— Duas pipocas mega, um refrigerante mega, dois pacotes de m&ms, e não sei, sinto que está faltando algo. — Jo diz pensativa. Estamos na fila da pipoca e ela parece querer levar tudo.
— Acho que dá para dois.
— O quê? — Olha-me como se tivesse roubado doce de criança. — Isso é para mim, se quiser comer pipoca peça uma para você. Eu não divido!
— Ok. — Levanto as mãos em sinal de rendição. — Mas você não é natureba ou algo desse tipo?
— Já disse que não. — Revira os olhos. — Eu era obrigada a ser, mas desde que comecei a experimentar esses produtos industrializados, não quero mais saber de nada que venha da terra!
— Acho que vou pedir o mesmo para mim. — Acabamos por pedir o dobro de cada. Menos a pipoca, claro.
Na hora de pagar a conta Jo não queria aceitar que eu pagasse sua parte, isso incluiu o ingresso, mas eu fecho a cara e não aceito. Depois de muita luta, consigo pagar por tudo.
Entramos na sala de cinema e percebo que Jo estremece de frio, nos dirigimos para nossos lugares e sentamos. Depois da difícil tarefa de sentar sem derramar pipoca ou refrigerante, levanto o braço da poltrona que fica entre nós e a puxo para meus braços, ela vem sem protestar e se aninha em meu peito, como uma gatinha.
Adoro isso.
No meio do filme, Jo já devorou toda sua comida e agora rouba da minha.
— Sério, posso comprar outra para você. — Digo pela décima vez.
— Nhá, eu gosto de roubar a sua. — Diz olhando nos meus olhos e rindo aperta meu nariz. Pega um pouco de pipoca, me alimenta e com um sorriso estampado no rosto, faço o mesmo com ela.
Ela volta sua atenção para o filme, mas eu continuo a observá-la. Nunca imaginei que teria isso um dia, um sorriso no rosto ao dividir um pouco de pipoca. Mas é incrível, como o mundo mudou depois que a conheci.
Sorrio novamente com os pensamentos sobre nossos momentos. Sinto os músculos das minhas bochechas doerem, mas não é para menos, afinal esses músculos nunca foram usados tanto quanto depois que a conheci, antes as palavras eram poucas e os sorrisos inexistentes, hoje, sorrio toda vez que penso em Jo, ou seja, sempre.
Quando o filme acaba vamos embora, a levo para seu apartamento e no caminho ela não para de falar um minuto sobre o filme, que aliás, nem lembro o nome, passei o tempo todo olhando para ela.
A menina dos meus olhos.
Jo é uma pessoa que confia facilmente nos outros, trata desconhecidos como se fossem seus melhores amigos de infância, não tem medo de ser traída, machucada ou qualquer coisa do tipo. Acho que acredita que todos no mundo são bons e essa sua inocência ainda pode prejudicá-la, mas eu estarei aqui para ampará-la e defendê-la.
Sempre.
Minha menina perfeita.
Quando a deixo em casa nos despedimos com um abraço. Ela é tão pequenininha que se perde dentro dos meus braços, sua cabecinha loira mal batendo no meu peito. E quando, com muito custo a liberto, ela sobe deixando a promessa de mandar-me uma mensagem mais tarde.
Porra, eu odeio isso, despedir-me dela. Tudo seria tão mais fácil se, simplesmente, nunca houvesse despedidas entre nós. Se todas as noites fossem simplesmente encerradas em nossa cama, com ela em meus braços por toda a noite, simplesmente à espera de um novo dia para passar com ela.
Dormir e acordar com ela em meus braços, um sonho que ainda realizarei. Suspirando vou embora, me restando somente aguardar, ansiosamente, sua mensagem.
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You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}
Fiksi PenggemarSINOPSE O que acontece quando o cara babaca encontra o amor em uma menina inocente? Hero Fiennes Tiffin... Tatuado, musculoso e bad boy. A vida sempre foi uma cadela comigo. Tenho uma banda chamada Sin, que significa pecado, palavra que me define. G...