CAPÍTULO 07

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Observo Blake por um momento, lembrando-me das mensagens de celular que ele trocou com alguém por toda a maldita semana. E eu juro pela porra, que se estiver trocando mensagens com a minha garota, ele vai morrer. Sobre isso não há conversa!

— Hey. — Grito chamando sua atenção, ele me olha com a sobrancelha arqueada. — Cadê sua putinha?

— O quê? Cara eu espero que você não esteja falando de Jo, porque eu juro...

— Ora, mas eu não disse que estava falando de Jo. Você respondeu rápido demais para a sua infelicidade. – Pondo-me de pé, avanço até ele. — Agora, diga-me. Você considera Josephine sua? Foi por isso que deduziu ser ela quando perguntei onde está a sua putinha? — Falo alterado, todo o meu corpo tremendo com o ódio.

— Não. Mas você tem estado ao redor me vigiando, tentando roubar meu celular para me verificar. Você pensa que não percebi? Jo me contou sobre você. Não há o que deduzir aqui Hero, você anda louco desde que conheceu essa garota. — Bom, muito bom. Salvou-se da morte por sua resposta, mas foi por pouco. Respiro fundo e é quando algo me bate em um clique.

— Josephine falou sobre mim? O que ela disse?! — Pergunto desesperado.

— Você está com sérios problemas Hero. — Ele diz simplesmente, com um sorriso no rosto. —Só contou-me de seus encontros com você. E que apesar de dizer querê-la como amiga, nunca mais falou com ela, apareceu em seu apartamento ou deu algum sinal de que esteja vivo.

Eu o olho por um momento e logo saio em disparada para fora do bar, alcançando meu celular.
Preciso de um lugar mais calmo para falar com minha menina.
Mas não fui muito longe, primeiro porque lembrei que não tenho seu número de telefone e segundo, porque logo a avistei passando pelas portas do Mynts, com um vestido curto. Rosa. E muito linda para o seu próprio bem.
Ainda estou parado a observando, quando ela nota minha presença.

— Hero! — Abraça-me e eu a aperto forte, forte demais. — Hum. — Ela geme de dor e eu a solto instantaneamente.

Porra. O que esse gemido fez comigo, estou duro como uma rocha agora e leva todo meu autocontrole para não esfregar-me contra ela.

Não peço perdão por quase tê-la esmagado com meu abraçado, simplesmente dou-lhe um sorriso de lado. Ela retribui, mas logo sua atenção muda para os outros caras, que se aproximaram para cumprimentá-la. E eu fico aqui, observando ela abraçar a todos, demorando em Blake mais segundos que o necessário. Quer dizer, não havia nem a necessidade dela abraçar qualquer pessoa.

Somente eu!

Quando o possível significado desse pensamento possessivo me bate, uma música incessante toca em minha cabeça.
Fodido, fodido, fodido.
É isso que estou.
Não foco nesse pensamento, pois estou a ponto de jogá-la por cima dos meus ombros e carregá-la fora daqui.

Vê-la interagindo com outros homens, abraçando outros homens, tira toda minha capacidade mental.
Ela não está me dando atenção, ela está falando com homens!
Eu sou realmente um bastardo de mente fodida.

— Você não deu mais notícias Hero. Está tudo ok? — Josephine fala, quando finalmente resolve dar atenção para mim.

— Na verdade não. Só estou muito ocupado para lidar com merdas insignificantes. — Dou-lhe
um olhar significativo ao qual ela compreende, ela é a merda insignificativa.

Observo impassível por fora, mas quebrado por dentro, ela abrir e fechar a boca várias vezes e seus olhos perderem aquele brilho. Dizendo a Matt e Max que vai ao banheiro, ela se afasta.

Eu sou a porra de um bipolar!

Sinto-me um idiota. Mas, porra! Quem pode me culpar? Estou confuso caralho, não quero admitir meus sentimentos, ainda é muito cedo para sentir tal merda por uma garota que mal conheço. Merda essa que não sei o que é, mas é muito louco e confuso. Não quero magoa-la, mas também não quero que esse sentimento floresça e crie frutos. Estremeço ao pensar em frutos, pois me lembra daquelas criaturinhas do demônio que odeio tanto.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora