CAPÍTULO 14

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Nos dias que se passaram, levei Jo todos os dias à UC, não antes de tomarmos café no mesmo local e na mesma mesa.

Sempre passamos a tarde juntos, esses momentos são os melhores. Ainda não consigo assimilar o fato dela morar com dois marmanjos, mas aos poucos, aceito o fato de que Jo somente os vê como irmãos.

Ela passou a mandar-me uma mensagem de boa noite todos os dias. Mas isso não é o suficiente, então eu sempre ligo para ela antes de dormir para ouvir sua voz. Às vezes, apareço em sua casa bem cedinho para poder dormir um pouco com ela.

Ensaiei com a banda somente algumas vezes nesses últimos dias. Antes de Jo, ensaiava todos os dias, mas inventei uma desculpa qualquer para não comparecer, pois à noite é reservada para estar com Jo.

Assim como o resto do meu dia.

Geralmente nos enrolamos no sofá, ela assistindo a seriados e filmes, e eu a assistindo. Olhando e gravando suas reações e feições, namorando de longe seu rosto bonito.

A forma como ela morde o lábio inferior quando está nervosa ou como seus olhos brilham, ficando cheios de lágrimas ao emocionar-se por qualquer merda na televisão.

Nenhum dos caras questionou-me quanto à minha mudança de comportamento, não admito intrometidos na minha vida, eles sabem muito bem. O que eles não sabem é que minha prioridade é Josephine e por ela, eu largo tudo.

Inclusive a banda.

Tenho dinheiro suficiente para não morrer de fome e consigo arrumar muito mais para me sustentar, sem precisar da banda.

Hoje é sexta-feira, depois de deixar Jo na UC, sigo até o centro. Entro em uma loja especializada em fotografias e peço para a moça atrás do balcão revelar algumas fotos que tirei com Jo e moldurar em um quadro grande uma foto que tirei dela dormindo hoje de manhã.

Enquanto efetuo o pagamento, a atendente me diz que em três horas eu poderei pegar a moldura e as fotos, pedindo em seguida para que eu escolha a moldura, dentre as que estão nas prateleiras.

Percebo a atendente flertando comigo, já ajeitou seu decote incontáveis vezes e eu estou me segurando para não colocar a vadia em seu lugar.

— Sr. Fiennes Tiffin. — Chama minha atenção e entrega-me um cartão contendo o seu número de telefone e endereço.

Puta.

Dá-me um olhar sensual, pelo menos ela acha que é.

— Não estou interessado. — Deixo seu número no balcão e viro-me olhando as molduras.

A loja está vazia e ela aproxima-se de mim por minhas costas e antes que eu perceba, está passando a mão em cima do meu pau, descaradamente. Ele reage e endurece. Uma reação biológica, que só ocorre no meu pau, pois em minha mente, só sinto nojo por essa puta.

— Se você não se afastar de mim agora, quebrarei sua maldita mão. Não pense que o fato de você ser uma vadia, uma mulher, irá me impedir.

Ela me olha com olhos esbugalhados pelo medo e se afasta. Bom para ela, pois eu não hesitaria em cumprir minha ameaça. Virando-me vou embora, antes que faça algo contra ela.

Entrando no carro, olho a hora no painel e vejo que falta pouco para Jo sair da universidade.

Então, vou buscá-la como faço sempre, um pouco mais de um mês.

Chegando ao campus estaciono o Silverado no lugar disponível para idosos, quer dizer, eu ficarei idoso um dia, então não estou cometendo nenhuma infração.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora