Desço as escadas rapidamente chamando Sônia para que ela pudesse ajudar a minha mãe com o banho e a troca de roupa já que a mesma se encontrava muito fraca por não estar se alimentando muito bem e também pelos remédios que sugavam a maioria da sua pouca e limitada energia. A mulher sobe e vai para o quarto da minha mãe, vou até a cozinha que era onde Emeraude estava e resolvo avisar ela sobre o pequeno grande avanço da nossa mãe e ao chegar lá vejo a minha batatinha em frente ao fogão tentando fazer uma espécie de brigadeiro que obviamente não estava dando muito certo.
- O que foi Matt? Por que tá olhando assim para o meu brigadeiro? - Em pergunta ainda mexendo aquela gororoba na panela.
- Tem certeza que isso é comestível? - Pergunto arqueando apenas uma sobrancelha.
- Absoluta, isso aqui deve estar uma delícia quer ver. - Ela tira a colher da panela colocando diretamente na boca soltando um grito em seguida. - PUTA QUE PARIU! ISSO AQUI ESTÁ É MUITO QUENTE.
- É óbvio né gênia, se acabou de tirar da panela quente anta. - Dou um tapa na testa dela e solto uma risada. - Se fez um buraco na sua língua talvez isso que você está chamando de brigadeiro possa tapar, já que está mais parecido com concreto.
- Fala logo o que você quer Matthew e sai da minha cozinha.
- A mamãe vai na consulta, eu finalmente consegui e nem estou acreditando nisso. - Digo sorrindo.
- Você ia conseguir uma hora ou outra, agora vai logo antes que ela desista, nem parece que conhece Catherine Daddario.
- Quem não me conhece? - Minha mãe chega na cozinha vestida com um vestido amarelo com a barra feita de renda, seus cabelos estavam soltos com lindos cachos e sua maquiagem leve e impecável, nem parecia que ela estava acabada a alguns minutos atrás.
- Caramba mãe, você está linda de mais. - Digo chegando mais perto dela que se afasta novamente. - O que tá acontecendo para você estar se afastando de novo?
- Nada filho, só não estou confortável, quero voltar logo para o meu quarto então podíamos ir agora?
- Claro mãe.
Dou um beijo na Emeraude e vou com a minha mãe até a garagem da casa onde Tommy estava nos aguardando, minha mãe nem se quer deu bom dia para ele e aquilo me deixou um pouco bravo porém eu tinha que entender que não tava sendo nada fácil pra ela. Entramos no carro e Tommy nos levou até o consultório da doutora Juliana, fazia anos luz que eu não vinha nesse lugar e até me impressiono com as mudanças que haviam feito ali, entramos no prédio e fomos até a sala 83A, dando o nome para a recepcionista do local e esperamos até que fossemos chamados.
- Catherine Daddario. - Ouço o nome da minha mãe ser pronunciado pela mulata de olhos verdes mais escudos, seu cabelo estava em um coque que era preso apenas por uma caneta o que lhe dava até um charme. - Finalmente resolveu aparecer.
- Me desculpe doutora, ela não estava muito confortável em voltar para as consultas. - Digo me levantando e deixando minha mãe ainda sentada. - Antes podemos conversar?
- Claro Matt, vamos até a minha sala. - Juliana se vira e volta para a sala, eu aviso a minha mãe que já voltava e ela apenas assente com a cabeça.
- Ela está pessima, tudo voltou e agora eu não sei mais o que fazer. - Digo rápido evitando chorar. - Eu não sei como ajudar ela Juliana.
- Ei Matthew, respira e inspira. - Ela diz respirando junto comigo. - Puxa o ar pelo nariz, espera 5 segundos e solta ele pela boca ok?
- Tá. - Faço o que ela pede e em poucos segundos já estava me sentindo mais calmo.
- Se sente melhor? - Ela pergunta e eu confirmo com a cabeça. - É a Beckie né?
- Sim, ela não superou a morte dela até hoje e eu sinceramente não sei o que fazer. - Digo e coloco as mãos na cabeça.
- É tudo questão de paciência Matt, ela perdeu uma parte dela e eu não consigo imaginar a dor que ela deve ter sentido ao perder a própria filha. Eu preciso que ela entre aqui agora e faça a consulta, quem saiba eu possa te ajudar a ajudar ela. - Ela pega nas minhas mãos e sorri para mim que já levanto e vou até minha mãe a trazendo até a sala.
Foram 35 minutos de consulta até que vejo a doutora Juliana me chamando encostada na porta, eu fui até ela e entrei na sala onde minha mãe estava sentada no divã preto brincando com os próprios dedos, características que eu herdei dela.
- Bom Matthew. - Juliana diz baixo enquanto minha mãe ficava do outro lado da sala. - Eu conversei com a sua mãe e ela acabou de me falar que vai continuar com o tratamento o que vai ajudar ela nessa fase que acabou de voltar nas suas vidas. Essa é a nova receita dela, os remédios irão ajudar na aceleração do tratamento e em poucos meses ela estará bem e com certeza vai realizar um dos maiores sonhos dela que é ver você se casar com o lindo, majestoso e educado do Harry Shum Jr, deixando claro que essas foram as palavras dela. - Ao ouvir isso dou uma risada que estava misturada com a diversão dos elogios e a alegria que eu estava sentindo da minha mãe.
- Muito obrigado Juliana, ter minha mãe no meu casamento será tudo para mim. - Por impulso abraço ela e depois sinto o meu celular vibrar no meu bolso e na tela vejo que era a Katherine. - Com licença Juliana é do trabalho e eu preciso atender, você pode avisar pra minha mãe?
Ela afirma com a cabeça e então eu saio da sala e vou atender a minha pequena lá fora, não sabia do que se tratava e também precisava de privacidade.
Ligação on:
- Oie tio Matt, onde se tá?
- Oi Kat tô no consultório da psicóloga da minha mãe, por que??
- Quanto tempo mais você fica por aí?
- Sei lá, uns 10 minutos? Por que você quer saber?
- É que eu tava precisando de você pra fazer uma planilha.
- Eu pensei que eu tinha feito tudo já, qual faltou?
- Pode deixar que eu te mando quando você chegar, tem como se me ligar antes de chegar em casa? - A ruiva diz mordendo os lábios rosados.
- Claro, agora eu preciso ir. Te amo ruiva e estou com muita saudade de você.
- Eu também te amo tio Matt e nem me fala de saudade, aproveita bastante.
Ligação off.
Volto para a sala ainda com as duas palavras na cabeça "aproveita bastante" mas mesmo assim tento não focar nisso, a doutora me entrega a receita e eu a prontifico de que iria agora comprar os remédios. Minha mãe parecia melhor do que tinha entrado naquela sala, seus olhos não estavam mais vermelhos por conta do choro e seus lábios tinham um pequeno sorriso o que me deixava alegre. Fomos para casa e no caminho paramos na farmácia onde eu comprei todos os novos medicamentos que minha mãe iria tomar, volto para o carro e então ligo novamente para Katherine avisando que em 10 minutos estaria em casa e então ela já poderia mandar os tópicos da planilha e ela só diz que iria enviar.
Passo o restante do trajeto conversando com a minha mãe sobre coisas que eu pensava para o casamento o que pareceu estar alegrando ela um pouco mais, ela me disse que o vestido dela seria na cor marsala e talvez quisesse a minha ajuda para escolher ele. Era bom ver aquela empolgação dela de volta, era bom ter a maluca da minha mãe de volta mesmo que ela não esteja 100% bem.
Chegamos em casa e então entramos, Emeraude puxa a minha mãe alegando que necessitava falar com ela e então ainda confusa minha mãe a segue até a cozinha. Subo para o meu quarto já que eu precisava tomar um banho, me deitar e ligar para o meu noivo pra quem eu queria dizer as boas novas, abro a porta do meu quarto e vejo que minha cama estava com um lençol novo o que significava que a Sônia tinha passado por ali. Tiro toda a minha roupa e vou para o banheiro e abrindo a porta vejo algo que eu não espera ver, não agora.
- Olá baby. - Harry diz totalmente nu esbanjando todo o seu corpo extremamente lindo e delicioso me fazendo quase babar. - O que acha de um banho?
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You Belong To Me - 2° temporada
Fiksi PenggemarContinuação da primeira temporada de You Belong To Me. Onde Matthew e Harry começam a se conhecer mais, descobrindo os seus passados e se apaixonando cada dia mais um pelo outro...