finalmente ligar para aquele número e então eu conversei com a Margareth e ela disse que iria me buscar na escola e era pra eu falar para os meus pais que eu iria ficar na casa de algum amigo e então foi isso o que eu fiz. Ela me buscou e me levou para a casa dela, era mais parecido com uma boate e então eu fiquei lá durante algumas horas.
Flashback on.
- Harry querido, você está preparado para poder aprender a arte da dominação?
- Sim senhora Melendez, posso te perguntar uma coisa?
- Claro meu pequeno.
- Vai ter alguma coisa de comer?
Margareth solta uma risada meio macabra e apenas assente com a cabeça e me leva para um quarto onde tinham 8 meninas e 10 meninos, todos estavam com as mãos amarradas para trás e eu era o único que tinha um chicote em mãos. Minha mãe fala para que eu mande eles levantarem e foi isso que eu fiz até por que eu não sabia do que Margareth era capaz de fazer.
- Por favor, vocês podem levantar?
- Não Harry, não assim. As palavras "por favor", "com licença", "obrigada" e "desculpa" não são usadas por dominadores e sim por submissos. Você tem que mandar eles levantarem e se eles não te obedecerem você pode usar o seu chicote para machuca -los.
- Mas senhora Melendez, eu não quero machucar eles. Por que eu tenho que fazer isso?
- Por que eu quero Harry. - Disse ela irritada. - E tudo o que eu mando você obedece. Agora mande eles se levantarem.
- Se levantem. - Minha voz saia assustada e com aquela entonação infantil eu estava cada vez mais patético. Ninguém me obedeceu e aquilo me deixou um pouco chateado, então eu resolvi bater o meu chicote no chão o que assustou alguns e satisfez Margareth. - Eu mandei vocês levantarem, agora!
Margareth sorriu para mim e me deu um beijo no topo da cabeça.
- Esse é o meu menino.
Flashback off
- Depois desse dia eu ia naquela boate pelo menos três vezes na semana e a cada dia eu aprendia uma coisa nova. Minha mãe me dava a cada semana um presente novo, chicotes, vibradores, vendas, algemas e outras coisas. Todo presente que ela me dava eu era obrigado a testar nas crianças que tinha naquele lugar, eu lembro até hoje quando elas choravam e pediam pra eu não fazer mais aquilo, mas com o decorrer do tempo eu tinha começado a depender de tudo aquilo. Abandonei as crianças que minha mãe deixava naquele lugar e ainda com 11 anos comecei a me relacionar com umas mulheres mais velhas do que eu, minha mãe a cada dia mais se orgulhava do filho que ela tinha criado e eu estava gostando daquilo mais ainda. Quando eu completei meus 12 anos minha mãe ficou brava por que viu eu me declarando para uma menina e vendo isso ela simplesmente mandou a menina embora e foi ai que eu me revoltei com a minha mãe e então ela começou a me bater ou melhor, me espancar. Eu voltei pra casa com um olho roxo e provavelmente a costela fraturada, mas eu nem me importei, somente voltei pra casa e chegando lá meu pai me questiona pelo o que aconteceu mas eu não falo e então ele vai atrás de um cara que não gostava dele e tinha prometido que machucaria a nossa família a qualquer custo e foi assim que eu nunca mais vi meu pai. Ele levou uma facada e morreu, tudo isso por minha culpa, eu só devia ter falado pra ele que foi a Margareth mas eu não fiz isso e é por isso que eu não tenho mais o meu pai comigo, por minha culpa.
- Amor não foi culpa sua! A Margareth que causou tudo isso.
- Não Matthew, eu tive a escolha de ter simplesmente abandonado aquele lugar, aquela vida de maluco, se não fosse por minha causa meu pai estaria vivo até hoje e talvez eu não tivesse me tornado o que eu sou hoje.
- Se nada disso tivesse acontecido, provavelmente eu nunca iria viver esse romance com você e talvez eu estivesse sendo infeliz até hoje Harry. Tudo o que aconteceu com você e comigo teve um propósito, a maioria das consequências não foram boas mas agora estamos aqui felizes e juntos e é tudo isso que importa pra mim amor, você não foi culpado por isso e eu preciso que você aceite pois eu já aceitei.
Matt se aproxima de mim e vem me beijar, nunca pensei que ele fosse reagir a tudo isso dessa forma. Talvez ele estivesse certo, nem tudo pode ter sido culpa minha, mas de uma coisa eu sei. Todos os fantasmas do meu passado iriam me assombrar durante toda a minha vida.
- Eu tenho a plena certeza de que você é o amor da minha vida Matthew Daddario.
- Eu te amo meu amor.
- Eu te amo meu anjo.
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You Belong To Me - 2° temporada
FanficContinuação da primeira temporada de You Belong To Me. Onde Matthew e Harry começam a se conhecer mais, descobrindo os seus passados e se apaixonando cada dia mais um pelo outro...