CAPÍTULO 26

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Sabe quando o mundo desmorona na sua frente?

Quando você vê a pessoa que você ama morrer e nada pode fazer?

Foi assim que me senti quando Monck beijou Jo.

O meu mundo ruiu, faltou-me ar, minha garganta secou e minhas mãos gelaram. Todo o sangue do meu corpo desaparecendo misteriosamente.
E como uma pancada na cabeça, dei-me conta de como estou apaixonado por Jo. Eu já sabia que sentia por ela algo muito forte. Sabia que a queria para sempre ao meu lado. Mas não tinha me dado conta de que era amor. Poderia negar. Fingir que é somente uma obsessão. Mas estaria mentindo para mim mesmo, o que é totalmente desnecessário. 

Só de vê-la conversando com Monck comecei a perder o controle. Por um momento me imaginei em uma competição de arremesso de microfone e foi por um triz que não o arremessei contra a cabeça do idiota. 

Mas em respeito à Jo, que odeia violência, controlei-me e não pulei do palco diretamente para seu pescoço, matando-o com minhas próprias mãos.

O meu lado perturbado dizia, mate-o agora. E eu até o mataria, sem ter sentimento de culpa assombrando-me depois. Mas, por Jo, eu não o matei.
Só que todo pensamento sensato evaporou quando o vi com a maldita boca nela. Tudo sumiu. E não me importando com mais nada, tentei matá-lo. Nada iria me impedir de acabar com aquele merdinha.

Nada, exceto Josephine.

E quando, mais tarde, naquela noite, chupou-me como seu sorvete preferido, como se sua vida dependesse disso, eu juro que fiquei mais apaixonado por ela. Se é que isso é possível.

Qual macumba essa garota fez para controlar-me dessa forma?

Por um momento a imaginei com um pequeno boneco meu, fazendo-me de marionete. O que refletiria no Hero real, transformando-me em seu escravo pessoal. Porque simplesmente não é possível, eu, um homem forte, tatuado e cheio de piercings, com 1,95 metros de altura, ser dominado por uma pequena loira, com formas de anjo, que não passa do meu peito em seus 1.60.

Mas essa é a verdade pura e simples. Ela me tem pelas bolas.

Já faz uma semana que estamos morando juntos. E a vida não poderia ser mais perfeita. Acordar com ela todos os dias enroscada em mim como uma manta quente, é a melhor coisa que um dia poderia ter acontecido comigo.

Um par de dias atrás, Jo foi visitar Max e Matt, que ainda não me aceitam, e voltou com uma carta de seu pai. Ela ficou muito feliz e chorosa. O que me deixou confuso, pois não sei como lidar com as lágrimas de uma mulher. Então, fiz a única coisa que me passou pela cabeça para animá-la, além de comprar um pote de sorvete de mirtilos.

Joguei-a na cama e a chupei.

E posso garantir que ela esqueceu rapidamente da tristeza anterior. Tanto, que até escreveu uma carta para seu pai, sem derramar nenhuma lágrima, dizendo que iria visitá-lo em breve e que levaria uma pessoa especial para conhecê-lo. Palavras dela, não minhas.

Hoje é sábado e pretendo passá-lo todo na cama com Jo. Ela, nua, dorme em meus braços. Sua mão em cima do meu coração, sua bochecha em meu peito e sua testa em minha mandíbula. Arrastando minha mão por sua coluna, paro em seu traseiro e o acaricio. Minha outra mão afagando sua cabeça. Mudo sua posição, sem soltá-la, de modo que, com ela enrolada em mim, posso olhar seu rosto lindo.
Distribuo beijos molhados por seu rosto.

— Bom dia, meu anjo. — Digo entre beijos.

— Hum. — Ela geme encolhendo-se em meu peito. Resmungando alguma coisa sobre acordá-la de madrugada e pessoas mortas.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora