Sempre achei que amor era bobagem. Amor para mim era como essas besteiras que assistimos na televisão, mas que nunca acontece na vida real. Como o que acontece com Alice, no país das
maravilhas.Amor para mim era uma besteira sem tamanho. Uma idiotice, para os fracos. E como não acreditava e não entendia o tal sentimento, nunca acreditei que seria atingindo com a bala do amor. Eque me renderia ao inimigo no primeiro disparo.
Mas foi justamente isso que aconteceu. Quando Jo olhou-me com seus magníficos olhos amarelos, eu me rendi.
Quando me deparei com sua beleza e doçura, soube imediatamente que tinha sido atingindo e que para mim, não haveria escapatória, a ferida era mortal.E eu entreguei-me, fui seu refém de livre e espontânea vontade, jurando fazer todos os seus gostos. Tornando-me seu maldito escravo. Aceitando meu destino e estando muito feliz em fazê-lo. Afinal, Jo tornou-se minha vida, meu motivo para respirar, mostrou-me as cores em um mundo preto e branco. E por ela, somente por ela, eu morreria.
Vendo-a agora em minha frente, com os olhos banhados em lágrimas, eu sou atingindo novamente. Toda vez que a olho, sou atingindo por esse amor que me consome. Essa plenitude que sinto quando estou com ela em meus braços.
Vestida em seu suéter rosa e calça jeans azul, ela parece tão deslocada. Seu rosto sem maquiagem e seu cabelo preso em um rabo de cavalo. Mas para mim ela continua linda, perfeita,mesmo estando sem nada para destacar sua beleza.
As vadias do local, com seus vestidos curtos e rostos com maquiagem suficiente para servir de reboco para alguma parede, não chegam nem aos pés da minha doce criança.
— Jo, eu a amo. Desculpe-me. — Peço sem nenhuma vergonha por saber que o bar está presenciando meu momento de submissão.
Talvez não submissão, mas admissão de um erro. O que seria inimaginável para mim há alguns meses. Pois, Hero fodido Fiennes não pede desculpas.
Hero fodido Fiennes nunca está errado. E pelos sons de surpresa que enche meus ouvidos e toma conta do Mynts, todos pensam a mesma coisa. Hero maldito Fiennes nunca pede perdão. Quando Josephine sorri timidamente para mim, eu pulo do palco e a pego em meus braços, como se ela não pesasse mais que uma pena. Roubo seus lábios em um beijo apaixonado, matando a saudade que estava dela, após intermináveis horas sem vê-la.
E aproveitando para deixar claro aos bastardos do Mynts, que Josephine Living tem um maldito
dono. Descolando nossas bocas, enterro meu rosto em seu pescoço.— Isso foi incrível. — Ela suspira. — Essa música... foi perfeito, Hero.
— Essa música diz bem a verdade. Eu queria ser pra você, tudo o que você merecia. Dar-lhe tudo e mais um pouco, mas infelizmente...
— Você já é tudo o que eu quero. — Ela me interrompe emocionada.
Segura meu rosto em suas delicadas mãos e beija-me como uma promessa, como uma afirmação,uma confirmação, de que eu sou o que ela sempre quis. Mas eu sei que não sou o que ela merece.
Eu sei que ela merece alguém que não seja problemático, fodido das piores maneiras. Mas sou egoísta o suficiente para não deixá-la ir.
— Por favor, meu anjo. Perdoe-me. Eu juro que não a tratarei mal nunca mais, eu...
— Hero, não jure. Eu o perdoarei, mas temos que conversar.
Quando ela diz que me perdoará uma onda de alívio toma-me e deixo-me levar nela por um momento, boiando no mar da tranquilidade. Mas quando fala que temos que conversar, sinto-me afogando no que, outrora, era um mar de tranquilidade.
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You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}
Hayran KurguSINOPSE O que acontece quando o cara babaca encontra o amor em uma menina inocente? Hero Fiennes Tiffin... Tatuado, musculoso e bad boy. A vida sempre foi uma cadela comigo. Tenho uma banda chamada Sin, que significa pecado, palavra que me define. G...