CAPÍTULO 43

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— Eu sei que sou irracional, um fodido, a merda de um quebrado. Eu a amo por aturar minhas merdas, e amo ainda mais por estar aqui mesmo depois de tudo.

— Eu já disse que estaria ao seu lado para tudo. Sempre. Mas não podemos continuar agindo como dois adolescentes. — Ela respira fundo e beija meus lábios levemente. — Hoje, você saiu sem dizer aonde iria, eu estou ok com isso, mas da forma que aconteceu, não. Eu passei a tarde toda aqui, apreensiva, sem sabe onde você estava.

— Eu estava com muita raiva de você, mas meu amor é maior que qualquer outro sentimento, e passei uma tarde infernal sem você ao meu lado.

— Eu não entendo o motivo da sua raiva. Eu fiquei preocupada com Chad e você...

— Não fale o nome desse idiota. — A interrompo, levantando do sofá. — Eu o odeio, Jo. Ele beijou sua boca, ele provou seu gosto! — Ando de um lado para o outro, as lembranças me consumindo.

Soco a parede quando a cena passa nitidamente em minha mente, como se estivesse ocorrendo agora.

— Não! — Ela grita me impedindo de socar a parede outra vez. — Por favor, não se machuque.

Fecho os olhos com força. Raiva, arrependimento e vergonha me consomem. Correndo em minhas veias como uma maldita droga. Raiva do bastardo por ser audacioso ao ponto de beijar minha garota na porta da minha casa. Arrependimento por não tê-lo matado na hora e não tê-lo feito depois. Vergonha por ter agido daquela forma depois, tentando contra minha própria vida. Fui um fraco. Como Jo pode me querer depois que fui um covarde?

— Hero, não foi exatamente um beijo e não tive tempo de reagir, de impedi-lo, não tive culpa.

— Eu sei! Mas o imbecil fez isso. E depois você veio toda preocupada com ele...

— Mas Hero, eu também não gostei de sua atitude atrevida, mas quando ele apareceu todo machucado para a apresentação do trabalho, foi inevitável ficar preocupada. Afinal, ele cometeu erros, mas antes de tudo era meu amigo, e acima disso, um ser humano, e como tal merece minha compaixão.

— Foda-se. Você percebe que estamos brigando por culpa dele outra vez?

— A culpa de estarmos brigando é sua! — Ela altera-se, colocando-se em pé.

— Eu deveria quebrar sua maldita cara outra vez. Não, melhor! Eu deveria matá-lo!

— Como é? O que você falou?

Congelo percebendo o que disse.

— Eu não...

— Você o surrou? — Pergunta incrédula. Encontrando-me em um beco sem saída, resolvo abrir o jogo.

— É, fui eu mesmo, e não me arrependo! — A encaro desafiando.

Com a boca aberta, ela encara-me como se não acreditasse.

Calmamente, ela anda até mim e a coragem que tive há poucos segundos desaparece em um passe de mágica.

Engolindo em seco, eu digo.

— Jo, perdoe-me. Entenda que eu...

— Você perdeu o juízo?! — Ela grita em meu rosto interrompendo-me.

— Desculpe-me por defender a sua honra e o nosso relacionamento! Eu não poderia deixar o que ele fez impune. Você é minha! Meu anjo, meu amor, minha mulher! E ele tinha que entender isso!

— Você acabou com ele, ele está todo quebrado...

— Desculpe por existir! — A interrompo.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora