CAPÍTULO 39

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Rosas e campo.

Sinto seu cheiro antes mesmo de abrir os olhos.

Aperto-a em meus braços e beijo seu pescoço. Ela geme em seu sono, mas não acorda.

Franzindo o cenho, olho para ela e congelo ao ver a marca roxa em seu pescoço. A marca dos meus dentes se faz claramente presente e todos que a olharem não terão dúvidas de que Jo levou uma baita mordida.

O ogro em mim sorri orgulhoso por marcá-la para que todos possam ver. Mas no fundo sinto remorso por tê-la marcado, por tê-la machucado. Beijo a mancha roxa suavemente, como se pudesse alivia-la de alguma maneira. Afasto as mechas loiras de seu rosto e contemplo-a.

Tão linda, tão minha.

Tirando-a suavemente de meus braços, levanto-me da cama e ando até o banheiro. Faço minhas higienes e observo a ferida em meu pulso, que sangra levemente.

Balanço minha cabeça, tentando não pensar sobre o que quase fiz ontem. Volto ao quarto disposto a acordar minha garota, para que ela possa arrumar-se para ir a UC. Aproximo-me de seu lado da cama e sento no colchão macio.

O bip de seu celular no criado mudo interrompe minhas intenções. Jo não acorda ou move-se. Nada pode acordar essa garota de seu sono de pedra.

Mordendo o lábio hesito antes de alcançá-lo e deslizar um dedo sobre a tela para desbloquear.

Surpresa me assola quando uma foto minha dormindo enche a tela. Sinto-me culpado por verificar seu celular e quase não o faço, mas quando o nome Chad aparece como remetente de uma mensagem, eu não penso duas vezes antes de clicar sobre ela.

"Oi".

Somente uma palavra, mas que me põe louco. Quem esse merda pensa que é?

Sei que Jo não teve culpa sobre o beijo. Apesar de não tê-la respondido, escutava seus lamentos arrependidos sobre aquela noite. Admitiu sua culpa ao não ter me avisado que iria demorar a chegar, mas reafirmou sua inocência sobre o beijo.

E eu acredito em minha garota. Sei que mentiras não fazem o estilo de Jo. E eu confio nela.

Mas esse idiota está passando dos limites. Resolvendo pôr um ponto final nessa história, respondo sua mensagem.

"Oi. Posso vê-lo antes da aula?"

Ele responde em questão de segundos.

"Claro! Onde?"

"Mande-me seu endereço".

Ele rapidamente me manda uma mensagem com seu endereço e respondendo com um ok, e até logo, eu apago a conversa e devolvo o celular para a cômoda.

Vestindo-me rapidamente com jeans, blusa e coturnos pretos, corro fora do quarto. Procuro a chave do meu Silverado e quando a encontro, dirijo-me em direção à porta da frente.

— Aonde você vai? — A voz ofegante de Jo me faz parar.

Olho-a, analisando seu cabelo revolto e o lençol branco que esconde seu corpo. Penso antes de respondê-la. Minha mente trabalhando em uma mentira, ou uma meia verdade.

— Tenho que resolver um problema. — Digo finalmente.

— Mas...

— Arrume-se. Quando voltar, irei levá-la para a universidade. Você já faltou dias demais.

Saio sem ouvir sua resposta.

Bato na porta de madeira branca na minha frente e aguardo ansiosamente me atenderem. Ouço trincos sendo abertos e ferrolhos sendo puxados e preparo-me para a pessoa atrás da porta.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora