CAPÍTULO 20

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Sou acordado por um toque irritante de celular. Meio às cegas o alcanço em cima do criado mudo. Destravando-o, encontro uma mensagem de Jax, alertando-me para não faltar no show de hoje.

Foda-se.

Não é como se eu precisasse de uma babá, mas desde que desmarquei nosso show para ir lutar, ele parece querer me levar em rédea curta, mas está muito enganado se pensa que está conseguindo. Não me dou o trabalho de responder e coloco o celular de volta no lugar onde o encontrei. Suspirando, paro por um momento ao perceber que não estou em minha cama.

Fico confuso por um momento, até perceber que o travesseiro rosa onde descanso minha cabeça é da cama de Jo. 

Um sorriso rasga meu rosto com as lembranças da noite anterior. Ela nua em meus braços, seus cabelos sendo o único cobertor em meu corpo despido. 

Olho para o lado, pensando que iria encontrá-la, mas estou sozinho na cama. Forçando-me a levantar, sigo para o banheiro e após tomar uma ducha quente e vestir uma roupa, vou à sua busca. Saindo pelo corredor, percebo que estou sorrido desde que acordei e sinto uma vontade enorme de gargalhar, tamanha minha felicidade por tê-la em minha vida.

Entro na sala, pronto para chamar seu nome, quando empaco no meio do caminho. Minha vista escurece por um momento, me sinto tonto, desnorteado. Minha boca seca, minhas mãos gelam, eu fico mudo, sem reação por um momento. Mas é só por um momento, logo meu corpo treme com o ódio e vejo tudo em tons vermelhos.

Jo encontrasse sentada no colo de quem eu acredito ser Max, sua perna esticada no colo de Matt e ele a massageia. Ela encosta a cabeça no peito de Max e geme quando Matt esfrega sua perna em certo ponto.

Santa porra.

Seus gemidos deveriam ser meus! Só eu posso escutá-los!

Somente eu devo tocar em suas pernas.

— Que porra é essa?! — Grito, assustando Jo, que pula em pé e me olha com os olhos arregalados.

Max e Matt a acompanham e colocando-se ao seu lado, me encaram com fúria.

— Que merda é essa? O que essa porra está fazendo aqui Josephine? — Quem eu acredito ser Max grita.

Ele, malditamente, grita com minha menina.

— Max, por favor. — Ela implora.

— Eu passei a noite com ela. — Respondo olhando entre eles.

Meus olhos transmitem minha posse sobre Josephine, além do meu sorriso presunçoso.

— Você o quê? — Eles gritam em uníssono.

Avançando rapidamente até mim, um me segura, enquanto o outro desfere vários socos contra mim. Dois contra um, nada justo, mas para mim será moleza. Conseguiria nocauteá-los sem o mínimo de esforço. Matt acerta um soco em meu rosto e o sangue escorre livremente, mas eu não revido. Simplesmente porque Jo não ficaria contente.

Matt continua socando-me, alternado entre meu estômago e rosto. Max me agarra em uma chave de braço, tirando meu fôlego e imobilizando-me. 

Olho para Jo, a vejo desesperada, ela vem em nossa direção e tenta a todo custo tirá-los de cima de mim, mas seus esforços mostram-se inúteis.
Por um momento, volto a ser o garotinho indefeso com seis anos de idade, vejo nos olhos amarelos de Jo o mesmo que vi nos olhos de minha mãe. Desespero, dor, angústia e sofrimento.

Minha garota sofre por mim.

Mas eu não quero que ela sofra.

Libertando-me de Max, acerto-o com uma cotovelada que tira seu fôlego, dando em seguida um soco na cara de Matt, que cai no chão com a mão no rosto. Jo corre até mim, abraçando-me. Não seguro um gemido de dor.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora