CAPÍTULO 21

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Estacionando, Jo olha atentamente para casa. Percebendo desde a rua tranquila, a como minha casa destaca-se pelo seu estado de abandono, quando comparada às bem conservadas mansões familiares da vizinhança.

— Sua casa é linda. — Diz, olhando-me. Olho-a com a sobrancelha arqueada.

— Você está brincando comigo?

— Não. — Sorri — Ela precisa de alguns reparos, mas isso não tira sua beleza.

Balanço a cabeça em negação. Saio do carro e abro sua porta, pegando-a no colo.

— Hey! — Ela grita — O que é isso?

— O ritual da noiva. — Falo e ela ri, abraçando meu pescoço. — Bem-vinda à sua nova casa. — Digo ao atravessar o jardim e abrindo a porta da frente.

Beijando seus lábios macios, coloco-a no chão. Parada no meio da sala, ela avalia tudo ao seu redor e eu tento enxergar através de seus olhos.

A sala sem graça com suas paredes brancas, tem somente uma televisão LED 50 polegadas e um sofá macio e confortável, que me abraça em noites solitárias, próximo à lareira. Não há quadros, enfeites ou porta-retratos, é tudo muito frio e impessoal. Assim como o resto da casa. Com exceção da sala, cozinha e do quarto principal, todos os cômodos estão sem móveis e fechados.

— O que achou? — Pergunto ansioso.

— Sinceramente? — Aceno — É um lugar adorável Hero. Eu amei. Mas falta algo e não são móveis. Falta vida. Essa casa não parece ser habitada. — Fala triste — É mais como um hotel e creio que nem isso é tão impessoal.

Vou até ela e a abraço.

— Iremos mudar isso, a vida que faltava acabou de chegar. — Digo fazendo um trocadilho com seu nome e ela ri gostosamente.

Chegando minha boca perto da sua, sinto sua respiração quente e a beijo.

E, pela primeira vez na vida, eu me vejo em um futuro.

Um futuro feliz.

— Hoje é um dos melhores dias da minha vida. — Falo.

Depois da cansativa tarefa de organizar suas coisas no closet, decidimos assistir um pouco de merda da televisão. Então, a arrastei para o sofá e a deitei em cima de mim. Seu corpo pequeno em cima do meu, minha ereção pulsante entre nós, meus braços ao seu redor.

— O meu também. Pensei que seria mais difícil ir embora do apartamento, por causa dos meninos, mas eu entendi que não posso depender deles a vida toda. Uma hora teria que voar e sair do ninho. Só lamento ter acontecido dessa forma. — Suspira triste.

— Eles a amam, vocês vão ficar bem. 

Puxo-a para cima, fazendo-a esfregar-se em meu pau, seguro um gemido e beijo o topo da sua cabeça.

Seu cheiro sobe até minhas narinas.

Rosas e campo.

— Vou ter que comprar um carro para mim. Você não pode me deixar e buscar na universidade todos os dias.

— Posso sim. — Respondo contrariado.

— Eu sei que pode, mas não deve! Eu preciso de um carro. E também de um emprego, não posso passar o dia em casa e ser sustentada por você.

— Você pode sim.

— Hero...

— Mais tarde conversamos sobre isso. — Mudo de assunto — Agora, vamos sair!

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora