Beijo sua testa e acaricio seus cabelos, antes de arrumar minha bolsa sobre o ombro. Meu menino grande, tão forte e tão fraco. Fico impressionada como ele é tão macho, exalando masculinidade por todos os poros, mas sob a casca é só mais um menino inseguro, que busca incansavelmente um pouco de atenção.
Mesmo relaxado por conta do sono, a ruga entre suas sobrancelhas não alivia. Dando-lhe um ar de cara mal, mesmo que indefeso por conta do sono.
Uma buzina interrompe meus pensamentos.
Olho mais uma vez para meu homem, meu menino, meu amor, antes de sair do quarto e fechar a porta. Desço as escadas e sigo em direção à porta da frente. Olho no relógio do meu pulso e vejo que pouco passa das duas horas da tarde.
Quando Ray ligou-me a mais de meia hora atrás, pediu para fôssemos para a UC terminar nosso trabalho que já se estendia por meses.
Arrumei-me e fiquei surpreendida quando Hero não acordou. Abrindo a porta da frente, estranho quando não vejo o carro de Ray, e sim o de Chad. Trancando a porta atrás de mim, sigo em direção a seu carro e entro.
Murmuro um, boa tarde, enquanto coloco o cinto de segurança, terminando, eu paro e o encaro.
Ele me olha e sorri.Eu retribuo o sorriso antes de falar.
— Achei que Ray viria me buscar.
— Ela iria, mas teve problemas com o carro. Na verdade, vamos buscá-la também. — Ele responde antes de colocar o carro em movimento.
— Espero terminar esse trabalho hoje, estamos enrolados com ele há meses!
— Mas não é um trabalho tão fácil.
— Sim. Dessecar uma obra de Janet Dailey não é tão fácil, mas como amo seus livros...
— Eu ainda preferiria ter escolhido Jane Austen.
— Primeiro que os autores foram divididos através de sorteios e segundo, você sempre escolhe Austen antes de tudo.
— Isso é verdade. — Ele sorri. — Ela e Shakespeare.
— Eu os adoro também, mas tenho facilidade com autores mais contemporâneos, como Janet Dailey.
— Certo. Senhora facilidade. — Ele zomba e eu somente sorrio.
Fazemos o resto do caminho até a casa de Ray em silêncio, ela não mora muito longe de mim e logo chegamos.
— Maldito carro. — Ela entra na parte de trás gritando sua revolta.
— O que houve? — Pergunto, preocupada.
— O carro resolveu morrer! Parece que o motor fundiu ou algo assim. O mecânico disse que era falta de óleo no motor. Quer dizer, como diabos eu iria saber que um carro também precisa de óleo?
— Quando foi a última vez que você trocou o óleo do seu carro? — Chad pergunta receoso.
— Nunca, ora!
— Certo, mas há quanto tempo você tem ele?
— Ah, uns quatro ou cinco anos.
— Puta que pariu, admira-me que o carro não tenha quebrado antes.
Ray resmunga alguma maldição sobre carros e suas ineficiências. Meu estômago ronca, fazendo Chad virar para mim, com uma sobrancelha arqueada.
— Eu não tomei café e ainda não almocei. — Digo dando de ombros, envergonhada.
— Por que não? Aliás, por que não foi para a universidade hoje?
— Eu... hmm... sabe... — Gaguejo.
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You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}
FanfictionSINOPSE O que acontece quando o cara babaca encontra o amor em uma menina inocente? Hero Fiennes Tiffin... Tatuado, musculoso e bad boy. A vida sempre foi uma cadela comigo. Tenho uma banda chamada Sin, que significa pecado, palavra que me define. G...