Como ser protegido em meio a traição

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Fico muito feliz quando vocês comentam❤❤❤  modéstia parte, esse capítulo incrível! Espero que gostem.

2.9k de palavras 🤯

Boa leitura!

🌷

Eles estavam me esperando ao pé da escadaria curva, todos os rostos
voltados na minha direção enquanto eu descia, e vi seus olhares mudando de ceticismo e preocupação para admiração e espanto – e esperança. E o fato de estarem começando a acreditar em mim me deixou confiante, ainda que também me aterrorizasse.

Quem sou eu para ser a salvação de alguém? O principe de alguém?

Você é filho de Min Mihae. Lindo, poderoso, majestoso... As afirmações de Dorin e de Seokjin ecoaram de novo na minha mente, me dando coragem.

Um a um, meus parentes vampiros se aproximaram para me conhecer depois que parei ao pé da escada. Dorin os apresentou e, enquanto cada um dos Min – primos próximos e distantes – chegava perto para fazer reverências, vi traços meus na curva de um nariz, no arco de uma sobrancelha, nas maçãs do rosto. Eles usavam roupas de qualidade, mas notei que os vestidos eram um pouco ultrapassados e os ternos, às vezes mal ajustados. O que foi feito de nós desde a destruição dos meus pais?

–Venham – chamou Dorin quando todos havíamos sido apresentados. – Vamos jantar.

Fui à frente de um pequeno cortejo até uma sala de jantar comprida e de pé-direito alto, gélida apesar de um fogo que ardia numa lareira gigantesca, e, seguindo a indicação de Dorin, reivindiquei meu lugar à cabeceira de uma mesa reluzente de pratarias e velas. Nós, os Min, estávamos em grandes dificuldades econômicas, mas todos os cofres pareciam ter sido abertos para o meu retorno.

–Sente-se, sente-se – disse Dorin, baixinho, puxando minha cadeira. – Devo dizer que precisarei servi-lo. Estamos com poucos serviçais e é difícil atrair alguém do povoado na situação atual. Ninguém quer trabalhar até tarde na propriedade dos Min.

–Tudo bem – tranquilizei-o, ocupando meu lugar.

Brindes eram feitos a mim, em romeno, e Dorin os traduzia. À minha saúde... ao meu retorno... ao pacto... à paz.

Um murmúrio circulou ao redor da mesa quando o último brinde foi feito e Dorin se inclinou para falar comigo.

–Querem ouvir você falar. Estão ansiosos demais para comer. Deve contar seus planos aeles.

Pela primeira vez desde que tinha posto o terno de seda vermelho e começado a assumir meu novo papel na realeza, senti um choque de pânico genuíno. Não preparei um discurso. Deveria ter preparado alguma coisa. O que posso dizer a eles? Meu Deus, o que planejo fazer?

–Não posso – sussurrei a Dorin, inclinando-me para perto dele. – Não sei o que dizer.

–Você deve falar, Príncipe – implorou Dorin. – Eles esperam por isso. Vão perder aconfiança se você não disser nada.

Confiança. Não posso me dar ao luxo de perder a confiança deles. Assim, fiquei de pé, encarei minha família e comecei:

–É uma honra estar com vocês esta noite, de volta ao nosso lar ancestral... – O que mais posso dizer? – Faz muito tempo.

Dorin traduzia para os que não falavam inglês, olhando-me de vez em quando com algo mais do que consternação nos olhos. Sabia que eu lutava. Ao olhar para meus parentes em volta da mesa, vi a dúvida se esgueirar de volta para a mente deles também. Eu estava perdendo sua confiança tão depressa quanto a havia adquirido.

Timeless • [YoonJin]Onde histórias criam vida. Descubra agora