CAPÍTULO 34

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— Hmm. — um gemido me escapa. 

Estranho o fato de Jo não está enroscada a mim. Estico minha mão até seu lado da cama, somente para encontrar o vazio. O frio da cama indica que me deixou há tempos. 

Jo? — Pergunto, esticando o pescoço e olhando ao redor. 

Franzindo a testa, levanto-me da cama, caminho até o banheiro, em seguida o closet, encontrando-os vazios. Resolvo descer e verificar a cozinha, afinal, após o nosso banho, passamos o resto da manhã em nossa cama, explorando-nos, então é provável que tenha fome.  

Começo a desesperar-me quando não a vejo na cozinha. Fazendo o meu caminho de volta a escada, procuro-a em todos os cômodos da casa, inclusive aqueles que estão desocupados. 

— Jo! — Grito seu nome enquanto a procuro, somente para receber o vazio como resposta.
Alcanço meu celular em cima do criado-mudo e ligo para ela, entrando em pânico quando seu celular vai direto para a caixa de mensagens. Ao som do bip, eu começo a falar. 

— Jo, meu amor. Onde você está? Estou preocupado, por favor, ligue-me quando escutar essa mensagem. — Encerro o recado e jogo-me na cama. 

Preocupação, desespero, medo, dor. Os sentimentos em conflito. Jo nunca saiu sem me avisar. Ela nunca... 

— Não... — Sussurro para o vazio ao lembrar-me de Blake. 

Hope nunca tinha saído sem avisá-lo, assim como Jo nunca saiu sem avisar-me também. A única vez que Hope saiu sem avisar caminhou direto para sua morte e seu corpo foi encontrado somente horas depois. 

Por Deus, não! 

Desço as escadas o mais rápido que posso, abro a porta violentamente e suspiro aliviado ao encontrar o Camry de Jo estacionado na garagem. Quer dizer, isso não significa nada, mas Jo não sabe dirigir e não consigo nem imaginá-la dirigindo por aí, sozinha. 

Será que ela foi embora para sempre? 

Será que ligou para os seus amiguinhos idênticos buscá-la, pois não me suporta? 

Não, não, não. 

Se Jo me deixar, eu morro. Ela não pode me deixar. 

Volto para dentro de casa e subo novamente até o quarto. Entro no closet e verifico que todas as suas roupas continuam no mesmo lugar. Mais aliviado, eu alcanço uma calça de moletom e a visto, tampando meu corpo nu. 

Pego novamente meu celular e verifico as horas antes de ligar para ela novamente. Pouco passa das quatro horas da tarde, o que significa que dormi muito. Depois de fazermos amor por toda manhã, dormimos perto da hora do almoço. 

Deixo outra mensagem em sua caixa postal. Volto para a sala e sento no sofá. Com a cabeça entre as mãos, penso em onde Jo pode ter ido, assim do nada.

As horas passam, o sol vai embora e a lua aparece, mas Jo não. Olho para o relógio pela décima vez naquela hora e vejo o que já sabia. As horas não passaram muito desde que olhei pela última vez. O pequeno ponteiro me indica que já são nove horas da noite e o grande ponteiro me alerta, logo serão dez horas. A cada hora que passava minha certeza de que Jo havia me abandonado aumentava. 

Liguei para os caras, mas nenhum deles sabia onde Jo poderia estar, até consegui o número dos gêmeos com Jax, mas eles não estavam com ela, e era visível a preocupação em sua voz, quando relatei que Jo havia sumindo. Eles prometeram-me ligar, procurar, fazer o possível para encontrar Jo. 

— Onde você está? Meu amor... — Sussurro para o vazio. 

Uma lágrima solitária escorre pelo meu rosto, mas não me importo em enxugá-la. O medo me consome ao imaginar que um policial poderá bater em minha porta a qualquer momento, somente para me avisar que Jo... 

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora