CAPÍTULO 54

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No caminho para casa infringi várias leis de trânsito, pouco me importando sobre isso e sobre as reclamações de Blake quanto a minha velocidade.

Só queria estar com Jo. Só queria beijá-la. Só queria abraçá-la.Queria ouvi-la dizer que está tudo bem, que não tem uma doença terminal. E que continuará comigo pelos próximos 80 anos. Só queria saber se ela está bem.

Paro no Mynts no caminho para a casa, deixando os caras no bar, para que eles pudessem atualizar Tony sobre o festival e sobre a gravadora, além de encontrarem um amigo advogado de Blake para discutir o contrato. Deixarei tudo em suas mãos. E se decidirem assinar, eu também o farei.

Quando estaciono na nossa garagem, vejo que o carro de Jo não está.

— Droga. — Grito dando um murro no volante.

Entro em casa, batendo a porta de frente, e jogo-me no sofá, ligando a TV em seguida, parar distrair-me pelo menos um pouco. Mas não o faço, pois não consigo.

Cinco minutos. Cinco minutos é o tempo que consigo olhar para a maldita televisão, antes de levantar e andar de um lado a outro na sala.

Porra. Por que ela não está em casa?

Já é tarde, logo irá escurecer. Ela já deviria estar aqui há horas. Antes mesmo de eu chegar de São Francisco. De repente, ouço o barulho de um carro, que para logo em seguida. Sua voz também é ouvida por mim, e se faz mais clara à medida que se aproxima da porta.

— Ele já está em casa... sim... eu sei. — Ela ri. — Eu o farei depois do natal...

A porta se abre e ela quase cai para trás com o susto que leva, ao encontra-me do outro lado. Parado, olhando-a. Ela coloca a mão no coração e me olha com uma careta engraçada, antes de me indicar, um minuto, com a mão.

— Ok, Ray... assustada, mas feliz... eu também... até. — Ela encerra a chamada e me olha furiosa. — Qual seu problema de ficar atrás da porta para assustar as pessoas?

— Não foi minha intenção. — Digo rapidamente, fazendo pouco caso de suas palavras.

Vou determinado até ela. Cortado o pequeno espaço que nos separa. E a beijo antes de qualquer coisa.

— Hey. — Ela diz acariciando meu rosto quando o beijo acaba. — De onde veio isso?

— Não posso beijar minha menina?

Ela sorri com minha pergunta e me dá um selinho.

— Sempre. — Beija-me outra vez.

Seu rosto brilha, irradia felicidade e eu me pergunto o porquê, somente para lembrar que isso é Jo. Felicidade estampada na cara é como ela é.

E com essa felicidade irradiando por seus poros, ela puxa minha mão, levando-me até o sofá, onde me empurra para me sentar, antes de montar-me em seguida. Eu a olho, sorrindo maliciosamente.

Minha ereção quente e pulsante entre nossos corpos. Mas ela apenas arqueia uma sobrancelha sobre isso, antes de deitar seu rosto na curva de meu pescoço. E com a voz doce e manhosa, ela pede que eu acaricie suas costas e faça-lhe um cafuné na cabeça. Suspirando, eu a obedeço. Feliz em fazê-lo, apesar de esse não ter sido meu pensamento quando me montou.

Mas só de estar com ela em meus braços eu fico feliz.

— Conte-me, meu astro do rock. Como foi na gravadora? Deu muitos autógrafos?

Ela pergunta-me e eu sinto seu sorriso em meu pescoço.

— Não. Diga-me como foi o médico.

Ela gargalha feliz, antes de dizer.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora