CAPÍTULO 31

1.7K 115 37
                                    

— Nossa, estou realmente cheia. Não achei que isso seria possível em um restaurante fino.

— Provavelmente não seria, caso você comesse a entrada, o prato principal e a sobremesa, como manda o figurino, mas você quis experimentar tudo.

— Tudo não! Tinha aquelas lesmas, caramujos. — Estremece. — Aquilo me deu ânsia de vômito.

— Não me lembre. — Faço uma careta.

Balanço a cabeça dissipando os pensamentos nojentos sobre o tal escargort e peço a conta para o garçom.

— Puta que pariu. — Jo exclama lendo os números do valor da conta. — Isso dá para me manter na UC por uns meses.

— Não exagere. — Sorrio enquanto entrego meu cartão ao garçom.

— Posso ter exagerado um pouco, mas você deve concordar comigo, essa conta ficou muito cara. — Sussurra a última parte como um segredo.

— Nada é muito caro para você, meu anjo.

— Depois não reclame... — Diz misteriosamente, fazendo-me me perguntar o que ela quis dizer.

— Para onde vamos? — Jo pergunta quando manobro o carro para longe do restaurante e longe da rua que levaria para nossa casa.

— Eu preparei uma surpresa para você.

— Surpresa? O que é? — Sorri animada em expectativa.

— Se eu contar não será surpresa.

— Por favor! — Implora.

— Bem, só posso dizer que eu estou muito nervoso e espero que você goste.

Ela faz um biquinho e revira os olhos. Dirijo para a rodovia CA—24 e Josephine demora um pouco até perceber que estamos saindo da cidade.

— Oh. Vamos para Concord novamente?

— Não.

— Então...?

— Querida, só aguarde.

— Mas você não pode fazer isso comigo! — Arregala os olhos, dramaticamente.

— Pare de drama. — Sorrio. — Logo chegaremos, prometo. Você não precisará aguardar por muito.

Arqueia uma sobrancelha, contrariada, cruza os braços. Ela odeia surpresas, minha pequena garota é uma menina curiosa.

Sigo na rodovia por alguns poucos minutos e logo entro em uma pequena estrada de terra. Manobro por um tempo, mas logo estaciono o Silverado no meio do nada. Contornando-o, abro a porta para Jo, retirando seu cinto de segurança antes de ajudá-la a descer.

— Hmm, Hero. Tem certeza que estamos no lugar certo? — Pergunta, olhando ao redor.

— Claro. — Digo, pegando uma mochila no banco traseiro. Ela está certa em desconfiar, afinal estamos rodeados de mato baixo. A única iluminação é a lua que banha as folhas das poucas árvores.

— É... lindo. — Ela diz vacilando.

— Jo. — Sorrio. — Não precisa mentir. Aqui não é realmente a surpresa, ela está logo mais à frente. Teremos que fazer uma pequena caminhada. — Tranco o carro e posiciono-me a seu lado.

Arrumo a mochila em minhas costas, após pegar uma lanterna para nos guiar no caminho.

— Bom. Teremos um problema então. Será difícil caminhar nesse bosque com saltos nos pés.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora