CAPÍTULO 51

1K 96 31
                                    

Giro o microfone em minhas mãos, em um tique nervoso. Sozinho no camarim, eu respiro fundo, perdendo-me em pensamentos.

Passamos a madrugada correndo contra o tempo, ensaiando novas músicas, nossas músicas. E quando o sol acordou, nós adormecemos. Nosso show em Indio não será somente um grande evento para uma banda regional. Nossa apresentação no Coachella será a decisão final.

Ayla plantou esperança para a Sin. A certeza de que seremos famosos após o show. E se isso não acontecer, eu não estou disposto a correr atrás disso outra vez.

Agora no palco está tocando uma pequena banda de pop do sul do Texas. O que é um pouco estranho, já que o country domina aquela região, mas eu não poderia me importar menos. Eu só penso que em meia hora, seremos nós lá em cima. Seremos nós aqueles que enfrentarão a opinião do público. Seremos nós aqueles que enfrentarão a difícil tarefa de entretê-los. E não posso negar o quão nervoso essa apresentação me põe.

Mãos delicadas de repente massageiam meus ombros, como que querendo tirar tensão de meu corpo. Eu fico tenso por um momento, até perceber que as mãos pertencem a minha Jo.

— Não a vi entrar. — Digo.

— Você estava tão concentrado em seus pensamentos. O que está te afligindo?

— Estou nervoso. — Confesso a ela.

E somente a ela.

— Não fique. Você sempre é o melhor.

Virando para ela, eu alfineto com os olhos semicerrados.

— Será que Amex sabe sobre sua opinião?

— Hero. — Ela alerta. Suspirando, resolvo não provocá-la outra vez.

Encaro-a por um segundo. Admirando sua beleza. Admirando seus olhos com do sol e seus cabelos cor de ouro. Sua boca em forma de um coração rosa, como deveria ser, já que ela ama essa cor.

Eu a admiro por um segundo, só um segundo. O que é mais que suficiente para confirmar, reafirmar, o que eu já sei desde que a vi no Mynts pela primeira vez.

Eu quero envelhecer com essa mulher.

Sem mais, eu pego-a no colo, encostando-a contra a parede. Ela enrosca suas pernas em minha cintura e seus braços em meu pescoço. Eu paro, antes de beijá-la, somente para que possa enterrar meu nariz em seu pescoço e inalar seu cheiro.

Rosas e campo.

— Eu o amo. — Ela sussurra em meu ouvido.

Jo parece saber a necessidade que tenho de ouvir isso todos os dias, todas as horas. Eu a aperto forte em meus braços, e ela ri quando esfrego minha barba de poucos dias em seu pescoço.

— Amor é insignificante perto do que eu sinto por você. Eu não posso viver sem você, Josephine.

— Tirando meu rosto de aconchego da curva delicada, eu a encaro. — Não me abandone jamais. — Eu imploro.

— Por que isso agora? — Pede me olhando com seus grandes olhos de coruja. — Já lhe disse inúmeras vezes. Tantas vezes que mal posso contar. Eu nunca o abandonarei, Hero. Nunca.

Eu não respondo com palavras a sua declaração. Eu respondo com beijos. Com beijos duros e apaixonados.

Quando colo nossas bocas, ela puxa meus cabelos com suas pequenas mãos. Minha ereção pulsando dura e quente entre nós. Infiltro minhas mãos por dentro do seu vestido rosa bebê. Deixando uma trilha quente, quando exploro até chegar ao meu objetivo. Seus seios. Aperto seus mamilos sensíveis ao toque e ela se arqueia contra minha mão.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora