Enquanto ela se distrai com alguma coisa em seu celular, vou até a carroceria e pegando um colchão grosso que está dobrado, o estico de forma a criar uma espécie de cama. Depois pego as cobertas, edredons, travesseiros e almofadas no banco de trás da caminhonete. Cubro o colchão, disponho os travesseiros e almofadas e crio um ambiente quente e aconchegante.
Quando me dou por satisfeito, vou buscar Jo e a encontro como deixei. Tirando seu cinto, ajudo-a sair do carro e a guio tampando seus olhos, até a parte de trás do meu Chevy Silverado.
— Tchã ram! — Digo, liberando sua visão.
— Oh Hero, que lindo. — Diz, me dando um abraço rápido.
Ela olha ao redor com uma empolgação infantil. Analisa as outras pessoas, muitas sentadas em cadeiras de praia, enroladas em seus edredons e com sacos de pipoca nas pernas. E somente depois, começa a subir até a cama improvisada que fiz, mas eu a impeço.
— Vista isso. — Lhe entrego uma calça de moletom minha, ela me olha com a sobrancelha arqueada. — Está frio hoje, baby. — Como se dando conta do frio somente agora, ela estremece.
Já vestida ela sobe ou, pelo menos tenta, já que o carro é muito alto. Então eu a pego no colo e a coloco em cima do colchão. Ela se conchega embaixo dos cobertores, olha ao redor e vê a quantidade absurda que trouxe deles e sorri. Não poderia deixá-la passar frio e nessa época do ano a temperatura cai cada dia mais, hoje ela não passa dos 5° graus e mais tarde irá diminuir.
Ela bate no lugar ao lado dela, eu sorrio para ela, mas antes de subir busco uma bolsa térmica que preparei com queijos, vinho, sanduíches, água, chocolate, refrigerante, balas, salgadinhos e uma infinidades de coisas. Deixando a bolsa em um canto pergunto se ela está com fome, ela diz que não.
Então me ajeito ao seu lado e ela logo se aninha em meu peito, soltando um suspiro de contentamento.
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Com 30 minutos de filme escuto o estômago de Jo roncar. Ela me dá um sorrisinho sem graça e eu a beijo na testa antes de alcançar a bolsa com comida. Coloco em seu colo um prato de papel com queijos, já cortados anteriormente em cubos. E entrego-lhe um copo, também de papel, com o vinho.
— Desculpe, não tinha taças e...
— Tudo bem, Hero, está tudo perfeito hoje. — Nos encaramos por alguns segundos, até que ela desvia o rosto corado para o filme, tomando um gole do vinho.
Depois comemos os sanduíches e por último, Jo comeu o chocolate e eu as balas. Já saciados, voltamos a nos deitar em baixo dos cobertores, ela com a cabeça em meu peito novamente, mas agora o acaricia com a mão. E eu seguro um gemido de frustração, quando meu pau incha nas calças.
Sua mão que estava em meu peito sobe até meu rosto e ela desenha o contorno dos meus lábios, nariz, maxilar e sobrancelhas. Eu olho para baixo, para seu rosto, e a encontro olhando para mim.
Ela inclina-se para cima e dá um beijo hesitante... em minha bochecha. Quando se afasta, me olha satisfeita com sorriso tímido no rosto e depois volta a prestar atenção no filme, que até agora não sei do que se trata. A minha frustração só cresce, mas não tomarei a iniciativa aqui.
Tudo se trata de Jo e o que ela quer.
Então, a esperarei. Tudo em seu tempo.
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Após guardar tudo no carro, verifico se Jo está acomodada e segura com o cinto de segurança. Depois contorno o carro e entro. Saindo de Concord, pego a inter-estadual 680 novamente, agora voltando a Berkeley.
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You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}
FanficSINOPSE O que acontece quando o cara babaca encontra o amor em uma menina inocente? Hero Fiennes Tiffin... Tatuado, musculoso e bad boy. A vida sempre foi uma cadela comigo. Tenho uma banda chamada Sin, que significa pecado, palavra que me define. G...